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São Paulo (cidade) - Wikipédia

São Paulo (cidade)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nota: Esta página é sobre a cidade. Se procura outros significados da mesma expressão, consulte São Paulo (desambiguação).
Município de São Paulo
Região central de São Paulo, destacando os edifícios Itália, Copan e Hotel Hilton
"Terra da garoa"
Brasão de São Paulo
Bandeira de São Paulo
Brasão Bandeira
Hino
Aniversário 25 de janeiro
Fundação 1554
Gentílico paulistano
Lema Non ducor, duco
"Não sou conduzido, conduzo"
Prefeito(a) Gilberto Kassab (PFL)
Localização
Localização de São Paulo
23° 32' 52" S 46° 38' 09" O
Estado São Paulo
Mesorregião Metropolitana de São Paulo
Microrregião São Paulo
Região metropolitana Região Metropolitana de São Paulo
Municípios limítrofes Oeste: Cajamar, Cotia, Embu, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, Juquitiba, Osasco, Santana de Parnaíba e Taboão da Serra;
Norte: Caieiras, Guarulhos e Mairiporã;
Leste: Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba e Poá;
Sudeste: Diadema, Mauá, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul;
Sul: Itanhaém e São Vicente.
Distância até a capital 1.015 quilômetros
Características geográficas
Área 1.522,986 km²
População 10.927.985 hab. est. julho, 2006 [1]
Densidade 7.233,6 hab./km²
Altitude 760 metros
Clima subtropical Cwa
Fuso horário UTC -3
Indicadores
IDH 0,841 PNUD/2000
PIB R$ 160.637.533 mil IBGE/2004
PIB per capita R$ 14.821,00 IBGE/2004

São Paulo é a capital do estado de São Paulo, sendo a mais populosa cidade do Brasil e de todo Hemisfério Sul do planeta. A população recenseada em 2000 no município foi de 10.287.965 habitantes. Em 1o de julho de 2005, o IBGE estimava a população em 10.927.985. A área do município, ainda segundo o IBGE, é de 1.524 km² e a sua altitude média é de 760 metros. É considerada a principal cidade do Brasil, seja do ponto de vista social, cultural, econômico ou político e é considerada uma cidade global beta, exercendo significativa influência em âmbito regional, nacional e internacional. Seu atual prefeito é Gilberto Kassab.

Sua região metropolitana tem aproximadamente 20.237.000 habitantes, o que a torna a metrópole mais populosa do Brasil e a terceira do mundo depois de Tóquio e Cidade do México. O lema da cidade (presente em seu brasão) é a frase latina "Non Ducor, Duco", que em português significa "Não sou conduzido, conduzo".

Regiões muito próximas a São Paulo são consideradas também regiões metropolitanas do Estado, como Campinas e Santos; outras grandes cidades próximas são aglomerações urbanas em processo de conurbação, como Jundiaí, Sorocaba e São José dos Campos. O total das populações dessas áreas, somadas à da capital, o chamado Complexo Metropolitano Estendido, ultrapassam 29 milhões de habitantes, ou seja, pouco mais de 70% da população do estado inteiro.

Índice

[editar] Visão geral

Vista de São Paulo a partir do Edifício Itália
Vista de São Paulo a partir do Edifício Itália

São Paulo é um grande centro cultural e de entretenimento e a cidade mais rica da América do Sul. A cidade enfrenta problemas comuns a outras metrópoles: um exemplo é o excesso de automóveis que circulam em suas avenidas (média de um veículo para cada dois habitantes), o que contribui para que São Paulo tenha a segunda maior frota de helicópteros do mundo, superada apenas por Tóquio. A variedade oferecida em seus restaurantes e lanchonetes é resultado, em parte, da contribuição de imigrantes de outros países.

A cidade apresenta fortes disparidades sócio-econômicas, típicas do Brasil: enquanto a parte da cidade mais próxima do centro é rica e desenvolvida, as áreas periféricas sofrem com falta de infra-estrutura, pobreza e habitações precárias. Devido à sua extensa área urbana, a cidade possui um caráter bastante heterogêneo, variando de regiões altamente adensadas e verticais a bairros residenciais horizontais e de baixíssima densidade. Isto faz com que muitos habitantes da cidade praticamente desconheçam regiões do município além dos seus locais de residência ou de trabalho. A cidade também apresenta uma cultura bastante heterogênea, resultado da diversidade de extratos sociais (econômicos e culturais) nela presente. É importante observar que apesar de suas grandes dimensões e conseqüente fluxo de capital, São Paulo sofre com a má distribuição de renda característica do país. Dessa forma, embora provavelmente o maior centro cultural da América do Sul, São Paulo ainda não pode comparar-se a cidades como Berlim (mais de 150 museus, população de 3,4 milhões de habitantes), Paris, Londres ou Lisboa no que se refere à qualidade de vida média de seus habitantes e de seu índice de desenvolvimento humano.

Além de ser o maior centro de produção e o maior mercado consumidor do país, São Paulo também é um grande entroncamento rodoviário, e faz a ligação Norte-Sul do Brasil. Partem dela diversas rodovias, como a Rodovia Presidente Dutra, para o Rio de Janeiro, Rodovia Ayrton Senna, para o Vale do Paraíba; Rodovia Fernão Dias, para Belo Horizonte; Rodovia dos Bandeirantes, para Limeira; Rodovia Anhangüera, para Uberaba (MG); Rodovia Castelo Branco, para Ourinhos; Rodovia Raposo Tavares, para a divisa do Mato Grosso do Sul; Rodovia Régis Bittencourt, para Curitiba; Rodovia dos Imigrantes e Rodovia Anchieta para a Baixada Santista. É servida pelos aeroportos Campo de Marte, Congonhas, Cumbica e Viracopos, sendo que estes dois últimos também são aeroportos internacionais e de carga. Os três principais rios que cruzam a Cidade de São Paulo são o Tietê, o Pinheiros e o Tamanduateí.

[editar] História

Ver artigo principal: História da cidade de São Paulo.

A Vila de São Paulo de Piratininga teve início em 25 de Janeiro de 1554 com a construção de um colégio jesuíta, pelos padres Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí. Tal colégio, que funcionava num barracão feito de taipa de pilão, tinha por finalidade a catequese dos índios que viviam na região.

O povoamento da região teve início em 1560, quando, por ordem de Mem de Sá, governador-geral da colônia, mandou a população da vila de Santo André da Borda do Campo para os arredores do colégio, denominado "Colégio de São Paulo de Piratininga" – o nome foi escolhido porque dia 25 de janeiro a Igreja Católica celebra a conversão do apóstolo Paulo de Tarso. Desta forma, a vila de Santo André da Borda do Campo foi extinta, e São Paulo foi elevada à categoria de vila. São Paulo permaneceu, durante os dois séculos seguintes, como uma vila pobre e isolada do centro de gravidade da colônia, que se mantinha por meio de lavouras de subsistência.

Por ser a região mais pobre da colônia, em São Paulo teve início a atividade dos bandeirantes, que se dispersaram pelo interior do país à caça de índios, de ouro e de diamantes. A descoberta do ouro na região de Minas Gerais fez com que as atenções do reino se voltassem para São Paulo, que foi elevada à categoria de cidade em 1711. Quando o ouro esgotou, no final do século XVIII, teve início o ciclo paulista do açúcar, que se espalhou pelo interior da província, e a cidade de São Paulo tinha a finalidade de escoar a produção para o porto de Santos.

Após a Independência do Brasil, São Paulo recebeu o título de Imperial Cidade, conferido por Dom Pedro I do Brasil em 1823. Em 1827, houve a criação dos cursos jurídicos no Convento de São Francisco (que daria origem à futura Faculdade de Direito do Largo de São Francisco), e isso deu um novo impulso de crescimento à cidade, com o fluxo de estudantes e professores, juntamente com o crescimento da produção do café nas regiões de Campinas, Rio Claro, São Carlos e Ribeirão Preto, e graças a qual a cidade passa a ser denominada Imperial Cidade e Burgo dos Estudantes de São Paulo de Piratininga. De meados desse século até o seu final, foi o período que a província começou a receber uma grande quantidade de imigrantes, em boa parte italianos, dos quais muitos se fixaram na capital, e as primeiras indústrias começaram a se instalar.

De meados do século XIX em diante, São Paulo passa a se beneficiar da ferrovia que liga o interior do estado de São Paulo ao porto de Santos. A facilidade de exportar o café permite à cidade e ao estado de São Paulo um grande crescimento econômico. Mas é com o fim do Segundo Reinado que a Cidade de São Paulo, assim como o estado de São Paulo, tem grande crescimento econômico e populacional, também auxiliado pela política do café-com-leite.

O auge do período do café é representado pela construção da segunda Estação da Luz (o atual edifício) no fim do século XIX. Neste período, o centro financeiro da cidade desloca-se de seu centro histórico (região chamada de "Triângulo Histórico") para áreas mais a Oeste. O vale do Rio Anhangabaú é ajardinado e a região do outro lado do rio passa a ser conhecida como Centro Novo. Os melhoramentos realizados na cidade pelos administradores João Teodoro e Antônio Prado contribuem para o clima de desenvolvimento: estudiosos consideram que a cidade inteira foi demolida e reconstruída. Com o crescimento industrial da cidade, no século XX, a área urbanizada da cidade passou a aumentar, sendo que alguns bairros residenciais foram construídos em lugares de chácaras. O grande surto industrial se deu durante a Segunda Guerra Mundial, devido à crise na cafeicultura e às restrições ao comércio internacional, o que fez a cidade ter uma taxa de crescimento muito elevada até os dias atuais.

Atualmente, o crescimento vem se desacelerando, devido ao crescimento industrial de outras regiões do Brasil, e o perfil da cidade vem se transformando de uma cidade industrial para uma metrópole de comércio, serviços e tecnologia, sendo que hoje é, por muitos, considerada a mais importante metrópole da América Latina.

[editar] Geografia

São Paulo está localizada junto à bacia do Rio Tietê, tendo as sub-bacias do rio Pinheiros e do rio Tamanduateí papéis importantes em sua configuração.

[editar] Municípios limítrofes e região metropolitana

Imagem de satélite focalizando a região metropolitana da Grande São Paulo.
Imagem de satélite focalizando a região metropolitana da Grande São Paulo.

O intenso processo de conurbação atualmente em curso na Grande São Paulo tem tornado inefetivas as fronteiras políticas entre os municípios da região, criando uma metrópole cujo centro está em São Paulo e atinge municípios, como por exemplo, Santo André (São Paulo), São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul (a chamada Região do Grande ABC), Diadema, Osasco e Guarulhos, entre várias outras. Estudiosos alegam que caso não se crie uma política integrada de desenvolvimento urbano, o destino destas cidades será a queda da qualidade de vida de seus habitantes.

Os limites do município são com os municípios de Caieiras e Mairiporã a norte, Guarulhos a nordeste, Itaquaquecetuba, Poá e Ferraz de Vasconcelos a leste, Mauá, Santo André (São Paulo), São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo, Diadema e novamente São Bernardo a sudeste, São Vicente, Mongaguá e Itanhaém a sul, Juquitiba, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, Embu, Taboão da Serra, Cotia e Osasco a oeste e Santana de Parnaíba e Cajamar a noroeste.

A Região Metropolitana de São Paulo é constituído por 39 municípios, sendo a maior metrópole da América Latina.

[editar] Clima

O clima de São Paulo é considerado subtropical (tipo Cwa segundo Köppen), com temperatura média anual de 18,3 graus centígrados, tendo invernos suaves e verões com temperaturas moderadamente altas, aumentadas pelo efeito da poluição e da altíssima concentração de edifícios. O mês mais quente, janeiro, tem temperatura média de 21,2ºC e o mês mais frio, julho, de 14,8ºC.

Devido a proximidade do mar, a maritimidade é uma constante do clima local, sendo responsável por evitar dias de calor intenso no verão ou de frio intenso no inverno e tornar a cidade úmida. A umidade tem índices considerados aceitáveis durante todo o ano, embora a poluição atinja níveis críticos no inverno, devido ao fenômeno de inversão térmica e pela menor ocorrência de chuvas de maio a setembro.

A precipitação anual média é de 1317 mm, concentrados principalmente no verão. As estações do ano são relativamente bem definidas: o inverno é ameno e estio, e o verão, moderadamente quente e chuvoso. Outono e primavera são estações de transição. Geadas ocorrem esporadicamente em regiões mais afastadas do centro, e em invernos rigorosos, em boa parte do município. Também ocorrem freqüentemente em alguns municípios vizinhos.

A menor temperatura já registrada oficialmente em São Paulo foi de -2,1°C, em 2 de agosto de 1955 no Mirante de Santana (Zona Norte). Já houve ocorrências pontuais de neve na cidade, a única oficialmente registrada foi a 25 de junho de 1918, quando a temperatura atingiu -2°C; há registros esporádicos não-oficiais que indicam precipitação de neve (na verdade aguaneve) em anos anteriores. A máxima registrada foi de 35,3ºC, no dia 15 de novembro de 1985 também no no Mirante de Santana. Existem registros não oficiais de mínima de -3,9ºC, também em 2 de agosto de 1955 no Horto Florestal (Zona Norte), e de máxima de 36,9ºC, no dia 19 de janeiro de 1966 na Barra Funda (Zona Oeste).

São Paulo é a terceira capital mais fria do Brasil, sendo superada apenas por Curitiba, em primeiro lugar, e Porto Alegre, que embora mais quente no verão, possui tanto mínimas absolutas como temperatura média mais baixa no inverno. Levando em consideração apenas a temperatura média anual, São Paulo é a segunda capital mais fria, superada apenas por Curitiba. A capital paulista tem também um dos menores índices de insolação do Brasil, com médias de seis horas de insolação diária/mensal em janeiro e sete horas em julho.

  Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Anual
Máxima Média °C 27 28 27 25 23 22 21 23 23 25 26 26 23,5
Mínima Média °C 19 19 18 17 15 13 12 13 14 16 17 18 15,5
Máxima Absoluta °C* 35,4 (1999) 34,7 (1995) 34,9 (1995) 33,3 (1996) 30,9 (2001) 29,3 (1972) 30,2 (2002) 33,0 (1963) 35,3 (1988) 35,4 (1994) 35,5 (1958) 35,6 (1940) 33,2 (média)
Mínima Absoluta °C* 9,6 (1933) 9,9 (1943) 9,6 (1933) 4,0 (1971) 1,4 (1979) – 0,6 (1942) – 1,2 (1942) – 1,2 (1955) 0,4 (1941) 4,7 (1934) 5,3 (1933) 7,7 (1937) 3,1 (média)
Precipitação (mm) 241 203 142 58 43 38 28 36 58 150 122 198 1317

Fontes: Weather Channel e World Climate; *Dados de 1933 a 2006 – Grupo de Estudos Climáticos da Universidade de São Paulo (Relatórios Climatológicos Mensais) – Estação da Água Funda (Zona Sul).

[editar] Características urbanísticas

[editar] Tecidos urbanos

Diferentes padrões de ocupação do solo em uma mesma região
Diferentes padrões de ocupação do solo em uma mesma região

São Paulo possui uma miríade de tecidos urbanos, representando um modelo de desenvolvimento da mancha urbana típico de metrópoles de países em desenvolvimento: os núcleos originais da cidade apresentam-se verticalizados, caracterizados pela presença de edifícios comerciais e de serviços; e as periferias desenvolvem-se, de forma geral, com edificações de dois a quatro andares. Comparada a outras cidades globais (como Nova York ou Hong Kong), porém, São Paulo é considerada uma cidade de "edifícios baixos". Seus maiores edifícios raramente atingem quarenta andares, e a média entre os edifícios residenciais é de vinte.

São comuns as seguintes regiões, caracterizadas de acordo com seu tecido urbano:

  • Casario composto por sobrados de classe média, recuados em relação ao lote, em bairros predominantemente residenciais ou comerciais.
  • Periferias nas quais a legislação de ocupação do solo é menos respeitada, composta por sobrados ou residências térreas mas com densidade maior que o casario supracitado.
  • Bairros de classe média, normalmente localizados em um anel periférico imediatamente seguinte ao Centro da cidade, mas não tão distantes quanto as periferias extremas, ocupados por condomínios verticais (edifícios de apartamentos isolados em meio ao lote, contendo quase 50% de espaço livre e normalmente de acesso privativo).
Av. Luís Carlos Berrini, importante pólo econômico na região da centralidade terciária do vetor sudoeste, definida a partir da segunda metade da década de 1990
Av. Luís Carlos Berrini, importante pólo econômico na região da centralidade terciária do vetor sudoeste, definida a partir da segunda metade da década de 1990
  • Regiões verticalizadas do Centro da cidade, variando bastante a relação entre a largura da rua e a altura dos edifícios.
  • Novas regiões verticalizadas e com edifícios mais recuados e com maior presença do automóvel (como a Nova Faria Lima e a região da Avenida Luís Carlos Berrini).
  • Regiões de condomínios fechados horizontais, de acesso restrito.
  • Regiões tradicionalmente caracterizadas como favelas.

Tal heterogeneidade de tecidos, porém, não é tão previsível quanto o modelo genérico pode fazer imaginar. Algumas regiões centrais da cidade passam por intenso processo de degradação (expressão de uso eventualmente criticado por especialistas em planejamento urbano), o que incentivou a criação de novas centralidades do ponto de vista socioeconômico. A caracterização de cada região da cidade também passou por várias mudanças ao longo do século XX. Com o deslocamento de indústrias para outras cidades ou estados, várias áreas que antes abrigavam galpões de fábricas se transformaram em áreas comerciais ou mesmo residenciais.

Conjunto habitacional popular em área periférica de São Paulo
Conjunto habitacional popular em área periférica de São Paulo

A mais caracterizada mudança no perfil econômico da cidade, porém, é o chamado vetor sudoeste, área da cidade que engloba as regiões oeste e centro-sul. A expressão se refere à tendência do mercado imobiliário (e das empresas em geral) em "levar" o centro da cidade para regiões antes consideradas periféricas, seguindo em geral a direção nordeste-sudoeste, com algumas poucas exceções. Esta tendência pode ser acompanhada desde as primeiras décadas do século XX: partindo da região do Triângulo histórico (núcleo original da cidade), a centralidade sócio-econômica da cidade (que difere da centralidade geográfica) passou para a região do Centro Novo (do outro lado do Vale do Anhangabaú), e mais tarde para a região da Avenida Paulista. Nas últimas duas décadas, este processo tem levado tal centralidade principalmente para a região das avenidas Faria Lima e Berrini. Outras áreas da cidade fora do vetor sudoeste, como os bairros Tatuapé e Santana, também têm se desenvolvido e se converteram em centralidades regionais. À área da cidade que compreende a centralidade geográfica mais a centralidade sócio-econômica dá-se o nome de centro expandido.

Viaduto do Chá, no centro de São Paulo
Viaduto do Chá, no centro de São Paulo

A constante mudança da paisagem paulistana devido às alterações tecnológicas de seus edifícios tem sido uma característica marcante da cidade, apontada por estudiosos como Benedito Lima de Toledo. Segundo Toledo, em um período de um século, entre meados de 1870 e 1970 a cidade de São Paulo foi inteiramente demolida e reconstruída no mínimo três vezes. Estes três períodos são caracterizados pelos processos construtivos típicos de suas épocas: em um primeiro momento a cidade apresentava-se como um emaranhado de construções em taipa de pilão, situação que perdurou desde o período colonial até as últimas décadas do século XIX. No início do século XX, a cidade foi rapidamente transformada e passou a apresentar-se como uma cidade de alvenaria, importando métodos de construção e arquiteturas européias. Enfim, com a necessidade de verticalização e expansão e a popularização de avanços tecnológicos, a cidade foi novamente demolida e reconstruída em concreto armado e metal, constituindo parte da paisagem atual. De cada um dos períodos anteriores restam poucos exemplares: algumas poucas residências bandeiristas preservadas e o Museu de Arte Sacra de São Paulo são os únicos resquícios da "cidade de taipa". Da mesma maneira, da "cidade de alvenaria", são preservados ainda edifícios como o da Pinacoteca do Estado.

[editar] Segregação Sócio-Espacial

Vista do Vale do Anhangabaú a partir do Viaduto do Chá.
Vista do Vale do Anhangabaú a partir do Viaduto do Chá.

São Paulo apresenta graves problemas de segregação sócio-espacial. Com exceção de bairros como o Butantã, as regiões da cidade que concentram a mais alta renda se encontram na região conhecida como "entre-rios" (ou seja, em bairros localizados na porção de terra entre os rios Pinheiros, Tietê e Tamanduateí) e no setor específico desta região apelidado de Vetor Sudoeste (supracitado) e que constitui de uma forma geral o centro da metrópole paulistana (em oposição ao centro tradicional da cidade). É nesta região que também se concentra a maior oferta de empregos da cidade.

Além da dualidade centro-periferia que explicita a desigualdade social na cidade, também notam-se pontos em que o contraste é visível e grupos de perfis de renda diversos convivem, como o é caso do bairro do Morumbi, que apresenta conjuntos de habitação de alta renda localizados próximos a regiões de favela.

[editar] Transporte

Ver artigo principal: Transporte na cidade de São Paulo.

A cidade de São Paulo sofre um problema comum a outras grandes metrópoles mundiais: o grande congestionamento de carros em suas principais vias. O transporte coletivo, no entanto, representa um papel fundamental no dia-a-dia da metrópole. São Paulo conta com uma imensa estrutura de linhas de ônibus, com uma frota de mais de dez mil unidades. Os trens da CPTM, o Metrô e o sistema de interligação entre eles completam o sistema municipal e estadual de transporte na cidade. Informalmente também nota-se o uso de lotações clandestinas para o transporte daqueles que tem pouco acesso ao transporte existente.

O sistema viário do município é notadamente heterogêneo, especialmente do ponto de vista rodoviário. A cidade é cortada por duas grandes vias que têm papel estruturador, tanto na escala intra-urbana quanto na metropolitana: a Marginal Tietê e a Marginal Pinheiros. As duas avenidas são consideradas as principais vias estruturais (ou vias expressas) do município, sendo que a elas conectam-se diversas rodovias estaduais e federais.

A cidade contava com uma frota com mais de 4,8 milhões de automóveis circulando pelas ruas e avenidas em 1997, o que corresponde aproximadamente a um veículo para cada dois habitantes.

[editar] Planejamento urbano

Vista da cidade
Vista da cidade

São Paulo possui um histórico de ações, projetos e planos ligados ao Urbanismo e ao planejamento urbano que podem ser traçados até as administrações de Antônio da Silva Prado, João Teodoro e completado por Prestes Maia. Porém, de uma forma geral a cidade se constituiu ao longo do século XX, saltando de vila a metrópole, por meio de uma série de processos informais ou irregulares de expansão urbana. Desta forma, São Paulo difere consideravelmente de cidades brasileiras como Belo Horizonte e Goiânia, cuja expansão seguiu determinações de um plano e de um projeto urbano original, ou de uma cidade como Brasília, cujo Plano Piloto fora inteiramente desenhado previamente à construção da cidade. Por outro lado, a sucessão de loteamentos periféricos e dos processos de requalificação e reconstrução de tecidos já consagrados, comuns na cidade ao longo de sua evolução, foi eventualmente acompanhada de planos urbanísticos que tentavam ordenar segundo diretrizes de planejamento a lógica informal própria da constituição da cidade. Se as primeiras intervenções de Prado e Teodoro possuíam caráter pontual, tais planos procuraram, ora setorialmente integrados e ora isolados, a definição de padrões a serem seguidos na produção de novos espaços urbanos e na regulação dos anteriores.

A eficácia histórica de tais planos em cumprir aquilo a que, aparentemente, se propunham, porém, tem sido apontada por planejadores e historiadores diversos como questionável. Por outro lado, alguns destes mesmos estudiosos também alegam que tais planos foram produzidos visando o benefício exclusivo das camadas mais abastadas da população, enquanto as camadas populares ficariam relegadas aos processos informais tradicionais [2]. Em São Paulo, até meados da década de 1950, os planos apresentados para a cidade ainda possuíam um caráter hausmmaniano, ou seja, eram baseados na idéia de "demolir e reconstruir". Podem-se citar planos como os apresentados pelo então prefeito Prestes Maia para o sistema viário paulistano (conhecido como Plano de Avenidas) ou o de Saturnino de Brito para as marginais do Rio Tietê.

Em 1968 é proposto o Plano Urbanístico Básico que se desdobraria no Plano Diretor Integrado de Desenvolvimento de São Paulo, desenvolvido durante a gestão de Figueiredo Ferraz. O principal resultado deste plano foi aquilo que ficou conhecido como lei de zoneamento e que vigorou até 2004, quando foi substituída pelo atual Plano Diretor. Naquele zoneamento, aprovado em 1972, notava-se uma clara proteção às chamadas Z1 (zonas cuja definição de uso era exclusivamente residencial e era destinada às elites da cidade) e uma certa indefinição da maior parte da cidade, classificada como "Z3" (vagamente regulamentada como "zona mista" mas sem definições mais claras a respeito de suas características). Desta forma, tal zoneamento incentivou o crescimento de bairros periféricos dotados de edifícios de baixo gabarito aliados a processos de especulação imobiliária ao mesmo tempo que valorizava regiões nas quais permitia-se construir edifícios altos.

[editar] Política municipal

Ver artigo principal: Política da cidade de São Paulo.

O Poder Executivo da Cidade de São Paulo é representado pelo prefeito e seu gabinete de secretários, seguindo o modelo proposto pela Constituição Federal. A Lei Orgânica do Município e o atual Plano Diretor da cidade, porém, determinam que a administração pública deva garantir à população ferramentas efetivas de manifestação da democracia participativa, o que faz com que a cidade seja dividida em subprefeituras, cada uma delas liderada por um subprefeito.

O Poder Legislativo é representado pela câmara municipal, composta por 55 vereadores eleitos para cargos de quatro anos. Cabe à Câmara elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao Executivo, especialmente o Orçamento municipal (conhecido como Lei de Diretrizes Orçamentárias). Devido ao poder de veto do Prefeito, em períodos de conflito entre o Executivo e o Legislativo, o processo de votação deste tipo de lei costuma gerar bastante polêmica.

Em complementação ao processo legislativo e ao trabalho das secretarias, existem também uma série de conselhos municipais, cada um deles versando sobre temas diferentes, compostos obrigatoriamente por representantes dos vários setores da sociedade civil organizada. A atuação e representatividade efetivas de tais conselhos, porém, são por vezes questionadas. Os seguintes conselhos municipais estão atualmente em atividade: Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA); da Informática (CMI); dos Deficientes Físicos (CMDP); da Educação (CME); da Habitação (CMH); do Meio Ambiente (CADES); da Saúde (CMS); do Turismo (COMTUR); dos Direitos Humanos (CMDH); da Cultura (CMC); da Assistência Social (COMAS) e das Drogas e Álcool (COMUDA).

Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual
Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual

Pertencem também à prefeitura (ou ela é sócia majoritária em seus capitais sociais) uma série de empresas responsáveis por aspectos diversos dos serviços públicos e da economia de São Paulo. São elas:

  • São Paulo Turismo S/A - empresa responsável pela organização de grandes eventos e de promoção turística da cidade.[4]
  • Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) - subordinada à Secretaria Municipal de Transportes, é responsável pela fiscalização do trânsito, aplicação de multas (em cooperação com o DETRAN) e manutenção do sistema viário da cidade.
  • Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (COHAB) - Subordinada à Secretaria de Habitação, é responsável pela implementação de políticas públicas de habitação, especialmente a construção de conjuntos habitacionais.
  • Empresa Municipal de Urbanização de São Paulo (EMURB) - subordinada à Secretaria de Planejamento, é responsável por obras urbanísticas e pela manutenção dos espaços públicos urbanos.
  • Companhia de Processamento de Dados de São Paulo (PRODAM) - responsável pela infra-estrutura eletrônica e informática da Prefeitura.
  • São Paulo Transportes Sociedade Anônima (SPTrans) - responsável pelo funcionamento dos sistemas de transposte público geridos pela Prefeitura, como as linhas de ônibus municipais.

Por ser a capital do Estado de São Paulo, a cidade também é sede do Palácio dos Bandeirantes (Governo Estadual) e da Assembléia Legislativa do Estado.

[editar] Subdivisões

Mapa da divisão em subprefeituras de São Paulo
Mapa da divisão em subprefeituras de São Paulo

O município de São Paulo está, oficialmente, dividido em trinta e uma subprefeituras, cada uma delas, por sua vez, divididas em distritos. As subprefeituras estão oficialmente agrupadas em nove regiões (ou "zonas"), levando em conta a posição geográfica e história de ocupação. Entretanto, há certos órgãos e instituições (companhias telefônicas, zonas eleitorais, etc.) que adotam uma divisão diferente da oficial.

Cabe às subprefeituras os serviços ordinários à população, dessa forma, descentralizando alguns serviços rotineiros.

A divisão política oficial da cidade leva em conta tanto características histórico-culturais dos diferentes bairros de São Paulo como fatores de ordem prática (como a divisão de duas subprefeituras em uma avenida importante). Porém, muitas vezes tal divisão não reflete a percepção sócio-espacial que a população local tem dos lugares: há regiões da cidade que não são oficialmente reconhecidas pela prefeitura, de forma que sua delimitação seja informal e abranja diferentes distritos e subprefeituras, mantendo o nome por tradição, contigüidade física ou facilidade de localização. O fenômeno tende a se repetir na cidade inteira e considerado de forma ampla, leva a uma possível não identificação dos moradores com as instâncias políticas locais.

[editar] Demografia

[editar] Tipo físico da população

Segundo o IBGE, a população de São Paulo está composta por: brancos (65,7%), pardos (26,2%), negros (6,0%), amarelos (2,1%) e indígenas (0,1%).

[editar] Etnias

São Paulo é a cidade mais multicultural do Brasil e uma das mais diversas do mundo. Desde 1870, aproximadamente 2,3 milhões de imigrantes chegaram ao estado, vindos de todas as partes do mundo.

Europeus
Imigrantes italianos em São Paulo no início do século passado
Imigrantes italianos em São Paulo no início do século passado

A comunidade italiana é uma das mais fortes, marcando presença em toda a cidade. Dos 10 milhões de habitantes de São Paulo, 55% (5,5 milhões de pessoas) são descendentes de italianos, ainda que miscigenados com outras origens. São Paulo tem mais descendentes que qualquer outra cidade italiana (a maior cidade da Itália é Roma, com 2,5 milhões de habitantes). Os italianos inicialmente se agruparam em bairros étnicos, como o Bixiga e a Mooca, que ainda hoje preservam a influência italiana. No início do século XX, o italiano era mais falado que o português na cidade. Os dialetos italianos muito contribuíram para a formação do dialeto paulistano da atualidade. São Paulo é a segunda maior cidade consumidora de pizza do mundo. A comunidade portuguesa também sempre se faz presente na cidade e é tão numerosa quanto a italiana. Os descendentes de imigrantes espanhóis e alemães são numerosos, embora em menor quantidade. A colônia judaica representa mais de 60 mil pessoas em São Paulo e concentram-se principalmente em Higienópolis (presença maior) e no Bom Retiro (presença menor, atualmente).

Árabes

Umas das colônias mais marcantes da cidade é a de origem árabe. Os libaneses e sírios chegaram em grande número entre os anos de 1900 à 1930. Hoje seus descendentes estão totalmente integrados à população brasileira, embora aspectos culturais de origem árabe marcam até hoje a cultura da capital paulistana. Restaurantes de comida árabe abundam por toda a cidade, vendendo pratos que já entraram definitivamente na culinária brasileira: quibe, esfiha, charutinho de repolho, etc. A Rua 25 de Março foi criada pelos árabes, que eram em sua maioria comerciantes.

Asiáticos
Imagem:Bairru Liberdade.jpg
Letreiros escritos em japonês na Liberdade

A cidade de São Paulo possui o maior número de pessoas que se declaram de origem asiática (amarelos) do Brasil. 2,1% de seus habitantes (cerca de 200 mil pessoas) são de origem oriental. A comunidade japonesa da cidade é a maior fora do Japão. Imigrantes vindos do Japão começaram a chegar em 1908, e imigraram em grande número até a década de 1950. A maior concentração de orientais da cidade está no Bairro da Liberdade. Esse distrito de São Paulo possui letreiros escritos em japonês, lojas com peças típicas do Japão e a língua falada nas ruas é o japonês. A colônia coreana da cidade também é notável. São mais de 60 mil pessoas de origem sul-coreana, particulamente concentrados no Bom Retiro. Os chineses são bastante numerosos no bairro de Cambuci.

Negros

A cidade já contava com população afro-descendente no século XIX, mas foi a partir da segunda metade do século XX que a população negra cresceu rapidamente com a chegada da população de outros estados brasileiros, principalmente da zona litorânea da Bahia.

Nordestinos

Com a decadência da imigração européia e asiática após a década de 1930, passou a predominar a vinda de migrantes oriundos da Região Nordeste do Brasil. A maior parte desse enorme fluxo migratório veio de Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Bahia e Norte de Minas Gerais. Devido à explosão de população e escassez de oportunidades para todos, começou a ser percebido também um fluxo migratório inverso, em que muitos desses migrantes começaram a voltar para suas terras de origem.

[editar] Cultura

Ver artigo principal: Cultura da cidade de São Paulo.

A cultura da cidade de São Paulo foi largamente influencidada pelos diversos grupos de imigrantes que ali se estabeleceram, principalmente italianos.

São Paulo é considerada pólo cultural no Brasil, tendo se consolidado como local de origem de toda uma série de movimentos artísticos e estéticos ao longo da história do século XX. Apesar de rivalizar com o Rio de Janeiro o status de sede das principais instituições culturais do país, é nesta cidade que existe o maior mercado para a cultura.

São Paulo possui uma ampla rede de teatros, casas de show e espetáculo, bares, instituições de ensino, museus e galerias de arte e não raro tais instituições empregam superlativos em suas descrições (sedia, por exemplo, a maior universidade pública do país - a Universidade de São Paulo, a maior universidade privada - a Universidade Paulista - e a maior casa de espetáculos do país, o Credicard Hall).

Tal complexo cultural, porém, localiza-se em geral nas regiões centrais da cidade (ou naquilo que é chamado "Centro expandido"), de forma que são comuns as críticas de certos estudiosos do fenômeno urbano no sentido de explicitar a possível segregação espacial que os moradores das regiões mais periféricas das cidades vivenciam, tendo eles, segundo tais perspectivas, negado o seu direito à cidade. Esta São Paulo que "fervilha cultura", portanto, acaba também sendo considerada uma São Paulo "ideal", visto que não corresponde à realidade da maior parte da população.

[editar] Música

O Theatro Municipal, uma das principais casas de ópera do país.
O Theatro Municipal, uma das principais casas de ópera do país.

A cidade tem a cena musical mais fervilhante do País, com diversas vertentes musicais. É da cidade o mais antigo conjunto musical do mundo, os Demônios da Garoa, grupo de samba da década de 1940 ainda hoje em atividade. Berço de várias bandas de rock nas décadas de 1970 e 1980, também é influente no movimento Hip-hop (break, graffiti e rap), sendo que os maiores expoentes dessa vertente cultural estão em São Paulo. Também é forte a influência na música eletrônica, com diversas raves e festas, como o Skol Beats, Nokia Trends e o Spirit of London, entre outras grandiosas festas. Por seu aspecto urbano, a cidade cada vez mais se renova musicalmente, aceitando os diversos ritmos musicais oriundos de todas as partes do país. São Paulo também é provavelmente o principal centro de música erudita do Brasil, sendo local de nascimento de compositores internacionalmente reconhecidos como Osvaldo Lacerda e Amaral Vieira. Durante todo o ano há apresentações de concertos e óperas em suas diversas salas como a Sala São Paulo, o Teatro Municipal de São Paulo, o Teatro São Pedro e o Teatro Alfa. A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) é talvez a orquestra brasileira mais conhecida fora do Brasil.

[editar] Educação

Apesar do quadro de desigualdade social com o qual convive, o município de São Paulo conta com uma rede de mais de 1.350 escolas de ensino fundamental e médio, a maior rede pública municipal do País, com mais de 1.083.000 alunos matriculados (dados de março/2006). A qualidade do ensino público costuma ser criticada, embora conte com algumas escolas-modelo, como o Cefet-SP. Também possui escolas e colégios particulares que estão entre aqueles considerados os melhores do país, como o Colégio Visconde de Porto Seguro, o Santa Cruz e o Nossa Senhora das Graças (dados da Revista Veja/2001), entre tantas outras boas intituições. Ainda possui o maior concurso vestibular de acesso ao ensino superior do Brasil, a Fuvest.

[editar] Religião

A Catedral Metropolitana de São Paulo (a Catedral da Sé), localizada na Praça da Sé, considerada um dos cinco maiores templos góticos do mundo. [Carece de fontes?]
A Catedral Metropolitana de São Paulo (a Catedral da Sé), localizada na Praça da Sé, considerada um dos cinco maiores templos góticos do mundo. [Carece de fontes?]

Tal qual a variedade cultural verificável em São Paulo, são diversas as manifestações religiosas presentes na cidade. Embora tenha se desenvolvido sobre uma matriz social eminentemente católica, tanto devido à colonização quanto à imigração - e ainda hoje a maioria dos paulistanos se declara católica, é possível encontrar atualmente na cidade dezenas de denominações protestantes diferentes, assim como a prática do budismo, do islamismo, entre outras. Nas últimas décadas, o budismo e as religiões orientais tem crescido bastante na cidade. Estima-se que encontram-se mais de cem mil seguidores budistas, seichonoitas, hinduístas, etc. pela cidade. Também são consideráveis as comunidades judaica (que conta com 120 mil membros), e das religiões afro-brasileiras. [Carece de fontes?]

Igreja Católica

A Igreja Católica divide o território do município de São Paulo em quatro circunscrições eclesiásticas: a Arquidiocese de São Paulo, a Diocese de Santo Amaro, a Diocese de São Miguel Paulista e a Diocese de Campo Limpo, sendo estas três últimas sufragâneas da primeira. O arquivo da arquidiocese, denominado Arquivo Metropolitano Dom Duarte Leopoldo e Silva, localizado no bairro do Ipiranga, guarda uma dos mais importantes patrimônios documentais do Brasil.

A Igreja Católica reconhece como padroeiros da cidade: São Paulo de Tarso e Nossa Senhora da Penha de França.

Igrejas Evangélicas

A cidade possui os mais diversos credos evangélicos, como a Igreja Assembléia de Deus,a Igreja Batista, a Igreja Universal do Reino de Deus, as Testemunhas de Jeová, a Igreja Luterana e a Igreja Presbiteriana, entre outras. Há um considerável avanço dessas Igrejas, principalmente na periferia da cidade.

[editar] Teatro

Episódios relevantes na história das artes cênicas no Brasil aconteceram na cidade de São Paulo. Verifica-se na cidade tanto um cenário de teatro de vanguarda como de um teatro tradicional. Três instituições revelaram-se importantes na cidade, ao longo do século XX: primeiramente o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), depois o Teatro de Arena e finalmente o Teatro Oficina.

[editar] Esportes

Parque do Ibirapuera apresentando ao fundo o Ginásio do Ibirapuera.

A cidade de São Paulo é sede de três dos maiores clubes sulamericanos de futebol: Corinthians (o mais popular), São Paulo FC e Palmeiras (fundado por italianos). Além do "Trio de Ferro", ainda conta com outras agremiações futebolísticas, como a Portuguesa de Desportos, o Juventus, o Nacional e outros clubes menores, como o Clube Guapira e o São Bento.

A cidade conta com 4 grandes estádios:

Além destes, conta com estádios menores, como o Estádio do Ibirapuera, o Estádio Conde Rodolfo Crespi - popularmente conhecido como Estádio da Rua Javari - (do Clube Atlético Juventus), o Estádio Nicolau Alayon (do Nacional) e o Parque São Jorge (do Corinthians).

Com relação a outros esportes, conta ainda com um circuito de automobilismo que recebe as principais categorias do esporte, dentre as quais a Fórmula 1, localizado no bairro de Interlagos, o Autódromo José Carlos Pace. Conta também com diversos ginásios de Vôlei e Basquete (Ibirapuera, Clube Hebraica e Paulistano), quadras de tênis, e muitas outras arenas esportivas.

Também realiza-se na cidade a tradicional Corrida de São Silvestre, prova pedestre disputada desde 1925, pelas ruas do centro, todo dia 31 de Dezembro. Entre as corridas de rua tradicionais também destacam-se as provas São Paulo Classic com cerca de 12.000 participantes[3] e Run Américas com 25.000 participantes[4] em São Paulo num evento que acontece simultaneamente em diversas cidades da América Latina: São Paulo, Lima, Caracas, Bogotá, Cidade do México, Santiago e Buenos Aires num evento que no total reúne 120mil pessoas nessas 9 cidades.

A cidade conta com o Jockey Club, onde a primeira corrida aconteceu em 29 de outubro de 1876, no Hipódromo da Mooca, na rua Bresser. Com dois cavalos inscritos na primeira corrida, Macaco e Republicano, inauguraram as raias instaladas nas colinas da Mooca. Republicano era o favorito, mas Macaco levou o Primeiro Prêmio da Província.

Foi sede de Jogos Pan-Americanos em 1963, uma das sedes do Campeonato Mundial de Clubes de Futebol da FIFA em 2000 e recebeu jogos da Copa do Mundo de Futebol em 1950. Também foi sede do Campeonato Mundial de Basquete Feminino da FIBA em 2006 e será sede de uma das etapas do Concurso Mundial de Saltos da FEI (Federação Eqüestre Internacional) em 2007.

[editar] Eventos

Devido ao seu duplo caráter de centro financeiro e cultural para o país, São Paulo é responsável por sediar eventos de conteúdo diverso mas que gozam de dimensão internacional. A Bienal de Artes de São Paulo, a São Paulo Fashion Week, o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 no Autódromo de Interlagos, a feira conhecida como UD, a Parada do Orgulho Gay (a maior do mundo), a Marcha para Jesus (organizada pela Igreja Renascer em Cristo, de Estevam Hernandes), entre outros, são exemplos deste tipo de eventos. Também sedia feiras, congressos e exposições específicos de determidas áreas de atuação do mercado ou da academia.

[editar] Turismo

Ver artigo principal: Turismo na cidade de São Paulo.

São Paulo destaca-se mais como uma cidade marcada pelo turismo de negócios que pelo turismo recreativo. Grandes redes de hotéis cujo público-alvo é o corporativo estão instaladas na cidade e possuem filiais espalhadas em várias das suas centralidades.

Toda a infraestrutura para eventos da cidade faz com que ela seja sede de 120 das 160 principais feiras do país (SP Turis). Dentre as principais, estão o Salão do Automóvel de São Paulo, a Couromoda e a Francal, entre outras.

A cidade ainda promove uma das mais importantes semanas de moda do Mundo, a São Paulo Fashion Week.

O turismo cultural, porém, também possui alguma relevância para a cidade, especialmente quando se têm em vista os vários eventos internacionais que ocorrem na cidade (como a Bienal de Artes de São Paulo e os vários shows de celebridades estrangeiras, quando se apresentam no Brasil, escolhem poucas metrópoles).

Vista noturna da Avenida Paulista
Vista noturna da Avenida Paulista

A cidade possui diversas atividades culturais e uma vida noturna que é considerada umas das melhores do país. São 280 cinemas, 120 teatros, 71 museus e 39 centros culturais, alguns atendendo a parcela de maior poder aquisitivo, outros contemplando mais o público popular, o que leva muitos a dizerem que "sempre há um programa para se fazer em São Paulo". Porém, dada a complexa estrutura urbana da cidade, que tende a segregar grande parte da população menos favorecida devido às grandes distâncias do Centro de São Paulo e à acusada ineficiência do transporte público coletivo, são comuns as críticas ao efeito excludente de tal complexo cultural, aliado ao já conhecido processo de marginalização sócio-econômica. Desta forma, segundo estudiosos da cidade, muitas das atrações de São Paulo ficam restritas à população de mais alta renda.

A diversidade de povos e culturas que construiu a cidade, faz também com que a rica gastronomia da região seja por si só um grande atrativo turístico. Essa afirmação pode ser comprovada através da ampla variedade gastronômica da cidade, que abrange mais de 50 tipos de culinária.

[editar] Curiosidades

  • São Paulo é a 19º cidade mais rica do mundo
  • São Paulo ocupa a 34º posição de cidades mais caras do mundo
  • São Paulo foi eleita por uma revista norte-americana a quarta cidade mais gentil do mundo.
  • A cidade de São Paulo hoje tem a segunda maior frota de helicópteros do mundo, atrás apenas de Nova York. {
  • São Paulo tem o quinto maior zoológico do mundo.
  • O PIB da cidade de São Paulo foi de 76 bilhões de dólares em 2005. {
  • O orçamento da cidade é o terceiro maior do Brasil, sendo superada obviamente pela União (governo federal) e pelo estado de São Paulo.
  • Durante o 10º Congresso Internacional de Gastronomia, Hospitalidade e Turismo (CIHAT) realizado em 1997 a cidade de São Paulo recebeu o título de "Capital Mundial da Gastronomia" de uma comissão formada por representantes de 43 nações.
  • A rua Oscar Freire é uma das oito mais luxuosas do Mundo de acordo com a Mistery Shopping International.
  • São Paulo é um dos maiores centros geradores de tendências em moda no mundo.[Carece de fontes?]
  • Atualmente, o prato oficial[Carece de fontes?] da cidade é a pizza, com uma produção de cerca de 1 milhão de unidades por dia, só perdendo para Nova Iorque.
  • São Paulo é terceira maior cidade italiana do mundo [5]
  • São Paulo é maior cidade japonesa fora do Japão [5]
  • São Paulo é maior cidade espanhola fora da Espanha [5]
  • São Paulo é terceira maior cidade libanesa fora do Líbano [5]

[editar] Relações internacionais

São Paulo possui as seguintes cidades-irmãs:

[editar] Referências

  1. Dados do IBGE em 2005
  2. FELDMAN, Sarah; Planejamento e zoneamento: São Paulo 1947-1972; São Paulo: Edusp, 2002, ISBN 8531408482
  3. [1]
  4. [2]
  5. 5,0 5,1 5,2 5,3 Pagina interna do Ministério de Relações Exteriores [3]
Bibliográficas
  • BONDUKI, Nabil; Habitar São Paulo: Reflexões sobre a gestão urbana; São Paulo: Editora Liberdade, 2000; ISBN 8574480320
  • PORTA, Paula (org); História da cidade de São Paulo - 3 volumes; São Paulo: Editora Paz e Terra, 2004
  • TOLEDO, Benedito Lima de; São Paulo: três cidades em um século; São Paulo: Editora Cosac e Naify, 2004; ISBN 85-7503-356-5

[editar] Ver também

[editar] Ligações externas

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