Bungee Jumping
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Bungee jumping é um desporto radical praticado por muitos aventureiros corajosos, que consiste em saltar para o vazio amarrado pelos pés a uma corda elástica. Há muito tempo, este desporto era uma espécie de prova iniciática pela qual os rapazes de uma aldeia teriam de passar para poderem começar a ser chamados de adultos. Apesar de só haver uma prova por ano, consistia em irem buscar lianas, subirem uma espécie de escada com cerca de 5 metros, prenderem um extremo da liana à cana da escada e o outro extremo a um dos seus pés. Depois teriam de se atirar e, se chegassem lá a baixo sãos e salvos, tornariam-se adultos. Mas, se por outro lado, a liana se rompesse ou se fosse comprida demais,eles morreriam .
Segundo uma lenda, tudo começou em Pentecost, numa ilha do Pacífico Sul, quando, há milhares de anos, uma mulher traiu o seu marido e teve de arranjar maneira de fugir dele...
Para isso, subiu à árvore mais alta que encontrou com uma videira amarrada aos tornozelos. O marido foi atrás dela (como seria de esperar) mas não conseguiu apanhá-la porque ela saltou da árvore. Como estava presa pelos pés, nada lhe aconteceu. O mesmo não se pode dizer do marido que saltou atrás dela mas... sem videira! Resultado, ela safou-se, ele, nem por isso!!!
Ao que parece, a moda pegou e os homens da região começaram a saltar de torres construídas por eles. Não se sabe bem porquê, mas a tradição manteve-se.
Em 1954, dois jornalistas da revista National Geographic foram a esta ilha e viram homens a saltar de uma torre com videiras amarradas aos tornozelos. A técnica já era tão avançada que as videiras tinham as medidas exactas para que quem saltasse encostasse apenas a cabeça no chão, mantendo a distância suficiente para não partir o pescoço.
Em 1955, na edição de Janeiro da revista, estes dois jornalistas (Irving e Electa Johnson) relataram ao mundo este estranho costume.
Quinze anos mais tarde, o escritor Kal Muller foi à ilha e tornou-se o primeiro "homem branco" a realizar o salto.
Em 1979, membros da Oxford University´s Dangerous Sport Club saltaram da ponte Clifton, em Bristol, de uma altura de 75 m, presos por elásticos usados para amarrar a bagagem aos carros.
Em 1987, o neozelandês A. J. Hackett saltou da torre Eiffel, em Paris, uma coisa impensável na altura e que deixou o mundo de olhos postos naqueles "malucos" que se atiram de alturas impressionantes presos apenas pelo tornozelo.
A partir daí, o bungee jumping passou a ser considerado um desporto (radical, claro) e tem já milhares de adeptos por todo o mundo.
EQUIPAMENTO
Como qualquer outro desporto, o bungee jumping utiliza um equipamento próprio. Além das presilhas, engates e cintos, que são também utilizados na prática do alpinismo, o bungee jumping utiliza cordas elásticas, cordas essas que são essenciais para a segurança e o sucesso do salto. Existem quatro tipos de cordas, que variam consoante o peso da pessoa que vai fazer o salto. Todas as cordas têm um tempo de vida útil de aproximadamente 1200 saltos. Depois de alcançarem este limite, são imediatamente substituídas.
As cordas são testadas e aprovadas para aguentarem até 4000 kg. Entrelaçada no seu interior, têm uma corda de nylon com capacidade até 2500 kg, que tem aproximadamente um metro a mais de comprimento do que a corda elástica esticada, o que torna o salto mais seguro, uma vez que, se a corda elástica se romper, há ainda a de nylon.
Algumas das empresas que organizam este tipo de saltos utilizam também um colchão de ar que é colocado no chão para maior segurança.
ONDE PRATICAR
Apesar de os mais afoitos insistirem em saltar de pontes e torres, essa prática, além de proibida, é muito perigosa. Por isso, além dos locais apropriados que as várias empresas de saltos propõem, o bungee jumping também pode ser praticado em feiras ou exposições, onde a torre e o guindaste são armados por uma equipa treinada e com todas as condições de segurança.