Cazuza
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- Nota: Se procura o filme sobre este compositor, consulte Cazuza - O tempo não pára.
Cazuza | |
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Nome completo: | Agenor de Miranda Araújo Neto |
Origem(ns): | Rio de Janeiro, Rio de Janeiro |
País de nascimento: | Brasil ![]() |
Data de nascimento: | 4 de abril de 1958 |
Data de morte: | 7 de julho de 1990 |
Apelido: | |
Período em atividade: | 1982 - 1990 |
Instrumento(s): | vocal |
Modelo(s) de instrumentos: | |
Discos vendidos: | {{{discos vendidos}}} |
Gênero(s): | rock |
Gravadora(s): | |
Afiliação(ões): | Barão Vermelho |
Website: | www.Cazuza.com.br |
Agenor de Miranda Araújo Neto, conhecido como Cazuza, (Rio de Janeiro, 4 de abril de 1958 - Rio de Janeiro, 7 de julho de 1990) foi um compositor e cantor Brasileiro.
Índice |
[editar] História
[editar] Biografia
Filho do produtor fonográfico João Araújo e da dona-de-casa Maria Lúcia Araújo, Cazuza sempre teve contato com a música. Influenciado desde pequeno pelos fortes valores da música brasileira, ele tinha preferencia pelas músicas dramáticas e melancólicas, como as de Cartola, Lupicínio Rodrigues, Dolores Duran, e Maysa. Ele começou a escrever letras e poemas por volta de 1965. Em 1974, tirando férias em Londres, conheceu a música de Led Zeppelin, Janis Joplin, e dos Rolling Stones, e logo tornou-se um grande fã. Cazuza entrou na Universidade em 1978, mas abandonou o curso de jornalismo três semanas depois, para trabalhar com seu pai na Som Livre. Em seguida foi a San Francisco, onde teve contato com a literatura, tornando-se assim altamente influenciado por ela. Em 1980 ele retornou ao Rio de Janeiro, onde trabalhou com o grupo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone. Lá, foi observado pelo então novato cantor/compositor Léo Jaime, que o apresentou a uma banda de rock que procurava por um vocalista, o Barão Vermelho. Com o Barão Vermelho, que fez grande sucesso com a música Bete Balanço, Cazuza iniciou sua carreira de cantor. Em 1985, Cazuza se apresentou no Rock in Rio com o Barão Vermelho. Nesse período Caetano Veloso declarou que Cazuza era o grande poeta de sua geração. Foi nesse mesmo ano que Cazuza foi infectado pelo vírus da AIDS, precipitando seu desejo em deixar a banda a fim de ter liberdade para compor e se expressar, musicalmente e poeticamente. Após deixar a banda, suas músicas começaram a se diversificar: manteve elementos de Blues como em Blues da Piedade, Só as mães são felizes e Balada da Esplanada, que foi baseada num poema homônimo de Oswald de Andrade, mas mostrando letras intimimistas, como em Só se for a Dois, e também se abrindo para influências da música popular brasileira, com interpretações de O Mundo é um Moinho(Cartola), Cavalos Calados(Raul Seixas) e Essa Cara(Caetano Veloso). Diferentemente do que algumas vezes acontece quando um artista deixa a banda que o fez famoso, a carreira solo de Cazuza fez mais sucesso do que sua ex-banda. Exagerado, O Tempo não Pára, e Ideologia foram seus grandes hits, tornando-se assim influência para a geração seguinte de músicos brasileiros. Em 1989, ele admitiu publicamente pela primeira vez que tinha o vírus da AIDS e lançou seu último álbum: Burguesia.Cazuza morreu no Rio de Janeiro em 1990, aos 32 anos. Em 2004, um filme biográfico digirido por Sandra Werneck chamado Cazuza - O Tempo Não Pára foi lançado.
[editar] Carreira solo
A partir dessa separação, Cazuza começa a diversificar sua produção, incorporando de maneira mais marcante elementos do Blues, como em "Blues da Piedade", "Só as mães são felizes" e "Balada do Esplanada" (baseada em poesia homônima de Oswald de Andrade), letras mais intimistas, como em "Só se for a Dois", e influências da música brasileira como em "O Mundo é um Moinho" de Cartola e "Faz Parte do meu Show", "Cavalos Calados" de Raul Seixas e "Essa Cara" de Caetano Veloso.
Contrariando a sensação de fracasso que sempre acompanham artistas que abandonam suas bandas de origem para um carreia solo, Cazuza surpreende em seus álbuns solo, dos quais os sucessos de maior repercussão no público foram, sem dúvida, "Exagerado", "O Tempo não Pára" e "Ideologia".
Duas características fundamentais de sua obra, especialmente no período solo, são:
- uma postura ativa frente a vida, não apenas recebendo, descrevendo e sofrendo com seus acontecimentos mas se posicionando frente a eles (ao contrário de vários artistas do mesmo período com um espírito mais romântico), fossem de fundo sentimental (vide "Obrigado", "O Mundo é um Moinho", "Exagerado") ou político (vide "Burguesia");
- intimismo e individualismo, no sentido de não se expressar em função ou considerando outros além de seu parceiro mas sim em função das suas crenças, vontades e impressões (essa postura fica muito clara quando notamos que Cazuza raramente usa nós em suas músicas para designar algum grupo ou conjunto de pessoas);
A sua luta contra o HIV que veio de seu estilo de vida, acabou com este e trouxe o fantasma da morte para perto dele.
[editar] Artistas relacionados
Dentre diversos artistas relacionados a Cazuza, podemos mencionar Simone, Léo Jaime (que apresentou Cazuza para a banda Barão Vermelho quando esta já estava formada e precisando de um vocalista para completar a banda), Lobão, tanto pela sua amizade com Cazuza quanto pela influência de um em outro, por ter sido grande inspiração no começo de sua carreira, Cássia Eller por ter sido a intérprete que mais gravou canções do Cazuza, Arnaldo Antunes pela influência marcante e Renato Russo pela amizade e apresentações que fizeram juntos. Cazuza era acima de seu tempo dos valores e do sistema e tinha muito a dizer
[editar] Discografia
[editar] Com o Barão Vermelho
- 1982 - Barão Vermelho
- 1983 - Barão Vermelho 2
- 1984 - Tema do filme Bete Balanço (Compacto)
- 1984 - Maior Abandonado
- 1985 - Barão Vermelho ao vivo (No "Rock In Rio 1")
[editar] Solo
- 1985 - Exagerado
- 1987 - Só se For a Dois
- 1988 - Ideologia
- 1988 - O Tempo Não Pára - Cazuza Ao Vivo
- 1989 - Burguesia
- 1991 - Por Aí (póstumo)
[editar] Filmografia
[editar] Ligações externas
- Página oficial
- Verbete Cazuza no Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira