Crime organizado
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Trata-se de toda organização cujas atividades são destinadas a obter poder e lucro, transgredindo a lei das autoridades locais. Entre as formas de sustento do crime organizado encontram-se o tráfico de drogas, os jogos de azar e a compra de "proteção", como acontece com a Máfia italiana.
Em cada país as facções do crime organizado costuma receber um nome próprio. Assim costuma-se chamar de Máfia (aportuguesação do italiano maffia) ao crime organizado italiano e ítalo-americano; Tríade ao chinês; Yakuza ao japonês; Cartel ao colombiano e mexicano e Bratva ao russo e ucraniano. A versão brasileira mais próxima disso são os Comandos, facções criminosas sustentadas pelo tráfico de drogas e sequestros.
Seja qual for a atividade à qual o crime organizado se dedique, este sempre enfrentará, além do combate das forças policiais de sua região de atuação, a oposição de outras facções ilegais. Para manter suas ações ilícitas, os membros de organizações criminosas armam-se pesadamente, logo pode-se dizer que as armas – e os assassinatos – são o sustentáculo do crime organizado. Além, é claro, da incompetência ou corrupção das autoridades (em especial a polícia).
[editar] Crime Organizado no Brasil
O crime organizado assume três formas distintas no Brasil. Existem os Comandos (Primeiro Comando da Capital, Comando Vermelho, Terceiro Comando); existem as Mílicias Ilegais; e exitem as chamadas "Máfia do Colarinho Branco".
Os Comandos são formados por quadrilhas que obtem o controle das rotas de tráfico de uma determinada região. Um Comando não costuma dar abertura para a entrada de pessoas de fora da sua comunidade na organização, mas podem submeter quadrilhas menores através de ameaça. Além disso, não raro, se valem de usuários de droga, de classe média, como "aviões" para ampliar sua área de venda. Sua principal atividade é o tráfico de drogas. O Brasil têm uma produção de entorpecentes relativamente pequena, mas é uma escala de muitas rotas de tráfico internacional. As principais são as que levam cocaína da Jordânia para os Estados Unidos e cocaína e maconha da Colômbia para a Europa e Estados Unidos. Por conta dessa ligação internacional, membros das FARC já foram descobertos fornecendo treinamento com armas pesadas para traficantes cariocas, e um outro guerrilheiro estava envolvido com o sequestro do empresário Abílio Diniz em São Paulo.
Os comandos se envolvem frequentemente em disputas territoriais. A cidade de Santos no litoral paulista foi palco para uma disputa entre o PCC e o Terceiro Comando. O Primeiro Comando da Capital (que é de São Paulo) havia decidido absorver a cadeia de tráfico de Santos, que pertencia ao Terceiro Comando (que é do Rio de Janeiro).
As Milícias são grupos para militares, formados por policiais e ex-policiais civis e militares, bombeiros, vigilantes, agentes penitenciários e outros, em grande parte moradores das comunidades, que cobram taxas dos moradores por uma suposta proteção e repressão ao tráfico de drogras. Este fenômeno surgiu no Rio de Janeiro, onde atualmenete existem 92 favelas, cerca de 18% das favelas do Rio de Janeiro, dominadas por milícias urbanas ilegais, coordenadas por agentes de segurança pública, políticos e líderes comunitários”.[1]
A máfia do colarinho branco é uma designação geral dada a várias quadrilhas formadas por autoridades legais, sem que necessariamente tenham ligação entre si. Geralmente incorrem em crime de tráfico de influência e lavagem de dinheiro. O juiz João Carlos da Rocha Mattos, por exemplo, chefiava uma quadrilha que enviava dólares ilegalmente para contas estrangeiras e vendia sentenças judiciais e Habeas Corpus. A quadrilha atuava em dois estados (São Paulo e Mato Grosso do Sul) e contava com outros juízes além de policiais federais. Mais recentemente descobriu-se que um perito da PF do Rio de Janeiro ameaçava jurados para que estes votassem pela inocência de réus.
O crime organizado é investigado pelas Delegacias de Repressão e Investigação ao Crime Organizado (DEIC - Polícia Civil), Polícia Federal e pela Abin.