Demografia do Espírito Santo
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A população do Espírito Santo é de 3.250.219 habitantes, segundo o censo de 2005, com dados recentemente coletados pelo IBGE. O Espírito Santo é o décimo-quarto estado mais populoso do Brasil e concentra 1,82% da população brasileira. Do total da população do Estado em 2000, 1.562.426 habitantes são mulheres e 1.534.806 habitantes são homens.
Índice |
[editar] Evolução demográfica
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[editar] Etnias
[editar] Capixabas
Capixaba são todos aqueles que nascem no Estado do Espirito Santo. Capixaba eram as roças de milho localizadas na ilha de Vitória, que pertenciam aos índios que originalmente habitavam a região na chegada dos portugueses.
[editar] Nativos
Quando os portugueses, em 23 de maio de 1535, capitaneados pelo fidalgo Vasco Fernandes Coutinho, tomaram posse da Capitania do Espírito Santo, depararam-se com indígenas de diversas culturas que dominavam o litoral e o interior e que impuseram à Coroa Portuguesa severa resistência ao processo de colonização. Tanto que apenas na primeira metade do século XVII as lutas tiveram fim, com a definitiva derrota dos índios. A partir daí o processo de aculturação deu-se de forma acelerada, e rapidamente as diversas etnias foram absorvidas e integradas pelas populações de origem Portuguesa e Africana, bem como, no decorrer das décadas, por imigrantes europeus de outras nacionalidades, como alemães e italianos. Nos dias atuais, um reduzidíssimo número de índios ainda procura manter vivas sua cultura e tradição, ambas fragilizadas pela sociedade como um todo, que se baseia em valores bem diferentes e até opostos aos deles. Sobrevivem em reservas situadas ao norte da capital Vitória, sendo Caieiras Velhas, no município de Aracruz, a mais representativa. Ela abriga descendentes dos primeiros Tupiniquins aqui encontrados, praticando agricultura de subsistência e artesanato. Na década de 80, um acordo firmado entre a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e a Prefeitura Municipal de Aracruz (PMA) permitiu a criação, na reserva, de escolas para ensino de nível fundamental e de creches. Na mesma época, por iniciativa da Legião Brasileira de Assistência (LBA), foram introduzidos cursos profissionalizantes, como uma tentativa de reduzir a grande exclusão social a que o processo histórico submeteu os indígenas. Muitos indivíduos, dada a dificuldade de sobrevivência nas reservas, migram para os grandes centros urbanos capixabas para trabalhar em ofícios mal remunerados (posto que a mão-de-obra é desqualificada para as exigências do mercado)ou em ocupações marginais como a prostituição.
Culturalmente falando, foi fundamental a contribuição indígena (a também a africana) no que tange à lingüística, porque enriqueceu sobremaneira a língua portuguesa inicialmente falada em território capixaba. Num processo idêntico ao que ocorreu com todo o Brasil, foi graças aos termos, prefixos e sufixos próprios da língua tupi-guarani (e também as de origem africana) que o português adquiriu sotaques e cadência diferenciados da Pátria-Mãe.
[editar] Italianos
Os Italianos, vêem-se muito presentes na vida da sociedade capixaba, foram eles quem fundaram muitas das cidades, e há ainda vários grupos de dança típica italiana e festas de inspiração Italiana, assim como muita influência culinária também. Municípios como Venda Nova do Imigrante, Santa Teresa, Castelo e Pancas, são exemplos típicos. Aparte da presença massiva de pratos de origem Italiana na mesa capixaba, outros aspectos, como a produção de queijo mozarella ou fábrica de macarrão no estado (Firenze), nos lembram essa forte influência. Outro exemplo são pequenas propriedades agrícolas, que hoje, retornam as raízes Italianas para promover o agroturismo, um mercado potencialmente lucrativo.
[editar] Alemães
Outra grande presença no Estado é a dos Alemães, que foram dos primeiros a cultivar o solo mais distante da costa. Assim como a comunidade Italiana, ainda retém muitos aspectos da vida de antanho, como grupos de dança típicos e festas como a Sommerfest, em Domingos Martins, que também é de inspiração Alemã. Outro grupo Próximo ao Alemão é o Pomerano, que originalmente veio de uma região entre a Alemanha e Polônia, e que hoje ainda fala sua língua, em várias pequenas regiões, e chega a ter dificuldade de integração, tanto econômica, como cultural, à vida capixaba. Os descendentes de italianos correspondem à mais de 60% da população capixaba.