Diplomacia Parlamentar
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A noção de Diplomacia Parlamentar é bastante recente, no entanto a sua prática não o é. Podemos recuar até ao final do século XIX, altura em que tiveram lugar as primeiras acções daquilo que poderemos denominar por Diplomacia Parlamentar.
Veja-se, a este propósito, a génese da União Interparlamentar que remonta a 1889, ano em que teve lugar a primeira conferência interparlamentar sobre arbitragem internacional. O objectivo inicial, o qual se pode afirmar que se mantém até aos nossos dias, era a resolução pacífica de conflitos internacionais através do recurso a ”árbitros”, que neste caso seriam parlamentares de diferentes países.
A situação internacional criada pelas duas guerras mundiais e, posteriormente, pela Guerra Fria, impediu o desenvolvimento de uma Diplomacia Parlamentar eficaz e actuante. Este “adormecimento” da acção externa dos parlamentos, em favor de um quase monopólio governamental na área da política internacional, só começaria a ser quebrado a partir do último decénio do século XX.
O fim da luta geopolítica e ideológica, e a consequente abertura das relações internacionais a novos protagonistas, criou outras janelas de oportunidades para os parlamentos enquanto actores no plano internacional. A criação de novos espaços de cooperação entre os Estados e a multiplicação de organizações interparlamentares regionais , veio também dar aos Parlamentos novos campos de intervenção, sobretudo porque não estão amarrados por “políticas comuns” que os condicionem na sua prática exterior.