União Interparlamentar
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A União Interparlamentar (UIP) foi fundada em 1889 por iniciativa do inglês William Cremer e do francês Frédéric Passy que, animados pelos valores pacifistas e idealistas da época, tinham como objectivo criar uma organização onde os conflitos fossem resolvidos através da “arbitragem internacional”.
Ao longo da sua história, a UIP teve um papel pouco relevante, sobretudo porque os diversos sistemas internacionais em que esteve inserida privilegiaram sempre uma perspectiva “Estado-cêntrica” em detrimento de outros actores, principalmente quando muitos destes – neste caso os parlamentos nacionais – não passavam de autênticas “caixas de ressonância” dos respectivos governos. No entanto, esta realidade, que se fazia sentir porque os valores democráticos existiam apenas no papel que suportava a Constituição de muitos Estados, não impediu o diálogo entre parlamentares originários dos mais diversos países.
Só a partir do final da Guerra Fria é que a UIP começou a ter outro tipo de protagonismo, sobretudo tendo em consideração um dos seus princípios fundadores: a resolução pacífica de conflitos internacionais através da acção concreta de parlamentares de todo o mundo, ou seja,através de uma Diplomacia Parlamentar efectiva.
De acordo com os Estatutos da UIP, todos os parlamentos nacionais que desejem tornar-se membros devem constituir-se em Grupos Nacionais. Serão os membros destes Grupos Nacionais que irão participar nas duas Assembleias plenárias anuais e noutros eventos organizados sob a égide da UIP.
A UIP actua preferencialmente nas seguintes áreas: Democracia Representativa; Paz e Segurança Internacionais; Desenvolvimento Sustentável; Direitos Humanos e Direito Humanitário; Igualdade de Géneros; Comércio Internacional; e Educação, Ciência e Cultura.