Enlil
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Enlil era o deus (dingir) sumério ligado aos fenómenos atmosféricos, como as tempestades e outras manifestações naturais (designadamente o raio e o trovão).
Enlil, acima de tudo, era considerado o deus do ar (espirito) que ligava o céu e a terra, bem como dos ventos – de resto, a tradução do seu nome em sumério dá precisamente «Senhor do Vento» («EN» = Senhor, Lorde; «LIL» = Vento, Ar); uma interpretação "por sentido" do nome seria «Senhor do Comando».
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[editar] Familia
A história da sua origem resulta de uma relação entre An (o deus dos Céus) e Ki (a deusa da terra).
Quando Enlil ainda era um deus jovem, foi expulso de Dilmun (a casa dos deuses), para o Kur (o mundo infernal, abaixo da terra) por ter violado a sua irmã mais nova, Ninlil. Esta porém seguiu-o até ao submundo e aí concebeu os deuses Nanna (deus da lua) e Ninurta.
De uma outra esposa, Nisaba (a deusa dos cereais), foi pai de Nergal; por fim, da sua relação com Ereshkigal, Enlil foi pai de Namtar.
[editar] Local de Culto
Era particularmente venerado na cidade de Nippur; no entanto, embora esta fosse a cidade especialmente consagrada ao seu culto (acreditando-se que era no templo dessa cidade que o deus vivia), esta era uma divindade que tinha um carácter nacional em toda a Suméria.
De resto, durante um período anterior a 3000 a.C., Nippur tornou-se um centro político muito importante. Inscrições encontradas neste lugar nas escavações realizadas entre 1888 e 1900 por Messrs Peters e Haynes, sobre a tutela da Universidade da Pensilvânia, mostraram que Enlil era o líder de um extenso e populoso panteão de deuses e deusas.
Estas inscrições encontradas referem-se a ele como Rei das Terras, Rei dos Céus e da Terra ou Pai dos Deuses; este último título, de resto, era também atribuído, henoteisticamente, a Enki, deus que, em dada altura da história suméria, acabado por ser suplantado, em termos de culto, por Enlil.
[editar] O Templo
O seu templo ou “pavilhão” em Nippur tinha o nome de Ekur («EK» = casa e «UR» = montanha, ou seja, «a casa da montanha»). Esta palavra continuou a ser usada por outras civilizações posteriores para designar templo em geral. Existe inclusivamente quem queira associar este templo à torre de Babel, uma vez que esta sugere uma construção enorme semelhante a uma montanha.
[editar] O deus do comando
Enlil fazia parte dos Anunnaki (an.un.na.ki – aqueles que do céu à terra vieram) Enlil era filho do deus An (céu) e da deusa KI (terra). A terra estava sobre o comando de Enki que teria sido o primeiro da família dos Anunnaki a chegar a este lugar.
Os relatos são esquivos no que diz respeito ao seu verdadeiro interesse no planeta, mas alguns estudiosos pensam que os antigos sumérios consideravam o seu interesse principal a extracção de ouro, não para utilização em joalharia mas para ser empregue em algum outro tipo de função. (?)
[editar] Paralelismo Bíblico
Enlil é muito associado a Yahweh – o Deus dos Hebreus
Existem duas teorias em relação à CRIAÇÃO na mitologia Suméria:
a) Enlil criou o Jardim do Éden e Enki criou o Homem
b) Enlil Criou o Jardim do Éden e o Homem. Enki aperfeiçoou o homem.
Qualquer uma das duas hipóteses faz sentido porque segundo a bíblia a criação do Éden e do Homem foi feita por Elohim que no original Hebraico significa – Deuses (no plural).
A bíblia refere em Génesis: Façamos o homem à NOSSA imagem, conforme a NOSSA semelhança. (sugere uma pluralidade divina).
Os relatos sumérios indicam que foi Enlil que resolveu destruir os homens com um dilúvio e foi Enki quem lhe deu os planos para a construção da Arca. Segundo a Bíblia o diluvio também foi uma decisão de Yahweh.
Segundo a mitologia Suméria foi Enki quem aperfeiçoou a criação do Homem. Segundo a bíblia foi a serpente quem deu a provar do Fruto Proibido” a Eva. Ou seja com muitos defendem, tirou-lhe a inocência e ela concebeu Caim (que era filho do maligno – I João 3:12).
Um dos símbolos da casa de Enki era na realidade a serpente (ver artigo Enki)
Os descendentes de Abraão seguiram Yahweh / Enlil e os egípcios por outro lado eram os protegidos da Serpente - / Enki (Yahweh referiu num dos seus mandamentos …que te tirei do Egipto, da casa da servidão… (Exodo 20)
Enlil sempre foi um deus ciumento (zeloso) mas preocupado com o seu comando. Tal como Yahweh, o Deus Zeloso que cuidou do seu povo e o protegeu e o ajudou nas batalhas.
Não terás outros deuses diante de mim…