Equação de Van der Waals
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Para um Gás ideal, a equação PV=nRT funciona muito bem. Porém, quando trata-se de um gás real, essa equação apresenta consideráveis desvios. Foi baseado nisso que Johannes Diderik van der Waals formulou uma equação para os gases reais, que ficou conhecida como a Equação de Van der Waals.
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[editar] A energia das moléculas
PV=nRT funciona perfeitamente com pressões abaixo de 1 atm e temperaturas muito acima das temperaturas de condensação de um gás (esse é o conceito de gás ideal), uma vez que a pressão baixa (menos partículas por m³) reduz a probabilidade de colisões entre as moléculas e a alta temperatura aumenta a velocidade das moléculas, ou seja, diminui as interações intermoleculares, de modo que uma molécula com alta velocidade e, conseqüentemente, elevada energia cinética, passe do lado de uma outra molécula sem sofrer desvios consideráveis ou atrações maiores.
Se a molécula apresentasse baixa velocidade, ela seria atraída pela outra molécula e o gás , dependendo das pressões e da energia das moléculas, poderia liqüefazer-se. Tal qual um foguete que ao passar perto de um planeta, com baixa velocidade, é atraído pelo campo gravitacional do mesmo , entrando assim em órbita ou até mesmo caindo no planeta. Se a molécula for bem rápida, ela consegue escapar da força de atração das outra moléculas proporcionalmente à quantidade de energia que ela detém.
[editar] Fator de compressibilidade
Há uma grandeza chamada fator de compressibilidade (z) que podemos expressar por: . Para os gases ideais, z deve ser igual a 1 sob qualquer condição de temperatura, volume e/ou pressão. Porém foi observado experimentalmente que z desvia-se consideravelmente de 1 sob pressões mais altas e temperaturas mais baixas, como é mostrado no gráfico abaixo:
[editar] A equação
Observando isto, Van der Waals formulou sua equação, em 1873, a partir de dados obtidos experimentalmente, ou seja, a equação de Van der Waals é uma equação de estado empírica, e pode ser representada por:
onde a e b são constantes empíricas e variam para cada tipo de gás.
A constante a está relacionada com as forças de atração intermoleculares e a constante b está relacionada com o volume molecular.A tabela abaixo nos traz os valores de a e b para alguns gases:
Analisando mais a fundo a equação, nota-se que se o volume for suficientemente grande para a pressão ser baixa, o termo tornar-se-á muito pequeno, e a soma será praticamente igual a P. Sendo assim,ainda com V muito grande, o termo V − nb será praticamente igual a V. Portanto quando a pressão é baixa, essa equação pode ser aproximada para PV = nRT, ou seja, o comportamento do gás será semelhante ao de um gás ideal.