Escola de Frankfurt
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A Escola de Frankfurt é nome dado a um grupo de filósofos e cientistas sociais de tendências marxistas que se encontram no final dos anos 1920. A Escola de Frankfurt se associa diretamente à chamada Teoria Crítica da Sociedade. Deve-se à Escola de Frankfurt a criação de conceitos como "indústria cultural" e "cultura de massa".
Índice |
[editar] Principais Membros
- Theodor Adorno
- Max Horkheimer
- Walter Benjamin
- Herbert Marcuse
- Leo Löwenthal
- Franz Neumann
- Friedrich Pollock
- Erich Fromm
- Jürgen Habermas
- Oskar Negt
[editar] Dados Biográficos
O grupo emergiu no Instituto para Pesquisa Social (em alemão: Institut für Sozialforschung) da Universidade de Frankfurt-am-Main na Alemanha. O instituto tinha sido fundado com o apoio financeiro do mecenas judeu Felix Weil em 1923. Em 1931, Max Horkheimer, discípulo de Guile, tornou-se director do Instituto. É a partir da gestão de Horkheimer que se desenvolve aquilo que ficou conhecido como a Teoria Crítica da Sociedade, comumente associada à Escola de Frankfurt.
Com a chegada de Hitler ao poder na Alemanha, os membros do Instituto, na sua maioria judeus, migraram para Genebra, depois a Paris e finalmente, para a Universidade de Columbia, em Nova Iorque. A primeira obra coletiva dos frankfurtianos são os Estudos sobre Autoridade e Família, escritos em Paris, onde estes fazem um diagnóstico da estabilidade social e cultural das sociedade burguesas contemporâneas. Nestes estudos, os filósofos põem em questão a capacidade das classes trabalhadoras em levar a cabo transformações sociais importantes.
Esta desconfiança, que afasta-os progressivamente do marxismo "operário", se consuma na Dialética do Esclarecimento de 1947, publicado em Amsterdã onde o termo marxismo já se encontra quase ausente. Em 1949-1950 publicam os Estudos sobre o Preconceito que representa uma inovação significativa nas metodologias de pesquisa social, embora de pouca significação teórica.
Com Erich Fromm e Herbert Marcuse se inicia uma frente de trabalho que associa a Teoria Crítica da Sociedade à psicanálise. Fromm, precursor desta frente de trabalho, logo se distancia do núcleo da Escola, e este perde o interesse pela Psicanálise até o início dos trabalho de Marcuse.
Marcuse, que permanece nos EUA após o retorno do Instituto para a Alemanha em 1948, foi o mais significativo dos frankfurtianos, do ponto de vista das repercussões práticas de seu trabalho teórico, já que teve influência notável nas insurreições anti-bélicas e nas revoltas estudantis de 1968 e 1969.
Adorno continuará o trabalho iniciado na Dialética do Esclarecimento, de reformulação dialética da razão ocidental, em sua Dialética Negativa, sendo considerado ainda hoje, o mais importante dos filósofos da Escola. Com a sua morte, começa o que alguns chamam de segundo período da Escola de Frankfurt, tendo como principal articulador, o antes assistente de Adorno e depois, seu crítico mais ferrenho, Habermas.
[editar] Obras sobre a Escola de Frankfurt
- JAY, Martin. La imaginacion dialética- Una historia de la Escuela de Frankfurt. Madri: Taurus, 1974.
- JAMESON, Friedric. O Marxismo Tardio - Adorno, ou a persistência da dialética. Trad. Luiz Paulo Rouanet. São Paulo: Boitempo, 1997.
- MATOS, Olgária. Os Arcanos do Inteiramente Outro - Escola de Frankfurt - Melancolia e Revolução. São Paulo: Brasiliense, 1996.
- NOBRE, Marcos, Teoria Crítica, Rio de Janeiro: Zahar, 2004.
- WIGGERSHAUS, Rolf. Escola de Frankfurt - História, desenvolvimento teórico, significação política. Tradução: Vera de Azambuja Harvey. Rio de Janeiro: Difeel, 2002.
[editar] Obras da Escola de Frankfurt
- HORKHEIMER, Max. Teoria Crítica. Trad. Hilde Cohn. São Paulo: Perspectiva, 1990.
- ________________Eclipse da Razão. São Paulo: Centauro, 1999.
- _________________ADORNO, Theodor. Dialética do Esclarecimento Trad. Guido de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988.
ADORNO, Theodor.Prismas- Crítica Cultural e Sociedade. Trad. Augustin Wernet e Jorge de Almeida. São Paulo: Ática, 2001.
- _______________ Notas de Literatura I. Trad. Jorge de Almeida. São Paulo: Duas Cidades/Ed. 34, 2003.
- _______________Teoria Estética. Trad. Artur Morão. Lisboa: Edições 70, [s.d]
- _______________Experiência e Criação Artística. Trad. Artur Morão. Lisboa; Edicções 70, 2003.
- MARCUSE, Herbert. Cultura e Sociedade. Vol. 1. Tradução: Wolfgang Leo Maar et alii. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
____________________________________Vol. 2. Tradução: Isabel Loureiro et alii. Rio d
- _________________. Cultura e Psicanálise. Tradução: Isabel Loureiro. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001.
- _________________. El Marxismo Soviético. Madri: Alianza, 1969.
- _________________. Eros e Civilização. Tradução: Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: LTC, 1999.
- _________________. O fim da utopia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1969.
- _________________. Ideologia da Sociedade Industrial. O Homem Unidimensional Tradução: Giasone Rebuá. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1978.
- _________________. A Grande Recusa Hoje. Tradução: Isabel Loureiro e Robespierre de Oliveira. Petrópolis: Vozes, 1999.
- _________________. Ontología de Hegel. Barcelona: Martinez Roca, 1970.
- _________________. Para uma teoria crítica de la sociedad. Caracas: Tiempo Nuevo, 1971.
- _________________. Razão e Revolução. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998.
- _________________. Tecnologia, Guerra e Fascismo. São Paulo: Ed. Unesp, 1999.
[editar] Críticos notórios da Escola de Frankfurt
- Fritz Belleville
- Henryk Grossmann
- Georg Lukács
[editar] Veja também
- Teoria Crítica
- Teoria da Comunicação
- Indústria Cultural
- Cultura de Massa
- Comunicação de Massa
- Comunicação
[editar] Ligações externas