Jürgen Habermas
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jürgen Habermas (Düsseldorf, 18 de Junho 1929) é um filósofo e sociólogo alemão.
Licenciou-se em 1954, com uma tese sobre Schelling (1775-1854), intitulado "O Absoluto e a História". De 1956 a 1959, foi colaborador de Theodor Adorno no Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt.
Em 1968, transferiu-se para Nova York, passando a lecionar na New Yorker New School for Social Research. Em 1971, Habermas dirigiu o Instituto Max-Planck, em Starnberg, Baviera. Em 1983, transferiu-se para a Universidade Johan Wolfgang Goethe, de Frankfurt.
[editar] Pensamento
Herdando as discussões da Escola de Frankfurt, Habermas aponta a ação comunicativa como superação da razão iluminista transformada num novo mito que encobre a dominação burguesa (Razão Instrumental). Para ele, importa cultivar o logos da troca de idéias, opiniões e informações entre os sujeitos históricos estabelecendo o diálogo. Propõe, assim, duas abordagens teóricas possíveis à sociedade: o sistema e o mundo da vida. Sistema refere-se à denominada 'reprodução material', regida pela lógica instrumental (adequação de meios a fins). Mundo da vida refere-se à 'reprodução simbólica', ou seja, da rede de significados que compõem determinada visão de mundo, atenham eles aos fatos objetivos, às normas sociais ou aos conteúdos subjetivos. É conhecido o diagnóstico habermasiano da colonização do mundo da vida pelo sistema - a crescente instrumentalização desencadeada pela modernidade, sobretudo com o surgimento do direito positivo, que reserva o debate normativo aos técnicos e especialistas.
Seus estudos voltam-se para o conhecimento e a ética. Sua tese para explicar a produção de saber humano recorre ao evolucionismo de Charles Darwin. Segundo Habermas, a falibilidade possibilita desenvolver capacidades mais complexas de conhecer a realidade. Evolui-se assim através dos erros. Habermas defende também uma ética universalista, deontológica, formalista e cognitivista. Para ele, os princípios éticos não devem ter conteúdo, mas, através da participação nas decisões públicas através de discussões (Discursos), possibilitar a avaliação dos conteúdos normativos demandados naturalmente pelo mundo da vida.
Sobre sua teoria discursiva, aplicada também à filosofia jurídica, pode ser considerada em prol da integração social e, como conseqüência, da democracia e da cidadania. Teoria que possibilitaria a resolução dos conflitos vigentes na sociedade e, não com uma simples solução, mas a melhor solução, aquela que é resultado do consentimento de todos os concernidos. Sua maior relevância está, indubitavelmente, em pretender o fim da arbitrariedade e da coerção nas questões que circundam toda a comunidade, propondo uma maneira de haver uma participação mais ativa e igualitária de todos os cidadão nos litígios que os envolvem e, concomitantemente, obter a tão almejada justiça. Essa forma defendida por Habermas é o agir comunicativo que se ramifica no discurso, que será explanado no transcorrer deste trabalho.
[editar] Principais obras
- Teoria da Ação Comunicativa,
- Entre a Filosofia e a Ciência - O Marxismo como Crítica,
- Reflexões Sobre o Conceito de Participação Pública,
- Mudança Estrutural da Esfera Pública,
- Teoria e Práxis,
- Lógica das Ciências Sociais,
- Técnica e Ciência como Ideologia,
- Conhecimento e Interesse,
- Entre os Fatos e as Normas,
- O Discurso Filosófico da Modernidade,
- A Inclusão do Outro - Estudos de Teoria Política,
- Direito e Democracia Entre Facticidade e Validade,
- Consciência Moral e Agir Comunicativo,
- Pensamento Pós-Metafísico,
- Escritos sobre Moralidade e Eticidade,
- Verdade e Justificação,
- História e crítica da opinião pública.
[editar] Ligações externas
*Habermas Forum