Fidelio
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Fidelio | |
Nome em português | (personagem-título) |
Idioma original | Alemão |
Compositor | Ludwig van Beethoven |
Libretista | Joseph Ferdinand Sonnleithner |
Tipo do enredo | Romântico |
Número de atos | 2 |
Número de cenas | 3 |
Ano de estreia | 1805 |
Local de estreia | Theater an der Wien, Viena |
Fidelio (em português: Fidélio) é uma ópera de Ludwig van Beethoven (1814, Op. 72), baseada no texto alemão de Joseph Ferdinand Sonnleithner (1766-1835), segundo a peça francesa Leonore ou L’Amour Conjugal (1798), de Jean Nicolas Bouilly (1763-1842). Ópera em dois actos, situa-se nos finais do século XVIII na Espanha. Leonor (Leonore, no original) (soprano dramática) tenta salvar o seu marido Florestán (tenor dramático), preso pelo seu adversário político, Pizarro. Consegue infiltrar-se na prisão (que fica perto de Sevilha) disfarçada de ‘Fidélio’, ou seja, fazendo-se passar por um servo de Pizarro.
A ópera abre com o episódio em que Marcelina (Marzelline, no original) despreza e recusa o amor de Jaquino (Jacquino, no original), por se encontrar loucamente apaixonada por Fidélio.
Depois de uma série de cenas entre Don Pizarro, o director da prisão (baixo-barítono), Rocco, pai de Marcelline (baixo), Marcelline (soprano lírica), Jaquino, carcereiro (tenor lírico) e Don Fernando, Ministro da Justiça (baixo), por fim ‘Fidélio’, ou melhor, Leonore encontrará o seu esposo (muito desnutrido e já moribundo, que quando a vê canta o célebre "Ich seh', wie ein Engel im rosigen Duft sich tröstend zur Seite" ("vejo como um anjo se aproxima"), um autêntico hino ao amor e à esperança). Depois de Leonor revelar a sua identidade (o que acontece no momento em que Pizarro se prepara para matar Florestan) a Jaquino e a Pizarro, com o célebre "Matai antes a sua mulher", acabam por ficar ambos (marido e mulher) presos, enquanto Don Fernando chega e Pizarro é obrigado a ir recebê-lo. Será o mesmo Fernando a libertá-los e a punir o maléfico Pizarro. São, no decurso da ópera destacados a tirania e crueldade de Pizarro, a lealdade e fieldade de Leonor e a eficiência e certeza da chegada da Justiça, encarnada por Don Fernando. Esta é uma Justiça libertadora (o coro dos prisioneiros "Heil sei dem Tag, Heil sei der Stunde"), muito ao estilo dos ideais da Revolução Francesa.