Frente de esquerda
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A Frente de Esquerda é um movimento social classista e uma coligação política formada nas Eleições gerais brasileiras de 2006 pelos partidos PCB, PSOL e PSTU, caracterizada pela oposição ao governo Lula (e conseqüentemente à tentativa de reeleição do presidente Luís Inácio Lula da Silva) e pelo não alinhamento às demais frentes de oposição, como a da coligação PSDB-PFL. A Frente de Esquerda apresentou a candidatura da então Senadora Heloísa Helena para a Presidência da República.
A Frente foi inicialmente proposta ainda em 2005 através de um manifesto lançado pelo PSTU durante o Fórum Social Mundial em Porto Alegre, RS. Depois de diversas discussões, entre elas a polêmica em torno da vice-presidência que terminou ocupada pelo sociólogo César Benjamin (a proposta do PSTU era que fosse ocupada pelo metalúrgico e sindicalista José Maria de Almeida) foi finalmente conformada em maio de 2006.
[editar] Discussões programáticas que possibilitaram a Frente
A constituição da frente se baseia em um programa que foi discutido entre as direções dos partidos que a conformam.
A primeira base de acordo tem a ver com uma postura antiimperialista. O texto comum defende a ruptura com o imperialismo e uma campanha contra o pagamento das dívidas externa e interna com base na campanha do Jubileu Sul: “A proposta de um novo projeto alternativo econômico e social exige mudanças estruturais que o capitalismo brasileiro nunca realizou e, nos marcos da globalização neoliberal, estão mais distantes do que nunca porque não poderão ser realizadas sem uma ruptura com a dominação imperialista”.
Além disso, é incorporada uma avaliação da importância das lutas diretas: “Queremos disputar este espaço institucional, construir um pólo de esquerda e eleger parlamentares. Mas consideramos que a campanha eleitoral, assim como os eventuais mandatos, deverão estar a serviço das lutas diretas dos trabalhadores, do povo pobre, das demandas democráticas, antiimperialistas, ecológicas, enfim, contra todas as injustiças promovidas pelo capital contra a maioria do povo e a vida, porque as lutas diretas são determinantes para conquistar as mudanças favoráveis para a maioria do povo. São as lutas diretas as que podem fazer avançar realmente o país para o socialismo".
Por último a questão da independência de classe em relação à burguesia (grandes empresários, banqueiros e latifundiários) Assim, essa frente eleitoral de esquerda não inclui nenhum partido ligado a estes setores e não aceitará suas doações para a campanha.