Imperialismo
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Imperialismo é a política de expansão e domínio territorial e/ou cultural e econômico de uma nação sobre outra, ocorrido na época da segunda revolução industrial. O imperialismo contemporâneo denomina-se neo-imperialismo, por possuir muitas diferenças com relação ao imperialismo colonial.
No final do século XIX e começo do século XX, a economia mundial viveu grandes mudanças. A tecnologia da Segunda Revolução Industrial (motores a gasolina, diesel e eletricidade) aumentou ainda mais a produção. A livre concorrência foi desaparecendo e a economia passou a ser dominada por ‘megaempresas’ (monopólios).
As "megaempresas" capitalistas passaram a investir capital em nações da África, da Ásia e da América. Esse fenômeno viria a ser chamado de imperialismo ou neo-colonialismo. Os países imperialistas lutavam uns com os outros pelo domínio econômico do mundo. Buscavam novos mercados, fontes de matéria-prima e mão-de-obra barata para explorar.” (Schmidt, Mario Furley: Nova História crítica; Capítulo 16, pág. 228/247).
A concepção de imperialismo foi perpetrada por economistas alemães e ingleses no início do século XX. Este conceito constituiu-se em duas características fundamentais, ou seja, o investimento de capital externo e propriedade econômica monopolista, “um país imperialista era um país que dominava economicamente outro país”. Desse modo, a capitalização das nações imperialistas gradativamente se ampliava, por conseguinte a ‘absorção’ dos países dominados, pois monopólios, mão-de-obra barata e abundante e mercados consumidores levavam ao ciclo do novo colonialismo, que é o produto da expansão constante do imperialismo.
Os países imperialistas dominaram, exploraram e agrediram os povos de quase todo o planeta. Porém, a maior parte dos capitalistas e da população dos países imperialistas acreditavam que suas ações eram justas e até benéficas à humanidade em nome da ideologia do progresso, isto é, tinham três critérios para explica-la: o etnocentrismo, baseado na pseudo-idéia de que existiam povos superiores a outros (europeus superiores a asiáticos e africanos), da mesma forma o racismo e o darwinismo social que interpretava a teoria da evolução a sua maneira errônea, afirmando a hegemonia de alguns sobre outros pela seleção natural.
Assim, no final do século XIX e o começo do XX, os países imperialistas se lançaram numa louca corrida pela conquista global o que desencadeou rivalidade entre os mesmos e concretizou o principal motivo da Primeira Guerra Mundial, dando princípio à “nova era imperialista” onde os EUA se tornam o país cardeal.
[editar] Liberalismo e imperialismo
O primeiro estudo sistemático do imperialismo surgiu em 1902 com Imperialismo, do autor inglês John Hobson, para quem o fenômeno se devia à acumulação de capital excedente que devia ser exportado. Seriam motivações importantes do expansionismo a busca de novas fontes de matérias-primas e de mercados. A originalidade da obra de Hobson consiste em atribuir ao imperialismo raízes econômicas, o que forneceu as bases para a interpretação marxista. Para o economista Joseph Schumpeter, que em sua obra mais conhecida, Capitalism, Socialism and Democracy (1942), conclui que o capitalismo acabará por esgotar-se e dar lugar a alguma forma de controle centralizado da economia, a política imperialista não tem relação com a natureza do capitalismo, que é pacifista em essência. O expansionismo se deve a um impulso atávico de luta, remanescente em estruturas e camadas sociais pré-capitalistas, que dependem para sua sobrevivência de guerras e conquistas.
[editar] Teoria marxista-leninista do imperialismo
As décadas de 1870 e 1890 assistiram a um retrocesso da economia de livre mercado e a um retorno da intervenção estatal na economia. A contrapartida internacional desse fenômeno ocorrido localmente foi o imperialismo. Os países mais poderosos da Europa, depois de quase um século de indiferença em relação a suas colônias de ultramar, em cerca de vinte anos repartiram entre si praticamente todo o mundo ainda não colonizado. Para os teóricos marxistas, a necessidade de exportação de capital excedente não justifica o expansionismo imperialista, como pretende o pensamento liberal, pois apenas o Reino Unido e a França investiam fora de suas fronteiras e preferiam para isso outros países europeus, como a Rússia, ou o hemisfério ocidental, ao invés de suas próprias colônias.
No final do século XIX estavam consolidadas as grandes potências internacionais, nas quais a força econômica preponderante era o capital financeiro, proveniente da aliança entre bancos e indústria. Transcorrida a primeira década do século XX, o mundo inteiro estava sob o controle direto ou indireto de alguma das grandes potências européias: Reino Unido, França, Alemanha, Bélgica e outras. Com grande quantidade de capital excedente, os grupos econômicos passaram a investir em colônias e semi-colônias, e a suposição de que essa iniciativa geraria grandes lucros provocou a aceleração da corrida pela liderança entre os mais poderosos. Por volta de 1914, insatisfeitas com a maneira como o mundo estava dividido, coalizões rivais de países imperialistas desencadearam a primeira guerra mundial, com o fim de promover uma redivisão do mundo.
V. I. Lenin, na clássica obra sobre o tema intitulada Imperializm, kak vixaia stadia kapitalisma (1917; Imperialismo, etapa superior do capitalismo), explica a primeira guerra mundial como conseqüência do caráter expansionista do capitalismo monopolista. Do ponto de vista teórico, Lenin encara o imperialismo como a culminação necessária do capitalismo. Essa nova fase do sistema envolve mudanças sociais e políticas, mas sua essência é a substituição do capitalismo competitivo pelo capitalismo monopolista, estágio avançado do sistema em que o capital financeiro domina a vida econômica e política da sociedade. A concorrência prossegue, mas apenas entre um pequeno grupo de gigantescos conglomerados, capazes de controlar setores inteiros da economia nacional e internacional.
O investimento estrangeiro desempenha papel fundamental na teoria leninista do imperialismo. Ele se materializa na instalação de empresas de um país em outro, ou na participação acionária em empresas já existentes. O capital estrangeiro pode também assumir a forma de empréstimos ou financiamentos. A exportação para a metrópole dos lucros produzidos nos países periféricos, no entanto, não constitui o único objetivo do investimento estrangeiro. Além das vantagens oferecidas pela força de trabalho mais barata e facilidades legais e tributárias, o país investidor procura também controlar fontes de recursos naturais e matérias-primas e abocanhar grandes fatias dos mercados periféricos, com o fim de estender o controle econômico e político para além de suas fronteiras.
[editar] O Imperialismo do Século XIX
Os principais Países que adotaram a prática do Imperialismo
- Reino Unido
- França
- Bélgica
- Holanda
- Itália
- Alemanha
- Portugal
- Espanha
- Países Baixos
- Japão
- Rússia
- Estados Unidos
- Império Otomano
[editar] Principais territórios irradiados pelo domínio econômico e militar das grandes potências euro-estadunidense e nipônica:
- Sudeste Asiático: China Meridional, Índia, Indochina, Indonésia, Filipinas, Formosa(atual Taiwan), Coréias e arquipélagos do Oceano Pacífico e Oceano Índico.
Áreas de Influência: Mongólia, China Central.
Áreas de Influência: Emirados Árabes, Pérsia, sul dos Balcãs (Europa).
- Oceania: Austrália, Nova Zelândia, e arquipélagos.
- África: Todo o continente africano com exceção de dois territórios com própria autonomia que são: Abissínia (Etiópia) e a Libéria.
O Imperialismo dito em poucas palavras seria o ponto máximo do desenvolvimento desenfreado do capitalismo de capital. Esta prática um pouco diferenciada do colonialismo da América, pelos portugueses e espanhóis no século XVI (capitalismo mercantil), tinha como fins colocar capital nas novas colônias, vender a manufatura em excesso, mão-de-obra barata, matéria-prima, novas terras e divulgar a cultura ocidental (européia) aos povos "dominados".
Essa prática foi exercida à partir da 2ª Revolução Industrial, onde foi um avanço da utilização dos hidrocarbonetos e outros. Assim até porque a Europa estava com a "Grande Depressão", isto é, excesso de população, falta de empregos, alimentos e moradia. Isso motivou a conquista de novas terras, onde havia ainda o "Primitivismo do Homem".
[editar] A Conquista do Continente africano pelos europeus
Tudo começou a partir da França atacando a Argélia no ano de 1830, e depois sucedeu com a Bélgica liderada pelo rei Leopold II anexando a si o território do Alto Congo (atual Zaire), como propriedade real. Assim sucedeu pro conquistas do Reino Unido, Portugal e Espanha (antigas colônias do tempo colonial), e logo após Itália e Alemanha, quando unificados os dois países.
Com o desenvolvimento muito rápido dos países, e com a supremacia britânica, isso foi causando uma grande rivalidade entre os países europeus, e começou uma corrida de conquista, para ver quem conseguiria o maior Império econômico e militar.
Quem ganhava com isso eram os grandes industriais e banqueiros, que se uniam para gerar grandes empresas que, com muito poder e influência, quase não havia concorrência no mercado (o monopólio), assim então o lucro era dividido em poucos.
O abuso que os europeus faziam com os nativos era desumano. O trabalho deles era semi-escravo, e quem não obedecia a ordem do novo Estado era preso. Havia o comércio de mão-de-obra, de regiões menos industrializadas da África, para outras do mesmo continente. Como a cobiça dos Chefes de Estados europeus foi despertada graças ao rei Leopold II, o chacheler Otto von Bismarck promoveu a Conferência de Berlim (1885-1887), onde foi dividido o continente entre poucos países da Europa, misturando tribos rivais sem dó ou piedade.
Os únicos países que eram independentes na época eram a Abissínia e a Libéria. A Abissínia foi atacada pela Itália e venceu várias batalhas e impôs sua autonomia. Já a Libéria era um país de negros emigrados dos Estados Unidos.
Fato importante para a imposição do Reino Unido foi à conquista do Canal de Suez, à custa da França. Uma vez que a França junto ao Egito estava construindo o canal. Assim o Reino Unido terminou a construção do canal e passou a ser o principal acionista da obra.
[editar] A Conquista do Sudeste Asiático e o Japão Imperialista
A conquista da Ásia foi-se aos poucos, primeiramente com o abrir de alguns portos em pequenas ilhas durante durante o século XVIII e antigas colônias hispâno-holandesas nas Filipinas (cedida aos Estados Unidos pela Espanha depois) e ilhas da Indonésia (holandeses).
Mas a desenfreada exploração que se deu por estas bandas foi à partir da Rússia, que construiu uma estrada de ferro ligando a Rússia européia até suas margens do Pacífico Oriental, com o objetivo de influenciar e dominar a Mongólia e a China.
Já a entrada do Japão no grupo dos países imperialistas foi por pressão dos Estados Unidos e do Reino Unido de tempos. Sob muita pressão dos estadunidenses, o Japão governado formalmente por um monarca, mas quem tinha plenos poderes era o comandante das Forças Militares Japonesas, o Xogun, decidiu abrir alguns portos para os países ocidentais. Isso causou uma revolta por vários motivos na ilha, conhecido como Revolução Meiji, onde restaurava plenamente os poderes do Imperador, que fez o Japão dar um salto no desenvolvimento industrial e economico do país. Isso fez com que acirra-se ainda mais a disputa entre Reino Unido, França, Rússia, Estados Unidos e agora o Japão.
Então o Japão entrou em várias guerras com a China, e por isso a Rússia intrometeu-se no meio, mas de nada adiantou, pois os dois países foram vencidos pela potência nipônica sendo a China obrigada a ceder em torno de várias guerras a região da Manchúria as atuias Coréias e a Ilha de Formosa, a Rússia teve que indenizar parte de uma ilha do Pacífico.
O Reino Unido começou sua investida, através de acordos comerciais com o Imperador da China. Em 1839, o Imperador proíbe o comércio de Ópio em seu território, cujo era comercializado pelo Reino Unido na Índia. Mas os britânicos não acataram as ordens e continuaram a comercializar a droga. Como punição o governo chinês afunda alguns návios britânicos.
Este fato serve de pretexto para o Reino Unido declarar guerra à China. Com uma marinha superior a da chinesa o Reino Unido vence, e como pagamento ao vencedor a China teve que ceder a Ilha de Hong-Kong e abrir divesos portos.
Com o domínio meridional da China, a Indochina cedida pela França, devido à Guerra dos Sete Anos, o Reino Unido conquistou a hegemonia também do Sudeste Asiático. Nesse decorrer de tempos ocorreram várias revoltas, uma muito importante ocorreu na Índia, mas ela foi sufocada, e assim os britanicos abocanham de vez a Índia integrando-a como parte de seu Império Colonial. Já no ano de 1895, a China sofre sua pior humilhação, a partilha de seu território em áreas de de influência entre: Reino Unido, França, Japão, Alemanha e Rússia, isso gerou a Revolta dos Boxers.
Para sufocar, ou melhor, vencer essa batalha, as potências européias e nipônica, tiveram que se unir e com muita luta conseguiram vence-la. Já os Estados Unidos recolonizaram as Filipinas e conquistaram e anexaram ilhas como o Havaí entre outras.
[editar] Oceania e América Latina
A Oceania (Austrália e Nova Zelândia) foi descoberta oficialmente por acaso pelo Reino Unido. Este continente, serviu de ponto estratégico para a frota marítima britânica, e também serviu para a imigração de colônos anglo-saxões morarem, e de cárcere a criminosos julgados pelo poder britanico. Mas hoje os dois maiores países da Oceania são de primeiro mundo.
Já a América Latina foi explorada de um jeito mais sutil, pois os países já haviam conquistado sua independência política. O jeito de exploração foi mais econômico, com intermédio de empréstimos, instalação de empresas no governo e a vinda de multinacionais.
[editar] Conclusão
De fato o Imperialismo ocidental, segundo o príncipio de protecionismo social, cultural, econômico e político, impôs culturas, confinamento de tribos rivais na mesma área provocando guerras entre as mesmas por participação nas decisões políticas, por exemplo. Poucos países como a Inglaterra, a França, os Estados Unidos dominaram vastas regiões em todos os pontos do globo. Isso foi desencadeando uma grande rivalidade entre as potências, que mais tarde daria o início da 1ª Guerra Mundial.