Gaius Cassius Longinus
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Gaius Cassius Longinus (antes de 85 a.C. – outubro de 42 a.C.) foi um senador romano e o principal agente na conspiração contra Júlio César, e o cunhado de Brutus.
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[editar] Início de carreira
Pouco se sabe sobre a infância e a juventude de Gaius Cassius. Ele foi casado com Junia Tertia, a filha de Servilia Caepionis e meio-irmã de Marcus Junius Brutus, com quem ele teve um filho.
Ele estudou Filosofia em Rodes com o mestre Archelaus e se tornou fluente em grego. Seu primeiro emprego foi como questor sob as ordens de Marcus Licinius Crassus em 53 a.C., e provou ter aptidão para os assuntos militares.
Ele viajou com Crassus para a província da Síria e tentou dissuadi-lo de atacar os partianos, sugerindo que eles mantinham uma base no Eufrates. Crassus ignorou Cassius e conduziu o exército para a batalha em Carrhae, durante a qual ele também ignorou os planos de Cassius para fortalecer a linha romana. A conseqüência foi uma derrota. Cassius conseguiu salvar o que restou do exército com a ajuda do legado de Crassus, Gaius Octavius. O exército então tentou fazer de Cassius seu novo comandante, mas ele recusou em lealdade a Crassus. Crassus foi morto por guias em uma emboscada durante a retirada de Carrhae, mas Cassius conseguiu escapar com quinhentos homens da cavalaria e se juntou às legiões mais uma vez.
[editar] Proquestor e Tribuno da plebe
Durante os dois anos que se seguiram, Cassius governou a província da Síria como proquestor, defendendo a fronteira contra as incursões partianas até a chegada do novo procônsul. A última incursão resultou na morte do comandante partiano Osaces e separou as tropas partianas. Marcus Tullius Cicero, quando foi governador da Cilícia, enviou a Cassius uma mensagem de congratulação pela vitória.
No seu retorna a Roma, dois anos depois, a eclosão da guerra civil entre César e Gnaeus Pompeius Magnus evitou que Cassius fosse levado a julgamento, por seus inimigos, por extorsão na Síria.
Cassius foi eleito tribuno da plebe em 49 a.C. e compartilhou sua sorte com os Optimates, fugindo da Itália quando César cruzou o rio Rubicão. Ele encontrou Pompeio na Grécia e se tornou comandante de sua armada.
Em 48 a.C., Cassius navegou com seus navios em direção à Sicília, onde ele atacou e incendiou uma grande parte da marinha de César. Ele continuou então a atacar navios ao longo da costa italiana. As notícias da derrota de Pompeio na Batalha de Farsália obrigou Cassius a se dirigir para Helesponto, na esperança de se aliar ao rei, Fárnaces II. Cassius foi interceptado por César em sua rota e foi forçado a se render incondicionalmente.
[editar] Pretor e Liberator
César fez de Cassius um legado, utilizando-o na Guerra alexandrina contra o mesmo Fárnaces Cassius a quem ele esperava se unir. Contudo, Cassius se recusou a se unir na luta contra Cato e Scipio na África, preferindo retornar a Roma.
Ele ficou os próximos dois anos desempregado e aparentemente estreitou seus laços de amizade com Cícero.
Em 44 a.C. ele se tornou Praetor Peregrinus com a promessa da província da Síria para o ano seguinte. A indicação de seu subalterno, Marcus Junius Brutus, como praetor urbanus o ofendeu profundamente e aprofundou ainda mais o ódio e o ressentimento que Cassius sentia pelo ditador. César, apesar de oficialmente ter perdoado Cassius, parece ter desconfiado dele.
Ele foi um dos maiores conspiradores contra César, sendo o chefe dos assassinos que causaram a sua morte. Nos Idos de Março, de 44 a.C., Cassius instigou seus parceiros assassinos e golpeou César no rosto. Ele e seus parceiros conspiradores referiam-se a si mesmos como "Libertadores" (Liberatores). A comemoração teve um período curto, quando Marco Antônio chegou ao poder e dirigiu a opinião pública contra eles.
Em abril, Cassius fugiu de Roma para a zona rural na esperança que Marco Antônio pudesse ser deposto. Em junho, o Senado nomeou Cassius para a província de Cirene a fim de dar-lhe a oportunidade de deixar a Itália enquanto ele ainda possuísse o cargo de pretor. Cassius se recusou a ser enviado para uma província tão pequena e renunciou a seu cargo, declarando que preferia viver no exílio a se submeter às ordens de Marco Antônio.
[editar] Governador da Síria
Ele partiu para a província da Síria, para onde anteriormente havia sido nomeado, mas que agora tinha sido destinada a Publius Cornelius Dolabella por ordem de Marco Antônio, na esperança de assumir seu controle antes da chegada de Dolabella. Sua reputação no Oriente tornou fácil a formação de um exército junto a outros governantes da região e em 43 a.C. ele estava pronto para enfrentar Dolabella com doze legiões.
Neste momento o Senado rompeu com Marco Antônio e confirmou Cassius como governador da província. Dolabella atacou, mas foi traído por seus aliados, levando-o a cometer suicídio. Cassius tinha agora a segurança necessária para marchar em direção ao Egito, mas devido à formação do triunvirato, Brutus pediu a sua ajuda. Cassius rapidamente juntou-se a Brutus em Esmirna com a maior parte de seu exército, deixando o seu sobrinho para governar a Síria.
Os conspiradores decidiram atacar os aliados do triunvirato na Ásia. Cassius atacou e saqueou Rodes, enquanto Brutus fez o mesmo na Lícia. Eles se reagruparam no ano seguinte em Sardes, onde seus exércitos os proclamaram imperadores. Eles cruzaram o Helesponto, marcharam através da Trácia e acamparam próximo a Filipo na Macedônia. Gaius Julius Caesar Octavian (mais tarde conhecido por Augusto) e Marco Antônio logo chegaram e iniciou-se uma batalha.
Brutus obteve sucesso contra Otaviano. Cassius, contudo, foi derrotado por Marco Antônio. Cassius, sem saber da vitória de Brutus, deu tudo por perdido e ordenou a seu liberto Pindarus que o matasse. Brutus se referiu a ele como sendo "o último dos romanos" e o enterrou em Tasos.