Goiás (Goiás)
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Município de Goiás | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Goiás é um município brasileiro do estado de Goiás. Sua população estimada em 2005 era de 26.705 habitantes de acordo com o IBGE. O município foi reconhecido em 2001 pela UNESCO como sendo Patrimônio Histórico e Cultural Mundial por sua arquitetura barroca peculiar, por suas tradições culturais seculares e pela naturaza exuberante que a circunda
Índice |
[editar] História
Descobertas as Minas Gerais de um lado e as minas de Cuiabá, de outro, no século XVII, uma idéia renascentista (a de que os filões de metais preciosos se dispunham de forma paralela em relação ao equador) iria alimentar a hipótese de que, entre esses dois pontos, também haveria do mesmo ouro. Assim, foram intensificadas as investidas bandeirantes, principalmente paulistas, em território goiano, que culminariam tanto com a descoberta quanto com a apropriação das minas de ouro dos índios goiases, que seriam extintos dali mais rapidamente que o próprio metal. Ali, onde habitava a nação Goiá, Bartolomeu Bueno da Silva fundaria, em 1726, o Arraial de Sant'Anna.
Pouco mais de uma década depois, em 1736, o local seria elevado à condição de vila administrativa, com o nome de Vila Boa de Goyaz (ortografia arcaica). Nesta época, ainda pertencia à Capitania de São Paulo. Em 1748 foi criada a Capitania de Goiás, mas o primeiro governador, dom Marcos de Noronha, o Conde dos Arcos, só chegaria ali cinco anos depois.
Com ele, instalou-se um "Estado mínimo" e, logo, a vila transforma-se em capital da comarca. Noronha manda construir, então, entre outros prédios, a Casa de Fundição, em 1750, e o Palácio que levaria seu nome (Conde dos Arcos), em 1751. Décadas depois, outro governador - Luís da Cunha Meneses, que ficou no cargo de 1778 a 1783-, cria importantes marcos, fazendo a arborização da vila, o alinhamento de ruas e estabelecendo o primeiro plano de ordenamento urbano, que delineou a estrutura mantida até hoje.
Com o esgotamento do ouro, em fins do século XVIII, Vila Boa teve sua população reduzida e precisou reorientar suas atividades econômicas para a agropecuária, mas ainda assim cultural e socialmente sempre esteve sintonizada com as modas do Rio de Janeiro, então capital do Império. Daí até o início do século XX, as principais manifestações seriam de arte e cultura, com sarais, jograis, artes plásticas, literatura, arte culinária e cerâmica - além de um ritual único no Brasil, a Procissão do Fogaréu, realizada na Semana Santa.
Entretanto, a grande mudança, que já vinha sendo ventilada há muito tempo, foi a transferência da capital estadual para Goiânia, nos anos trinta e quarenta, coordenada pelo então interventor do Estado, Pedro Ludovico Teixeira. De certa forma, foi essa decisão que preservou a singular e exclusiva arquitetura colonial da Cidade de Goiás.
[editar] Geografia
[editar] Clima
O clima é caracterizado por dois períodos distintos: um seco, com ausência quase que total de chuvas no inverno, que vai de maio a setembro e outro chuvoso, com abundância de águas, no verão que vai de outubro a abril. A temperatura média anual é de aproximadamente 23 graus, sendo os meses de setembro e outubro os mais quentes e junho e julho os mais frios.
[editar] Vegetação
A vegetação típica de Goiás é a mesma do Cerrado.
[editar] Hidrografia
O município de Goiás é cortado pelo Rio Vermelho (afluente do rio Araguaia) e está situado na bacia do Tocantins-Araguaia, que desagua no Amazonas.
[editar] Ecologia
O munícipio possui diversas áreas a serem preservadas com cachoeiras e riachos. Parque da Carioca - APA da Serra Dourada - APA da Cidade de Goiás ARIE Águas de São João - Reserva Biológica da UFG.
[editar] Cultura
[editar] Movimentos culturais
O município sedia anualmente o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental - FICA. A procissão do Fogaréu traz mais de dez mil visitantes todo ano à cidade. A Cidade de Goiás tem em sua história e formação uma relação muito ligada as culturas Africanas e indigenas, essa relação fica ainda hoje explicita em divérsas manifestações culturais por toda a cidade um exemplo são duas escolas "Espaço Cultural Vila Esperança" e "Quilombinho". Além desses exemplos temos também O Grupo de Capoeira Angola Candeias do Metre Chuluca e dos meninos de angola, todos esses movimentos fazem da cidade um caldeirão de cultura e ressistência.
[editar] Museus
- Museu das Bandeiras: funcionando na antiga Casa de Câmara e Cadeia, tem acervo com peças e mobiliário do século XVIII.
- Palácio Conde dos Arcos: tem acervo com obras do século XVIII, utensílios domésticos, pertences, artes decorativas e mobiliário dos antigos governantes.
- Museu de Arte Sacra da Igreja da Boa Morte: tem o maior acervo do escultor barroco Veiga Vale, reunindo mais de 100 peças, e também coleções de prataria. A igreja foi construída em 1779.
- Casa de Cora Coralina: museu permanente com objetos pessoais da poetisa de mesmo nome
[editar] Monumentos
- Casa de Bartolomeu Bueno: residência histórica do Anhangüera, a sua fachada conserva as características do estilo colonial
- Chafariz de Cauda: localizado no Largo do Chafariz, é uma construção com padrões do século XVIII (1778).
- Igreja Nossa Senhora do Rosário: conhecida como antiga igreja dos pretos, foi demolida e reconstruída em estilo neogótico em 1733, possivelmente para apagar traços negros da história do município. No seu interior, tem afrescos do pintor Nazareno Confaloni, feitos na segunda metade do século XX.
- Catedral de Santana: localizada na Praça do Coreto, é um edifício feito de adobe e recém-restaurado.
- Igreja Nossa Senhora da Abadia: capela do século XVIII, tem afrescos no teto.
- Igreja de Santa Bárbara: apresenta retratos de compositores goianos do século XIX feitos pelo artista Amaury Meneses.
- Igreja Nossa Senhora do Carmo: edifício que é sede da Irmandade Senhor Jesus dos Passos
- Mosteiro da Anunciação: edifício religioso, no qual os frades produzem artesanato de barro.
- Convento dos Padres Dominicanos: edifício do século XIX que guarda uma imagem de Nossa Senhora do Rosário, trazida por religiosos franceses.
- Quartel do Vigésimo Batalhão de Infantaria: De onde saíram soldados para a Guerra do Paraguai. Até o final da década de 1990 abrigou o 11-010 Tiro de Guerra do Exército Brasileiro.
[editar] Turismo
O município tornou-se um grande centro turístico depois que foi tombada como patrimônio histórico e permite praticamente uma viagem no tempo do Brasil colonial.
[editar] Rodovias
A partir de Goiânia pela GO-070. A partir de Brasília, deve-se tomar a BR-060 até Anápolis, desviando então para Nerópolis e Inhumas, onde se atinge a GO-070 para Itauçu.
[editar] Ligações externas
- Página sobre ecoturismo no Brasil
- A nova Goiás velho: uma jóia colonial no Cerrado
- Página sobre cidades históricas no Brasil
- Goiás Velho no Terra
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