Hanan Ashrawi
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Hanan Daoud Khalil Ashrawi (Nablus, 8 de Outubro de 1946) é uma académica e política palestiniana. Em Janeiro de 2006 foi eleita deputada do Conselho Legislativo Palestiniano pela lista "Terceira Via", que conquistou dois lugares num total de 132.
É filha mais nova de Daud Mikhail, um médico oriundo de uma família cristã ortodoxa que trabalhou com o exército britânico durante o período em que a Inglaterra administrou a Palestina, e de uma feminista anglicana. O seu pai foi também um dos fundadores da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
É formada em literatura pela Universidade Americana de Beirute, onde também alcançou o grau de mestre.
Enquanto estudava em Beirute ocorre a Guerra dos Seis Dias (1967), sendo um dos seus resultados a invasão por parte de Israel da Faixa de Gaza e da Cisjordânia. O governo israelita decretou uma lei que declarou todos os que não se encontravam nos seus lares antes do início das hostilidades ausentes e Hanan ficou impedida de regressar à Cisjordânia. Continou a viver em Beirute, onde integrava uma facção marxista e pró-soviética da OLP. Mais tarde viveu nos Estados Unidos da América, onde se doutorou em Literatura Medieval e Comparada na Universidade da Virginia.
Em 1973 regressou à Palestina, onde estabeleceu o Departamento de Inglês da Universidade de Birzeit na Cisjordânia. Foi directora deste departamento entre 1973 e 1978 e novamente entre 1981 e 1984. Em 1975 casou com Emil Ashrawi, com quem teve duas filhas, Amal e Zina. Permaneceu como membro da Universidade de Birzeit até 1995.
A sua militância política iniciou-se com o seu regresso à Palestina, tendo participado em várias manifestações e sido detida. Em 1988, com o surgimento da primeira revolta palestiniana nos Territórios Ocupados, integrou o "Comité Político da Intifada", tendo também desempenhado funções no seu Comité Diplomático até 1993. Entre 1991 e 1993 foi porta-voz da Delegação Palestiniana no processo de paz do Médio Oriente. Nesta altura Ashrawi tornou-se bastante conhecida nos meios de comunicação ocidentais.
Em 1996 foi eleitada deputada para o Conselho Legislativo da Palestina e no mesmo ano foi nomeada Ministra do Ensino Superior e da Investigação por Yasser Arafat, mas em 1998 abandonou o governo alegando descontentamento com a gestão deste, a quem acusou de corrupção.
Em 1998 fundou a Iniciativa Palestiniana pelo Diálogo Global e Democracia (MIFTAH), da qual é Secretária-Geral.