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Guerra dos Seis Dias

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Guerra dos Seis Dias foi um conflito armado entre Israel e a frente árabe, formada por Egito, Jordânia e Síria, apoiados pelo Iraque, Kuweit, Arábia Saudita, Argélia e Sudão.

O crescimento das tensões árabe-israelenses, em meados de 1967, levou ambos os lados a mobilizarem suas tropas. Antecipando um ataque iminente do Egipto e da Jordânia, Israel lançou um ataque preventivo à força aérea egípcia.

Esquema da conquista da península do Sinai durante a Guerra dos Seis Dias
Esquema da conquista da península do Sinai durante a Guerra dos Seis Dias

O plano traçado pelo Estado-Maior israelense, chefiado pelo general Moshe Dayan (1915-1981), começou a ser posto em prática às 8 horas da manhã do dia 5 de junho de 1967, quando os caças israelenses atacaram nove campos de pouso e aniquilaram a força aérea egípcia antes que esta saísse do chão. Ao mesmo tempo, forças blindadas israelenses investiam contra a Faixa de Gaza e o norte do Sinai. A Jordânia abriu fogo em Jerusalém e a Síria interveio no conflito.

Mas, no terceiro dia de luta, todo o Sinai já estava sob o controle de Israel. Nas 72 horas seguintes, os israelenses impuseram uma derrota devastadora aos adversários, controlando também a Cisjordânia, o setor oriental de Jerusalém e as Colinas de Golã, na Síria. A resolução da ONU de devolver os territórios ocupados foi rejeitada por Israel. Como resultado da guerra, aumentou o número de refugiados palestinos na Jordânia e no Egito. Síria e Egito estreitaram ainda mais as relações com a URSS, renovaram seu arsenal de blindados e aviões, e conseguiram a instalação de novos mísseis mais próximos ao Canal de Suez.

Nos anos seguintes à crise de Suez, a tensão entre árabes e israelenses foi se elevando perigosamente. Contribuíram para isso vários fatores, entre os quais:

1. A instalação de governos de carácter progressista em países árabes (Síria e Iraque) em substituição aos regimes conservadores neles existêntes até então. Esses novos governos se mostravam favoráveis a uma ação militar contra Israel e pressionavam o governo egipcio - o mais forte e populoso do mundo árabe - a se encaminhar nessa direção.

2. A formação de movimentos de resistencia palestinos que passaram a reagir cada vez mais a ocupação de Israel. A contínua repetição desses incidentes, que ocorriam principalmente ao longo da fronteira de Israel com seus vizinhos, e as pressões dos países árabes para uma tomada de posição mais firme por parte do Egito levaram este último a formalizar pactos militares de defesa mútua com a Síria, a Jordânia e o Iraque"

[editar] A guerra dos 6 dias

Descrição dos acontecimentos

Em Maio de 1967 exércitos árabes começaram a juntar forças ao longo das fronteiras de Israel. Ao mesmo tempo o General Gamal Abdel Nasser ordenou um bloqueio no Golfo de Aqaba. O primeiro passo para o desencadear da guerra deu-se a 7 de Abril de 1967 quando Israel lançou um ataque posições da artilharia e bases de resistencia e Montes Golã. Durante a operação seis aviões sirios Mig foram abatidos pelos caças israelenses que voavam em voo baixo sobre a capital da Síria ,Damasco. Esta provocação inflamou as tensões entre Árabes e Israelenses. A União Soviética passou através dos seus serviços secretos informações ao governo sírio. Essas informações avisavam para uma invasão em massa do exército de Israel e que estavam a preparar para atacar. Não existem provas absolutas sobre isto, mas a informação estava correta e ajudou a empurrar a Síria e o Egipto para a guerra. Por causa da sensação de ameaça à Síria, o Egipto trouxe para a crise um Pacto de Defesa em 1966. Contudo Nasser não foi perspicaz sobre uma guerra com Israel, ele tomou decisões que levavam a uma guerra fechada, um bloqueio para prevenir um provável ataque israelense. A meio de Maio ele enviou tropas para o Deserto do Sinai e pediu aos Capacetes Azuis da ONU para partirem.

Em resposta a esta ação e ao apoio sovético, o exército israelita foi mobilizado e o Egipto, Síria e Jordânia declararam o Estado de Emergência. Em 22 de Maio Nasser fechou o Estreito de Tiran aos barcos de Israel, isolando a cidade portuária de Eliat. Esta mesma ação, somada a interesses franceses e israelenses, foi a causa da Guerra do Canal do Suez em 1956. Três dias mais tarde os exércitos do Egipto, Arábia Saudita, Iraque moveram-se para as fronteiras com Israel. Em 30 de Maio a Jordânia juntou-se ao Pacto Egipto-Síria, formando o Pacto de Defesa Árabe. Durante este período a imprensa árabe jogou um papel vital para a abertura das hostilidades. Jornais e Rádios passavam constantemente propaganda contra Israel. Em 4 de Junho de 1967 Israel estava cercado por forças árabes que eram muito mais numerosas do que as suas. O plano de invasão israelense parecia fadado ao fracasso, até o Mossad pensar em uma solução. A Guerra estava iminente. -Confrontados com uma retaliação árabe iminente antes mesmo da invasão começar, os líderes militares de Israel e governo implementaram uma estratégia para furar o bloqueio militar legal imposto pelos Árabes. Logo depois das 8:45 am do dia 5 de Junho lançaram um ataque aéreo contra as forças árabes. Este ataque aéreo, com o nome de código 'Moked' foi desenhado para destruir a Força Aérea do Egipto enquanto esta estava no solo. Em três horas a maioria dos aviões e bases estavam destruídas. Os caças israelenses operavam continuamente apenas voltando para reabastecer de combustível e armamento em apenas sete minutos. No primeiro dia os árabes perderam mais de 400 aviões; Israel perdeu 19. Esses ataques aéreos deram aos israelenses a chance de destroçar de forma desigual as forças de defesa árabes.

De seguida, as forças terrestres de Israel deslocaram-se para a Península do Sinai e Faixa de Gaza onde cercaram as unidades egipcias.

A Guerra não era longe da frente leste de Israel. Israel enviou uma mensagem ao Rei Hussein da Jordânia para que ficasse fora do conflito, enquanto Israel invadisse a Jordânia. Mas na manhã do 5º dia, Nasser telefonou a Hussein encoranjando-o a lutar. Ele disse a Hussein que o Egipto tinha saído vitorioso no combate da manhã - Um engano de Nasser que provocou uma derrota esmagadora da Jordânia, mas que conseguiu impedir que Israel tomasse Amã.

Às 11:00 de 5 de Junho tropas da Jordânia atacaram Israel a partir de Jerusálem com morteiros e artilharia. Com o controle total dos céus, as forças israelenses em terra estavam livres para invadir o Egito e a Jordânia. Por causa disto os reforços árabes que enviados tiveram sérios contratempos, o que permitiu em apenas 24 horas que os israelenses tomassem grande parte da cidade aos jordanianos. No terceiro dia da guerra, 7 de Junho, as forças jordanianas foram empurradas para o West Bank atravessando o Rio Jordão. Israel tinha anexado todo o West Bank e Jerusalém, tomando e invadindo a cidade. A ONU conseguiu um acordo de cessar-fogo entre Israel e a Jordânia que entrou em vigor nessa tarde. Após o cessar-fogo, o grande contingente das tropas de Israel e tanques foi dirigido contra as forças do Egito no Deserto do Sinai e Faixa de Gaza. O IDF ( Força de Defesa de Israel) atacaram essas forças com três divisões de tanques, pára-quedistas e infantaria. Conscientes do fato que a guerra somente podia durar poucos dias e que era essencial uma vitória rápida, os israelenses concentraram todo o seu poder através das linhas egípcias no Deserto do Sinai. Em 8 de Junho, os israelenses começaram o seu ataque no Deserto do Sinai. Sob a liderança do General Ariel Sharon, empurraram os egípcios para o Canal do Suez. No final do dia, as forças israelenses alcançaram o Canal do Suez e a sua artilharia continou a batalha ao longo da linha da frente enquanto a força aérea atacava as forças egípcias em retirada que tentavam recuar utilizando as poucas estradas não controladas. No final do dia os israelenses controlavam toda a Península do Sinai e de seguida o Egito aceitou um cessar-fogo com Israel. Às primeiras horas do dia 8 de Junho os israelenses torpedearam "acidentalmente" o navio de guerra americano USS Liberty ao largo da costa de Israel. Foi confundido como sendo um barco de tropas árabes, 34 americanos morreram. Com o Sinai sob controle de Israel, Israel começou o seu assalto às posições sírias nos Montes Golã no dia 9 de Junho, mostrando qual era de fato seu objetivo antes da guerra começar. Foi uma ofensiva difícil devido às bem entrincheiradas forças sírias e o terreno acidentado. Israel enviou uma brigada blindada para as linhas da frente enquanto a infantaria atacava as posições sírias. Depois de uma série de episódios, Israel ganhou o controle dos Montes Golã. Ás 6:30pm do dia 10 de Junho a Síria retirou-se, e foi assinado o armistício. Era o fim da guerra nos campos de batalha. Mas alguns resultados se estenderam por anos posteriores... A Guerra dos Seis Dias foi uma grande derrota para os Estados Árabes. Eles perderam mais de metade do seu equipamento militar, e a Força Aérea da Jordânia foi completamente destruída. Os Árabes sofreram 18.000 baixas. Em contraste os israelenses perderam 766 soldados.

No dia seguinte á conquista da Península do Sinai, o Presidente Nasser do Egito resignou humilhado e outros líderes árabes perderam popularidade. Contudo, esta derrota não mudou a atitude dos Estados Árabes em relação a Israel, que desde o início planejava tomar as terras de sua população e iniciar um processo de colonização. Em Agosto de 1967 líderes árabes reuniram-se em Kartum e anunciaram uma mensagem de compromisso para o mundo: Não à negociações diplomáticas e reconhecimento do Estado de Israel, que lhes havia causado um grande prejuízo.

Os ganhos de Israel nesta guerra foram consideráveis. As suas fronteiras eram agora maiores e tinham ocupado os Montes Golã, a Cisjordânia ("West Bank") e a Península do Sinai. O controle de Jerusalém foi de considerável importância para o povo judeu por causa do valor histórico e religioso, já que a cidade era judaica a 3000 anos até ser tomada pelo império Turco-Otomano, e assim, iniciou-se a fuga dos palestinos de suas casas, e a demolição da mesquita de As-Shakirah, só impedida pelos EUA. Por causa da guerra os Palestinos deixaram suas casas em fuga. O conflito criou 350.000 refugiados. A maioria partiu para a Jordânia, mas mais de 1.300 dos palestinos que ficaram na Cisjordânia e Faixa de Gaza permaneceram sob o controle de Israel.

A guerra fez explodir o nacionalismo Palestino. Organizações Terroristas como a Al Fatah e partes da OLP realizam ataques etrroristas contra alvos em Israel, na esperança de recuperar suas terras. Em Novembro de 1967 as Nações Unidas aprovam a Resolução 242, Que ordena a retirada de Israel dos territórios ocupados e a resolução do problema dos refugiados.

Israel não cumpriu a resolução para se retirar dos territórios ocupados e os líderes árabes em Kartum dizem que a Resolução 242 não é mais do que uma lista de desejos internacionais.

A guerra não resolveu muitos dos assuntos que começaram precisamente com ela, e em alguns casos aumentou o conflito Israel-Árabe. No entanto, alguns progressos nas negociações entre palestinos e o governo de Israel foram alcançados. Como parte dos Acordo de Paz de Oslo (1993), a Organização para a Libertação da Palestina (a partir de então, Autoridade Palestina) assumiu o controle da Faixa de Gaza e da cidade de Jericó em 1994; em 1995, de outras cidades na Cisjordânia também passaram para o controle da Autoridade Palestina.

De todo o modo, o conflito não foi solucionado. Os palestinos continuam reivindicando todos os territórios ocupados por Israel e a criação de um Estado palestino. Grupos Terroristas Palestinos continuaram a empreeender ataques contra alvos civis e militares em Israel. Por sua vez, o governo israelense adotou uma ação militar de ataques a guerrilheiros e bases de grupos terroristas, para defender sua população, matando líderes de grupos terroristas palestinos que demonstram oposição à existência do Estado de Israel.

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