Hibernação
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Hibernação - Os animais que vivem nas florestas de regiões de invernos rigorosos – coberta de neve a maior parte do ano – enfrentam sérios problemas: não há alimentos e o frio é excessivo. Alguns desses animais criaram um mecanismo de adaptação ao problema. Eles alimentam-se muito durante o verão e o outono. Assim, armazenam reservas de gordura que os mantêm vivos durante o inverno. Quando a neve começa cair, o animal procura um lugar abrigado do frio. Pouco a pouco, ele se torna menos ativo, caindo em sono profundo. E dorme até que a neve se derreta.
Durante esse sono profundo – chamado hibernação – suas atividades vitais se reduzem ao necessário à sua sobrevivência. Diminui o ritmo de respiração, das batidas do coração e cai a temperatura do corpo. Nesse estado, o animal precisa de pouco alimento, utilizando apenas as reservas de gordura que acumulou. Algumas espécies de animais hibernantes estocam alimentos. Durante o inverno, acordam, comem e voltam a dormir até a primavera. A maior parte dos hibernantes são mamíferos. Passado ao inverno, recomeçam aos poucos suas atividades. Sua temperatura aumenta, o ritmo do coração e da respiração se normaliza. E o animal sai à procura de alimento para recuperar a energia gasta durante o longo período de sono.
A Hibernação é um estado letárgico pelo quais muitos animais de sangue quente passam durante o inverno, principalmente em regiões temperadas e árticas. Os animais mergulham num estado de sonolência e inatividade, em que as funções vitais do organismo são reduzidas ao absolutamente necessário à sobrevivência.
A respiração quase cessa, o número de batimentos cardíacos diminui, o metabolismo, ou seja, todo o conjunto de processos bioquímicos que ocorrem no organismo, restringe-se ao mínimo. Pode-se dizer que qualquer mamífero que permanece inativo durante muitas semanas, com temperatura corporal inferior à normal está em hibernação, embora as mudanças fisiológicas que acontecem durante o letargo sejam muito diferentes, de acordo com as diferentes espécies.
Normalmente este fenômeno ocorre em regiões onde existe um inverno rigoroso e escassez de comida mas, existe algumas espécies que dormem na estação quente e seca, porque para elas as maiores ameaças são a alta temperatura e a falta de água. Este caso é conhecido como estivação, muitos caracóis passam por este estado durante as estações quentes e secas, durante as quais há pouco alimento e a umidade é escassa.
Os animais realmente mergulham em letargo são os homeotermos (ou de temperatura constante). Existe homeotermos, como os ursos, que dormem durante o inverno, mas, como sua temperatura permanece pouco abaixo do normal, não se considera que tenham uma hibernação verdadeira, e sim uma estivação, que nada mais é do que uma hibernação, só que menos profunda, ou seja, o urso pode acordar se algo externo ocorrer. Entre os mamíferos que hibernam verdadeiramente estão o musaranho e o ouriço que cavam sua toca no solo; os esquilos, a marmota, que abrigam-se nos ocos das árvores; o morcego que se acomoda em velhas casas, cavernas e túmulos.
Nem sempre a mudança de temperatura é o estímulo para o letargo. Muitas vezes o estímulo é a falta de alimento, como ocorre com Perognathus, pequeno roedor da América do Norte. Existem animais que, independente da temperatura e alimento hibernam assim mesmo, motivado, provavelmente por alterações que reduzem a atividade glandular. Experiências com o esquilo demonstraram que mesmo mantidos em ambiente aquecido e com fartura de comida, eles hibernaram de outubro a maio.
As fases de hibernação variam desde o simples adormecimento, como no caso dos ursos e do castor, até o letargo verdadeiro, que atinge algumas espécies de monotremados, quirópteros, insetívoros e roedores. Nestes animais, durante o letargo, registra-se um marcante declínio da temperatura corpórea ( na marmota, por exemplo, pode descer a 4º C.
Este processo de hibernação desenvolve-se de formas diferentes e em várias etapas. Existem animais, como a marmota, que comem muitíssimo, acumulando reservas; outros, como os esquilos, armazenam alimentos na toca.
Durante a hibernação, os primeiros consomem a gordura armazenada; os outros acordam por curtos espaços de tempo para comer e evacuar. Durante o letargo profundo, a temperatura corpórea é apenas 1º ou 2º C superior à ambiental; o número de batimentos cardíacos varia de 3 a 15 por minuto (na marmota é de 3-4 por minuto comparativamente aos 90-130 batimentos normais); os movimentos respiratórios são de 2 a 5 por minuto, menos de um décimo do número normal; o consumo de oxigênio reduz-se à vigésima parte do norma e o metabolismo, à trigésima.
Para algumas espécies que vivem em clima quente e árido, os períodos de seca e calor excessivos podem ser tão terríveis quanto os invernos rigorosos. Para se defender, muitos animais entram em sono profundo ou sono estival. Este fenômeno ocorre com moluscos, artrópodes, peixes, répteis e mamíferos. Certos peixes pulmonados, como, por exemplo, a pirambóia, enterram-se na lama quando os rios em que vivem secam, abrigando-se ali até a chegada das chuvas.
Outro fenômeno é o encistamento, que consiste no enclausuramento do animal numa espécie de cápsula, denominada cisto, onde se mantém por um período de tempo variável e se manifesta apenas em animais inferiores, de dimensões muito reduzidas ou microscópicas, como os protozoários, os rotíferos, os copépodos e os tardígrados.
Rotífero, qualquer membro de um filo de animais aquáticos, pluricelulares e geralmente microscópicos. Sua forma varia, mas sempre possuem uma coroa de cílios retráteis que parecem rodas girando, quando estão em movimento. Classificação científica: formam o filo Rotifera.
Os rotíferos podem resistir a temperaturas muito altas ou muito baixas. Eles sobrevivem às condições mais difíceis. São seres microscópicos e podem ser carregados pelo vento a grandes distâncias. os rotíferos são encontrados em lugares bastante isolados. Precisam de água para serem ativos. De cerca de 2000 espécies existentes, apenas algumas habitam os oceanos, pois a maioria vive em água doce. o seu formato varia, mas todos os rotíferos têm três partes básicas.