Jacques Morelenbaum
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Jacques Morelenbaum (Rio de Janeiro, 1954) é um instrumentista, arranjador, regente, produtor musical e compositor.
Filho do maestro Henrique Morelenbaum e da professora de piano Sarah Morelenbaum. Irmão de Lucia Morelenbaum, clarinetista da Orquestra Sinfônica Brasileira, e de Eduardo Morelenbaum, maestro, arranjador e instrumentista. É casado com a cantora Paula Morelenbaum.
Iniciou a carreira musical como integrante do grupo A Barca do Sol, participou também da Banda Nova parceria realizada com Antônio Carlos Jobim, atuando em espetáculos e gravações que os levaram a vencedores do Grammy com o CD Antônio Brasileiro. Destacado como violoncelista, estudou música no Brasil e mais tarde ingressou no New England Conservatory of Music. Integrou o Quarteto Jobim Morelenbaum, em 1995, juntamente com Paula Morelenbaum, Paulo Jobim, Daniel Jobim e Tom Jobim com o qual excursionou várias vezes à Europa, incluindo apresentação na Expo'98 realizada em Lisboa, além de constantes apresentações nos Estados Unidos e no Brasil e uma gravação do CD Quarteto Jobim Morelenbaum.
- Nordeste já
Valendo-se do filão pós-ditadura, participou do coro da versão brasileira de We are the world, o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste já (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções Chega de mágoa e Seca d´água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro.
Como arranjador, atuou em discos de Tom Jobim (Passarim, O tempo e o vento, Tom Jobim: inédito e Antônio Brasileiro), Caetano Veloso (Circuladô, Circuladô vivo, Fina estampa', Fina estampa, ao vivo, Tieta do agreste, Prenda minha e Homaggio a Fellini e Giulieta), Gal Costa (Mina d'água do meu canto), Paula Morelenbaum, Ivan Lins, Barão Vermelho e Skank, entre outros, além do álbum Piazzollando (homenageando a obra de Astor Piazzolla), no qual atuou também como instrumentista, regente e produtor musical. O disco foi considerado pela crítica argentina como um dos 10 melhores de 1992. Escreveu, ainda, arranjos para discos de Marisa Monte e Carlinhos Brown e para o disco acústico dos Titãs, que atingiu um total de um milhão e meio de cópias vendidas.
- Parceiros internacionais
Atuou também como arranjador, em trabalhos de artistas internacionais como o grupo Madredeus, a cantora portuguesa Dulce Pontes, o grupo japonês Gontiti e a cabo-verdiana Cesária Évora, entre outros trabalhos.
- Cinema
No cinema aparece numa participação ao lado de Caetano em Hable con ella, compôs a trilha sonora de Central do Brasil (que por esse trabalho recebeu o Prêmio Sharp, na categoria Melhor Trilha Sonora para o cinema), Orfeu do Carnaval, Tieta do Agreste, O Quatrilho, Deus é brasileiro, dentre outros. Além desses trabalhos, regeu as orquestras sinfônicas da Bahia e Brasília em algumas apresentações.
Lançou em 2002 um CD Casa, com Paula Morelenbaum e Ryuichi Sakamoto, na casa de Tom Jobim, autor de todas as músicas contidas no disco. Em 2003 participou de festivais de jazz de Montreux, Viena, Coliseu de Lisboa e Coliseu do Porto, Roma e Milão, entre outros, e nos Estados Unidos, lançou o CD A day in New York.