Maestro
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O papel do maestro, regente ou condutor é dar uniformidade a um grande contingente instrumental ou vocal para que todas sigam o tempo, a dinâmica e o andamento indicado na partitura, pois sem ele cada músico ou cantor perderia a marcação do tempo em relação aos outros. Em síntese, ele é o chefe do grupo, aquele que dita as ordens, impondo na maioria das vezes a sua "interpretação" à obra musical. Porém a figura do maestro ditador, prepotente e arrogante vem entrando em decadência a um bom tempo, e as grandes orquestras do mundo vem preferindo assim regentes que se coloquem no mesmo nível dos outros integrantes da orquestra, sabendo que eles estão ali juntos para fazer música e não impor ordens.
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[editar] História
O maestro como conhecemos hoje surgiu no Romantismo musical, quando a massa orquestral ou coral tomou grandes proporções. Antes disto, no barroco e no período clássico, a figura do maestro não era materializada. Os grupos eram pequenos (orquestras de câmara) e todos os músicos podiam se entre olhar para analisar dinâmicas e entradas. Porém, já no classicismo, com o início do crescimento da massa orquestral (ou coral), quem "coordenava" era o músico mais visível: o primeiro violinista ou algum instrumentista de sopro. Em composições com acompanhamento por instrumento de teclado, o cravo na época e depois o piano, quem tocava este instrumento "regia" a orquestra.
Uma evolução deste estado inicial foi a marcação do tempo (métrica musical) através de batidas de um bastão no chão. Porém este ruído produzido pela batida, afetava diretamente a música, pois todos os musicos precisavam ouvir a marcação (batidas) e assim todo o público também ouvia. Alguns músicos decidiram apenas marcar o tempo com as mãos e braços e ainda outros, enrolavam as partituras e marcavam o tempo.
Carl Maria von Weber foi quem introduziu uma vareta ou pequeno bastão para substituir o rolo de partitura. A esta vareta deu-se o nome de batuta.
[editar] Os Grandes Maestros
Entre os maestros do século XIX e inícios do século XX, citam-se Mendelssohn, Wagner, Berlioz, Mahler, Louis-Antoine Jullien, Richard Strauss.
Bons exemplos no século XX: Wilhelm Furtwängler, Victor de Sabata, Arturo Toscanini, Hans Knappertsbusch, Otto Klemperer, Bruno Walter, Erich Kleiber, Leopold Stokowski (que preferia não usar batuta), Sergiu Celibidache, Charles Munch, Pierre Monteux, Ernest Ansermet, Karl Böhm, Carlos Kleiber (filho de Erich Kleiber), Herbert von Karajan, Evgeny Mravinsky, Georg Solti, Leonard Bernstein (também ótimo compositor), Lorin Maazel, Carlo Maria Giulini, Colin Davis, Claudio Abbado, Seiji Ozawa, Bernard Haitink, Simon Rattle, Pierre Boulez, Nikolaus Harnoncourt, Valery Gergiev, entre tantos outros.
[editar] Maestros de destaque no Brasil
- Alceo Bocchino
- Andi Garcia
- Andre Vivante
- Angela Coelho
- Armando Belardi
- Armando Prazeres
- Aylton Escobar
- Benito Juárez
- Carlos Alberto Pinto da Fonseca
- Carlos Eduardo Prates
- Cláudio Cruz
- Cleo Goulart
- David Machado
- Diogo Pacheco
- Eleazar de Carvalho
- Erica Hindrikson
- Ernani Aguiar
- Florentino Dias
- Frederico Gerling
- Henrique Morelenbaum
- Ira Levin
- Isaac Karabtchevsky
- Jamil Maluf
- Jeferson Della Rocca
- John Neschling
- José Siqueira
- Julio Medaglia
- Leonardo Bruno Ferreira
- Lígia Amadio
- Luiz Fernando Malheiro
- Manuel Cellario
- Marcelo Ramos
- Mário Tavares
- Martinez Grau
- Naomi Munakata
- Nelson Hack
- Nino Stinco
- Osman Gioia
- Ricardo Rocha
- Roberto Duarte
- Roberto Minczuk
- Roberto Tibiriçá
- Santiago Guerra
- Sérgio Magnani
- Tullio Collaccioppo
Outros grandes maestros brasileiros, também compositores foram Carlos Gomes, Villa-Lobos, Cláudio Santoro e Camargo Guarnieri