Jogos Paraolímpicos
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Os Jogos Paraolímpicos são o equivalente aos Jogos Olímpicos, com provas restritas a atletas com deficiências físicas, visuais ou mentais.
Em 1948, Sir Ludwig Guttmann organizou uma competição envolvendo veteranos da II Guerra Mundial com lesões na medula; Em 1952 juntaram-se a esses jogos competidores dos Países Baixos, desse modo internacionalizando o evento.
Os primeiros jogos para atletas com deficiências organizados à imagem dos Jogos Olímpicos realizaram-se em Roma, em 1960, e ficaram conhecidos como Jogos Paraolímpicos. Os primeiros Jogos Paraolímpicos de Inverno realizaram-se em Örnsköldsvik, na Suécia, em 1976.
A partir de 19 de Junho de 2001, foi assinado um acordo entre o Comité Olímpico Internacional e o Comité Paraolímpico Internacional que determina que os Jogos Paraolímpicos serão realizados em paralelo com os Jogos Olímpicos.
O logotipo do CPI apresenta três Tae-Geuks, um vermelho, outro azul e outro verde. Os três Tae-Geuks simbolizam os principais atributos do ser humano: Mente, Corpo e Espírito. Do mesmo modo, "Mente, Corpo, Espírito" foi adotado como mote do CPI.
Os últimos Jogos Paraolímpicos foram os XII Jogos Paraolímpicos de Verão, realizados em Atenas, na Grécia, entre 17 e 28 de Setembro de 2004. E de 10 a 19 de março estarão se realizando as Paraolimpíadas de Inverno, em Turim, Itália
[editar] Lista de Parolimpíadas
1952- Stoke Mandeville, Reino Unido---
1984- Stoke Mandeville, Reino Unido e Nova Iorque, Estados Unidos---
1988- Seul, Coréia do Sul---
1992- Barcelona, Espanha/Catalunha---
1996- Atlanta, Estados Unidos---
2012- Londres, Reino Unido---
1976- Örnsköldsvik, Suécia---
1992- Albertville, França---
1994- Lillehammer, Noruega---
2002- Salt Lake City, Estados Unidos---
Arco e Flecha
Incluído pela primeira vez nas Paraolimpíadas em Roma em 1960, essa modalidade destina-se a cadeirantes, paralisados cerebrais, amputados e Les Autres. As competições são individuais ou por equipe. O objetivo é atirar flechas em um alvo de 122 cm localizado a 70 metros de distância. As competições são individuais ou por equipe. Participação do Brasil: Apesar de apresentar a prática do esporte no país, o Brasil não participará desta modalidade nas Paraolimpíadas de Atenas.
Atletismo
O atletismo faz parte dos Jogos Paraolímpicos desde a sua primeira edição em Roma, 1960. Participam das provas atletas com todos os tipos de deficiência, nos gêneros masculino e feminino. Eles recebem classificação de acordo com o tipo de deficiência apresentada, de forma a haver equilíbrio de competição. As provas são divididas em: corridas, saltos, lançamentos e pentatlo. Participação do Brasil: Das 106 medalhas paraolímpicas nacionais, 60 (16 ouros, 29 pratas e 15 bronzes) foram obtidas pelo atletismo. Para Atenas, o Brasil levará 17 atletas, um aumento de 70% de vagas no Atletismo em relação aos Jogos de Sidney.
Basquete em cadeira de rodas
Destinada a portadores de deficiência física motora, em cadeira de rodas, nas categorias masculina e feminina, a modalidade segue as mesmas regras da Federação Internacional de Basquete Amador, com adaptações para os cadeirantes: a cada dois movimentos para impulsionar a cadeira, o jogador tem de quicar a bola pelo menos uma vez e a falta técnica é utilizar os membros inferiores para obter algum tipo de vantagem, como colocar o pé no chão ou levantar um pouco do assento. As dimensões da quadra e a altura das cestas são as mesmas do basquete convencional. Participação do Brasil: Pela primeira vez a modalidade conseguiu sua classificação dentro das quadras. Em 1988, sua única participação anterior, foi feita mediante convite. A vaga do time masculino foi conquistada no Parapanamericano de Mar Del Plata, na Argentina, com a vitória sob a equipe Mexicana, que garantiu o bronze à seleção brasileira.
Bocha
Incluída nas Paraolimpíadas em 1984 (Roma), é uma modalidade que requer concentração, coordenação, controle muscular, precisão, trabalho em equipe, cooperação e estratégia. Destinada a pessoas com paralisia cerebral ou dificuldade motora e usuários de cadeira de rodas, a competição consiste em lançar bolas (vermelhas ou azuis) o mais próximo possível da bola branca. Assim vence o jogador ou a equipe que aproximar mais a bola, que podem ser impulsionadas pela mão, o pé ou com a ajuda de um dispositivo auxiliar. Participação do Brasil: O Brasil não participará desta modalidade em Atenas.
Ciclismo
Atletas paralisados cerebrais, deficientes visuais e amputados praticam o ciclismo, nas categorias feminina e masculina, individual ou por equipe usando bicicletas e triciclos (paralisados cerebrais, segundo o grau de lesão). Atletas cegos competem em bicicletas duplas, com um guia. As regras são as mesmas do ciclismo convencional, mas com pequenas alterações, relativas à segurança. As provas se dividem em: estrada, velódromo e contra-relógio. Participação do Brasil: Representado pelo atleta Rivaldo Gonçalves Martins.
Esgrima
Com provas individuais ou por equipe, essa modalidade destina-se a portadores de deficiência física motora, em cadeira de rodas, nas categorias masculina e feminina. A cadeira é fixada ao solo, por meio de armação especial, que ao mesmo tempo posiciona o atleta em certo ângulo e distância. A partida tem três períodos de três minutos - ou até um dos adversários completar 15 pontos e pode ser disputada nas categorias: florete, espada (masculina e feminina) e sabre (masculina). Participação do Brasil: Representado pela atleta Andréa Mello.
Futebol de 5
Fazendo sua estréia nas Paraolimpíadas de Atenas, o Futebol de 5 é praticados por atletas cegos, esses apresentam a classe esportiva B1 (o B da sigla é relacionado a palavra inglesa Blind, que na lingua portuguesa significa cego). Os jogadores usam um tampão nos olhos para evitar que aqueles que apresentem percepção luminosa tenham vantagem. A bola possui quizos e os jogadores se orientam pelo som que eles produzem. As partidas, com cinco jogadores em cada equipe, têm dois tempos de 25 minutos e são disputadas em quadras de futebol de salão ou grama sintética. Participação do Brasil: O Brasil tem uma das melhores equipes do mundo na categoria, sendo por duas vezes campeã mundial. A vaga para os Jogos Paraolimpícos de Atenas foi conquistada no tricampeonato da Copa América, realizado de 2 a 6 de dezembro de 2003, em Bogotá e o Brasil sagrou-se campeão paraolímpico desta modalidade.
Futebol de 7
Seguindo as regras da Fifa, com pequenas alterações, é praticado por atletas paralisados cerebrais (PCs). Joga-se dois tempos de 30 minutos, com um intervalo de 15 minutos, não existindo impedimento e o arremesso lateral podendo ser feito com as duas mãos ou com uma só. Cada equipe tem sete jogadores em campo, inclusive o goleiro. Participação do Brasil: a equipe conquistou o bronze nas Paraolimpíadas de Sydney.
Goalball
Modalidade criada exclusivamente para pessoas portadoras de deficiência visual e incluída pela primeira vez nas Paraolimpíadas de Toronto, em 1976. Competem atletas classificados como B1(cego), B2 (percepção de vulto) e B3 (definição de imagem), segundo as normas de classificação da International Blind Sports Federation - IBSA. Separadas nas categorias masculina e feminina, cada equipe fica do seu lado da quadra, com três jogadores cada uma e com, no máximo, três substitutos. O jogo consiste em lançar a bola com a mão na direção do gol adversário. Participação do Brasil: Pela primeira vez uma equipe desta modalidade representa o Brasil em uma Paraolimpíada. A vaga brasileira foi conquistada no Qualifying do Canadá, quando o time feminino conquistou a medalha de prata.
Halterofilismo
A modalidade é praticada por atletas cadeirantes, amputados, paralisados cerebrais e Les Autres, divididas em dez categorias de acordo com o peso corporal. Nos Jogos Paraolímpicos: o atleta em supino faz o movimento de cima para baixo, retornando a barra para a posição original. As mulheres competiram pela primeira vez em 2000, em Sidney. Participação do Brasil: O Brasil será representado por três atletas.
Hipismo
Participam desta modalidade deficientes visuais e deficientes físicos. A única competição no hipismo é o adestramento, dividido de acordo com o tipo de paralisia. O vencedor é o cavaleiro ou amazona que demonstrar maior domínio sobre o cavalo após uma série de exercícios como a andada, o trote e o galope. O hipismo é um dos esportes mais democráticos das Paraolimpíadas, pois permite que homens e mulheres disputem a mesma prova em condições de igualdade. Participação do Brasil: Pela primeira vez, o Brasil terá um representante na Paraolimpíadas, o atleta Marcos Fernandes Alves.
Judô
Reservado a atletas portadores de deficiência visual, o Judô obedece as regras da Federação Internacional de Judô. São necessárias algumas adaptações, como o fato de não haver punição para ultrapassagem da área de combate no tatame e as advertências são feitas por meios audíveis. O sistema de pontuação é o mesmo: "ipon", "wazari", "yuko" e "koka". A vitória também pode sair com uma imobilização do oponente por 30 segundos. As competições se dividem em sete categorias de peso, no masculino e no feminino. As mulheres farão sua estréia em Atenas. Participação do Brasil: O Brasil será representado por sete atletas. As vagas para a modalidade são resultado dos bom desempenho brasileiro no Mundial da International Blind Sports Federation - IBSA.
Natação
Nesta modalidade participam atletas de todos os tipos de deficiência, divididos em dois grupos: os portadores de deficiência visual e os outros. As regras são as mesmas da Federação Internacional de Natação Amadora, com adaptações, em especial com relação às largadas, viradas e chegadas. As competições, nas categorias masculina e feminina, por equipe ou individual, abrangem os quatro estilos oficiais: peito, borboleta, costas e livre. As distâncias variam de 50 a 800 metros. E aos nadadores cegos permite-se receber aviso do treinador quando estão se aproximando das bordas. Participação do Brasil: A Equipe Brasileira de Natação é a maior em número de atletas - 21 atletas representarão o Brasil nos Jogos Paraolímpicos de Atenas. A Natação paraolímpica do país é a nona no ranking mundial e está lado a lado com grandes potências, como Canadá e Alemanha.
Rugby
O esporte é uma mistura de futebol, basquete e vôlei. Disputado desde a Paraolimpíadas de Sidney, em 2000, homens e mulheres competem juntos, em times de cadeira de rodas mistos. O objetivo do jogo é ultrapassar a linha de fundo do adversário com a bola. Cada um recebe uma pontuação de acordo com o grau de deficiência, variando de 0,5 a 3,5 pontos. Os times, formados por quatro atletas, não podem somar em quadra mais do que oito pontos. Participação do Brasil: O Rugby Paraolímpico ainda não é praticado no Brasil.
Tênis de mesa
Participam da modalidade atletas com paralisia cerebral, amputados e cadeirantes nas categorias masculina e feminina, por equipe, individual ou open. Pode ser praticado em pé ou de cadeira de rodas. A imposição da bola quicar no meio da mesa no saque e a permissão para que o atleta se apóie na mesa, desde que não a tire do lugar, são algumas das poucas adaptações das regras da Federação Internacional, também no saque a bola deve sair pela linha de fundo e não pelas laterais. Participação do Brasil: Seis mesatenistas brasileiros participarão da Paraolimpíadas de Atenas. As vagas foram conquistadas no Parapanamericano de Tênis de Mesa em 2003, pelo ranking mundial e pelo wild card.
Tênis em cadeira de roda
Para a prática desse esporte, o atleta precisa combinar força e precisão na batida da bola e velocidade e técnica na movimentação da cadeira. Joga-se como o tênis convencional, com pequenas alterações, como a bola poder quicar duas vezes - a primeira dentro da quadra e no saque, não é permitido que as rodas traseiras da cadeira toquem a linha de fundo. Essa modalidade é destinada a cadeirantes, nas categorias masculina e feminina, individual ou em dupla. Participação do Brasil: O Brasil será representado por dois atletas.
Tiro
Disputado desde a Paraolimpíadas de Arnhem, em 1980, nas categorias femininas e masculinas. Durante a competição, que podem ser disputadas em pé ou sentado, o atirador tem direito a fazer 60 tiros em 1h45mim, em distâncias variadas de dez a 50 metros. O alvo possui dez círculos concêntricos, cada um com 0,7mm. O círculo mais externo vale um ponto e assim por diante até o miolo, que vale dez. Participação do Brasil: A modalidades foi uma das que mais cresceu no Brasil nos últimos anos, no entanto, o país não conseguiu classificação para Atenas.
Vela
Disputado desde a Paraolimpíadas de Sidney, em 2000. Participam da modalidade amputados, cadeirantes, deficientes visuais, paralisia cerebral e "les autres". Apenas duas classes fazem parte do programa da vela na Paraolimpíadas: a classe Sonar que é composta por três atletas, que recebem pontos que variam de um a sete, de acordo com o grau de deficiência, sendo que cada equipe não pode ultrapassar a marca de 12 pontos e a 2,4mR, disputada por apenas um velejador em cada barco. Participação do Brasil: não participará desta modalidade em Atenas.
Vôlei
O vôlei paraolímpico é jogado desde a Paraolimpíadas de Arnhen, em 1980, com 90% das regras básicas do vôlei tradicional. A grande diferença é que ele é disputado com o atleta sentado na quadra de 10mx6m, com uma rede de 1m15cm de altura. Cada equipe pode ter 12 jogadores inscritos, nas categorias masculina e feminina. Participação do Brasil: não participará desta modalidade em Atenas.