Joracy Camargo
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Joracy Schafflor Camargo (Rio de Janeiro, 18 de outubro de 1898 - Rio de Janeiro, 11 de março de 1973) foi um jornalista, cronista, professor e teatrólogo brasileiro.
Filho de João Drummond Camargo e de Julieta Schafflor Camargo, fez o curso primário na escola Ramiz Galvão e o ginásio no Colégio Americano-Brasileiro e Ginásio Federal. Formou-se em ciências jurídicas e comerciais pelo Instituto Comercial do Rio de Janeiro.
Começou no teatro aos catorze anos, como ator amador. Estreou como autor com a revista Me leva, meu bem. Integrou a equipe de Álvaro Moreira no Teatro de Brinquedo. Primeiro dramaturgo brasileiro a abordar questões do proletariado, embora de modo ingênuo. Temática que já se insinuava em O bobo do Rei (1930) e se torna explícita em Deus lhe pague (1933), peça encenada por Procópio Ferreira que se tornou o maior sucesso do teatro brasileiro na primeira metade do século XX e, primeira peça teatral brasileira encenada no exterior, alcançou prestígio internacional, sendo adaptada para o cinema na Argentina. Seu maior sucesso, Deus lhe pague, foi representada mais de 14.000 vezes no Brasil.
Outras peças do autor foram Menina dos olhos (1928), Anastácio (1936), Maria Cachucha(1937) e Figueira do inferno (1954).
Eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1967, na sucessão de Viriato Correia - Cadeira n. 32. Foi professor de teatro, letrista de música popular.
[editar] Curiosidades
- Procópio contou em uma de suas entrevistas, que Joracy escrevia seus textos em imensos rolos de papel. Ao lhe enviar o texto da peça Deus lhe pague, o título era diferente (algo como Uma esmola, pelo amor de Deus!). Procópio achou o título muito grande e sugeriu a mudança para aquele a qual ficou conhecida a peça.