Labirinto
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Um labirinto é constituído por um conjunto de percursos intrincados criados com a intenção de desorientar quem os percorre. Podem ser construções tridimensionais (como o lendário labirinto de Creta, ou um conjunto de sebes plantadas de forma a proporcionar entretenimento num jardim), desenhos (como os labirintos que aparecem nos jornais como passatempo), etc. Utiliza-se frequentemente o termo para adjectivar outros géneros de obras. Por exemplo, diz-se de um romance com enredo complicado ou cuja narração não é linear que é "labiríntico". Jorge Luis Borges desenvolveu o assunto em diversos contos e ensaios. Na mitologia grega, o labirinto de Creta teria sido construído por Dédalo (arquitecto cujo nome tornou-se, depois, também sinónimo de labirinto) para alojar o Minotauro, monstro metade homem, metade touro, a quem eram oferecidos regularmente jovens que devorava. Segundo a lenda, Teseu conseguiu derrotá-lo e encontrar o caminho de volta do labirinto graças ao fio de um novelo, dado por Ariadne, que foi desenrolando ao longo do percurso.
[editar] A Simbologia do labirinto
O encontro do labirinto é considerado pelos gnósticos como um símbolo de iniciação. Em seu percurso haveria um centro espiritual oculto, uma dissipação de trevas pela luz e o renascimento pessoal. Nesse sentido, a superação seria encontro da verdade ou opus.
[editar] A Internet como labirinto
A Internet é um labirinto moderno. Duas estratégias podem ser utilizadas para percorrê-lo:
(i) a estratégia de Ariadne sã, no qual toda rota é anotada ou registrada de forma a se percorrer o caminho de volta se o usuário quiser, logicamente, e
(ii) a estratégia de Ariadne louca, no qual o Internauta avança sem registro e por tentativas e erros, de sala em sala, site em site, sem uma forma de registro que permita sua volta pelo caminho passado.
Essas duas estratégias podem conduzir a resultados de busca interessantes e diversos.
A teoria de grafos encontrada nos livros de algoritmos, por exemplo, permite entendimento dos mecanismos de busca por redes estruturadas e não estruturadas, além de propor solução de alguns problemas de recursão e rotas mínimas.
Do ponto de vista topológico, os labirintos podem ser unicursais ou não. No caso dos unicursais há apenas uma rota possível. Esse é o caso de estradas diretas e dos caminhos em espiral. De um certo ponto de vista, os estudos de mapas e de labirintos se confundem... Desenhos definidos por sombras, como os explorados pelas artes plásticas e/ou interativas, podem ser (con)fundidos a labirintos, pelo menos, aqueles mais primitivos, na forma de mapas potentes de um inconsciente mais profundo. Assim, esses labirintos de sombras (e por vezes, labirintos de espelhos) podem ser visto e sentidos como causas silenciosas de temor ou pavor. Esse parece ser o caso das sombras projetadas sobre paredes das chamadas casas mal assombradas que sob o lusco-fusco de uma luz trêmula atiçam a nossa imaginação e pedem como a moeda da representação uma porção de projeção.
[editar] Referências
Há um livro interessante sobre labirintos nos tempos de hipermídia (ciberespaço): O Labirinto da Hipermídia, da Prof. Lucia Leão da PUC de São Paulo, Brasil. Nesse livro, os labirintos são abordados do ponto de vista multidisciplinar.