Lagoa das Sete Cidades
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Lagoa das Sete Cidades
Toda a Lagoa das Sete cidades, como a zona envolvente foi classificada como Paisagem Protegida, pelo Decreto Regional nº 2/80/A, de 7 de Fevereiro, regulamentado através do Decreto Regional nº 13/89/A, de 12 de Abril.
Como informa o livro: Áreas Amb. dos Açores, da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, está-se perante uma zona de montanha de relevo bastante acentuado, com falésias interiores, profundas ravinas e sulcos em cujos leitos correm águas torrenciais. Inclui uma área urbana, a freguesia das Sete Cidades, terrenos agrícolas e maciços florestais de produção de Criptoméria. O Pico das Éguas, com 847 metros de altitude, é a maior elevação desta zona.
A caldeira das Sete Cidades foi formada por colapsos sucessivos de dois relevos que a circundam, tem um diâmetro de 400 metros. É uma das maiores caldeiras de abatimento dos Açores. Os bordos apresentam quase sempre vertentes muito inclinadas, sendo possível encontrar nelas vestígios da vegetação primitiva dos Açores. É uma área importante em endemismos, destacando-se na flora o Cedro-do-mato (Juniperus brevifolia), o Chaerophylium azoricum, a Angélica (Angélica lignescens), o Azevinho (Ilex perado ssp. azorica), a Tolpis azorica, o Queiró (Daboecia azorica), a Urze (Erica azorica), a Lysimachia azorica, a Uva-da-serra (Vaccinium cylindraceum), o Folhado (Viburnum tinus ssp. subcordatum), a Cardamine caldeirarum, as Margaridas (Beilis azorica), assim como os musgos Breutelia azorica, Campylopus azoricus e Grimmia tricophylla ssp. azorica. É uma importante zona de passagem para aves migratórias, muitas das quais em perigo. Encontram-se igualmente aves endémicas dos Açores, como o Pombo-torcaz-dos-Açores (Columba palumbus azorica), o Melro-preto (Turdus merula azorensis) e a Estrelinha (Regulus regulus azoricus).
Nas águas das lagoas, existem várias espécies de peixes introduzidas, como por exemplo a Carpa (Cyprinus carpio), o Lúcio (Esox lucius), a Perca (Perca fluvialis), o Ruivo (Rutílus rutílus) e a Truta (Salmo iridens gibrons). Situada na parte plana da margem da Lagoa Azul, a freguesia das Sete Cidades é constituída por casas tradicionais, algumas ainda com os graneis de pés altos. Em termos arquitectónicos, destacam-se a Igreja de São Nicolau (estilo neogótico, inaugurada em 1852), a casa dos herdeiros de Caetano de Andrade e o túnel de descarga da lagoa (inaugurado em 1937).
Esta grande lagoa, quase irmanada em encanto com a Lagoa do Fogo é o maior reservatório natural de água doce de superfície dos Açores ocupa uma área bastante vasta qye chega aos 4.35 quilómetros quadrados. Esta lagoa tem uma característica muito pouco comum relativa a coloração das suas águas sendo que a lagoa é divida por canal pouco profundo atravessado por uma ponte baixa separando de um lado um lago de águas de tom verde e do outro, outro lago de cor azul. A profundidade desta lagoa e de 33 metros. Possivelmente pelas suas características e aspectos únicos surgiram muitas lendas que envolvem esta lagoa, caldeira das Sete Cidades, como é uma incrivel lenda que a liga ao mito da Atlântida.
[editar] Ver também
[editar] Referências
- Livro: Áreas Ambientais dos Açores, Editado pela Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, Governo Regional dos Açores, 2005.
- Guia Turístico, Açores Natureza Viva, nº 2 de 2003/2004. Edt. Clássica – Publ. Pub. e Mark. E Formação, Lda.
- Áreas Ambientais dos Açores. Edic. Secretaria Regional do Ambiente, 2004.