LGPL
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A GNU Lesser General Public License (antes conhecida como GNU Library General Public License) é uma licença de software livre aprovada pela FSF escrita com o intuito de ser um meio-termo entre a GPL e licenças mais permissivas como a licença BSD e a licença MIT. Ela foi escrita em 1991 (e atualizada em 1999) por Richard Stallman e Eben Moglen.
A principal diferença entre a GPL e a LGPL é que esta permite ser ligada com programas que não sejam GPL ou LGPL, que podem ser software livre ou Software proprietário.
Outra diferença é que trabalhos derivados (que não sejam GPL) devem ser bibliotecas de software.
A LGPL coloca restrições copyleft no próprio programa mas não aplica essas restrições a outro software que meramente se linka com o programa. Há, contudo, certas outras restrições nesse software. Essencialmente, deve ser possível ao software ser linkado com uma versão mais nova do programa sob LGPL. O método mais comumente usado para fazer isso é usar um mecanismo de biblioteca compartilhada para a linkagem. Alternativamente, a linkagem estática é permitida se ou o código fonte ou os arquivos do objeto linkável forem disponibilizados.
A LGPL é primariamente pretendida de ser usada em bibliotecas de software, embora também seja usada por aplicações como OpenOffice.org e Mozilla.
Uma característica da LGPL é que se pode converter qualquer pedaço de software em LGPL em outro sob a GPL (seção 3 da licença). Essa característica é útil se alguém quer criar uma versão de código que companhias de software não podem usar em produtos de software proprietário. Também é necessário assegurar de que a LGPL seja "compatível com a GPL", de modo que programas cobertos pela GPL possam usar bibliotecas sob LGPL.
O antigo nome da "GNU Library General Public License" deu a algumas pessoas a impressão de que a FSF queria que toda as bibliotecas usassem LGPL e todos os programas usassem a GPL. Em 1999, Richard Stallman escreveu um ensaio explicando que não era o caso, e que ninguém deveria necessariamente usar a LGPL para bibliotecas.
- Que licença é melhor para dada biblioteca é uma questão de estratégia, e depende dos detalhes da situação. No momento, a maioria das bibliotecas GNU são cobertas pela Library GPL, e isso significa que estão usando apenas uma das duas estratégias [permitindo/não permitindo programas proprietários de usarem uma biblioteca] , negligenciando a outra. Então estamos buscando mais bibliotecas a lançar sob a GPL comum.
Ao contrário da impressão popular, contudo, isso não significa que a FSF não desaprova a LGPL, mas meramente diz que ela não deveria ser usada para todas as bibliotecas — o mesmo ensaio segue em frente a dizer:
- Usar a GPL comum não é vantajoso para toda biblioteca. Há razões que podem fazer com que seja melhor usar a Library GPL em certos casos.
De fato, Stallman e a FSF às vezes defendem licenças até menos restritivas que a LGPL como questão de estratégia (para maximizar a liberdade de usuários). Um exemplo proeminente foi o endosso de Stallman do uso de uma licença BSD pelo projeto Vorbis para suas bibliotecas [1].
A licença usa terminologia que geralmente é para softwares escritos na Linguagem de programação C ou sua família. A Franz Inc. publicou seu próprio preâmbulo da licença para esclarecer a terminologia no contexto do Lisp. A LGPL com esse preâmbulo é chamado às vezes de LLGPL. [2]
[editar] Veja Também
[editar] Referências externas
[editar] Em inglês
- Texto na nova "Lesser" GPL
- Texto da velha "Library" GPL
- Richard Stallman, "Por que você não deveria usar a Library GPL para sua próxima biblioteca" (Fevereiro de 1999).