Marquês de Olinda
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Pedro de Araújo Lima, visconde e depois marquês de Olinda, (Sirinhaém, 22 de dezembro de 1793 — Rio de Janeiro, 7 de junho de 1870) foi regente e primeiro-ministro do Império do Brasil.
Prestigioso presidente da Câmara dos Deputados por muitos anos, homem que sabia fazer amigos, segundo Octávio Tarquínio de Sousa, figura bastante representativa da aristocracia rural do Nordeste, ligado aos elementos mais poderosos da lavoura açucareira. «O rei constitucional que Feijó não soube ser, mas soube escolher», diz o mesmo historiador. E ainda: «Dir-se-ia que o exercício continuado da presidência da Câmara lhe dera o hábito de espectador, ou melhor, de árbitro, dispondo-o a agir apenas como o mediador, que compõe, acomoda e evita os choques e os desencontros.»
Formado em Leis pela Universidade de Coimbra, em 1819, voltou ao Brasil no mesmo ano. Destacou-se então no jornalismo e na política, tornando-se uma das principais figuras do movimento de Independência.
Começou sua carreira política em 1821, na bancada da Província de Pernambuco às Cortes Gerais de Lisboa. Fez parte da Assembléia Nacional Constituinte de 1823 e das primeiras legislaturas brasileiras. Ocupou os cargos de Ministro do Império, Ministro da Justiça e Ministro dos Negócios Estrangeiros.
Escolhido por Pernambuco para o Senado em 1837, ano em que, embora adversário político do Pe. Diogo Feijó, foi por este indicado como Regente do Império após sua renúncia em 19 de setembro do mesmo ano – escolha que foi confirmada pelo voto popular no ano seguinte. Seu primeiro ministério ficou conhecido como »o ministério das capacidades», tendo escolhido Bernardo Pereira de Vasconcelos para a pasta da Justiça e ministro interino do Império; Miguel Calmon para a Fazenda; Maciel Monteiro nos Estrangeiros; Sebastião do Rego Barros na Guerra; Joaquim José Rodrigues Torres, futuro visconde de Itaboraí, para a Marinha.
Permaneceu regente até a maioridade de D. Pedro II.
Foi nove vezes ministro de Estado, por quatro vezes presidiu o Conselho de Ministros.
Sócio-fundador do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, foi diretor da Faculdade de Direito do Recife.
No Segundo Reinado, recebeu várias homenagens: em 1841 o título de Visconde e, em 1854, o de Marquês, com outros títulos nacionais e estrangeiros.
Tendo mais de 50 anos de vida pública, escreveu vários ensaios sobre assuntos políticos e administrativos, inclusive um Projeto de Constituição para o Império.
Precedido por Padre Feijó |
Regente do Brasil 1838 — 1840 |
Sucedido por Isabel do Brasil |
Precedido por Francisco de Paula Sousa e Melo |
Primeiro-Ministro do Brasil 29 de setembro de 1848 — 8 de outubro de 1849 |
Sucedido por Marquês de Monte Alegre |
Precedido por Duque de Caxias |
Primeiro-Ministro do Brasil 4 de maio de 1857 — 12 de dezembro de 1858 |
Sucedido por Visconde de Abaeté |
Precedido por Zacarias de Góis e Vasconcelos |
Primeiro-Ministro do Brasil 30 de maio de 1862 — 15 de janeiro de 1864 |
Sucedido por Zacarias de Góis e Vasconcelos |
Precedido por Francisco José Furtado |
Primeiro-Ministro do Brasil 12 de maio de 1865 — 3 de agosto de 1866 |
Sucedido por Zacarias de Góis e Vasconcelos |