Independência
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- Nota: Para outros significados de Independência, ver Independência (desambiguação).
Independência é a desassociação de um ser em relação a outro, do qual dependia ou era por ele dominado; É o estado de quem ou do que tem liberdade ou autonomia.
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- Antónimo de dependência (neste verbete, ver a Teoria da Dependência, do sociólogo e ex-Presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso).
Em Política, o conceito de independência de um país ou território é a conquista e manutenção da sua soberania política e econômica, que pode ser absoluta ou relativa.
A independência absoluta diz respeito aos estados que possuem integral governo de seus atos, no plano interno, regido ou não pelo Estado de Direito. Diz-se relativa a Independência quando o ente goza de determinadas competências que lhe são exclusivas, e que devem ser respeitadas pelo ente hierarquicamente superior (por exemplo: o estado ou província, em relação aos municípios), ou em casos excepcionais, os Estados sob intervenção internacional (exemplo: o Haiti sob intervenção da ONU).
Interdependência - Também há de se falar, na acepção política, da "independência" dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). Como neste caso a autonomia administrativa dos entes importa num relacionamento institucional harmônico, fala-se em "Interdependência".
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[editar] Independência de Portugal
[editar] Independência do Brasil
- Ver artigo derivado: Independência da Bahia
- Segundo relatos de um padre que integrava a Comitiva do então Príncipe Regente D. Pedro, publicado tempos depois que a data de 7 de setembro de 1822 sagrou-se como marco da Independência brasileira, a história ocorrera deste modo:
[editar] O 7 de Setembro, segundo o Padre Belchior
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- Em 7 de Setembro de 1822, o príncipe regente dom Pedro, irritado com as exigências da corte que retornara para Portugal, declarou oficialmente a separação política da colônia que governava em relação à sua metrópole. Estava proclamada a independência do Brasil.
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- D. Pedro mandou que o vigário da cidade de Pitangui, Padre Belchior, único mineiro na comitiva, abrisse e lesse em voz alta toda a correspondência às margens do Ipiranga, em 07/09/1822. Revoltado, o príncipe arrancou das mãos do padre a carta, amarrotando-a e jogando-a no chão. Inteirado da gravidade do momento, o príncipe disse:
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- _E agora, Padre Belchior?
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- _Se Vossa Alteza não se fizer Rei do Brasil será prisioneiro das Cortes e talvez deserdado por elas. Não há outro caminho senão a Independência e a separação – respondeu prontamente o vigário.
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- D. Pedro caminhou alguns passos, acompanhado pelo vigário pitanguiense, por Bregaro, Cordeiro, Carlota e outros que ali estavam em direção aos animais e, finalmente, disse ao vigário:
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- _Padre Belchior, eles querem, terão a sua conta. As Cortes me perseguem, chamam-me, com desprezo, de rapazinho e brasileiro. Pois verão agora o quanto vale o rapazinho. De hoje em diante, estão quebradas as nossas relações, nada mais quero do Governo Português e proclamo o Brasil para sempre separado de Portugal! - E emendou: – Brasileiros, a nossa divisa de hoje em diante será o dístico Independência ou Morte!
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- Um mês depois, em 12 de Outubro de 1822, dom Pedro foi aclamado imperador do Brasil e, em 1º de Dezembro, coroado pelo bispo do Rio de Janeiro, recebendo o título de D. Pedro I.
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Fonte: "A Face Oculta da História", de Jorge Lasmar
A conquista da independência do Brasil é, na verdade, um processo bem amplo, que começa realmente com o enfraquecimento do sistema colonial (vide: Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana), cresceu com a chegada da Corte portuguesa ao Brasil (1808) e só termina em 1824, com a adoção da primeira Constituição brasileira, após muitas batalhas em que morreram brasileiros e portugueses, na Bahia, Piauí e Pará.
[editar] Movimentos Contemporâneos por Independência
Vários movimentos políticos e sociais reivindicam a autonomia de territórios ou nações, atualmente sob domínio de outros. Alguns optam pela via pacífica e diplomática para fazer valer suas exigências. Outros, no entanto, apelam para luta armada e até terrorismo.
Nesta situação encontram-se nações como a Irlanda do Norte em relação ao Reino Unido; o País Basco, em relação à Espanha e França; o Tibet, face à China; algumas repúblicas oriundas da União Soviética; a Armênia diante da Turquia, Iraque e Rússia, dentre outros.
Maior conflito europeu depois da Segunda Guerra Mundial, a Independência das ex-províncias da Iugoslávia (Kosovo, Macedônia, Montenegro, Sérvia e Bósnia) revelou o potencial explosivo ainda latente em várias partes do globo.