Morro do Osso
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O Parque Natural Morro do Osso é um parque municipal de Porto Alegre, criado em 1994, e oferece uma das mais belas vistas da cidade. Tem 57 ha de extensão, com ampliação prevista pelo Plano Diretor para 127 hectares. É um dos últimos redutos da Mata Atlântica no Rio Grande do Sul. Faz parte da cadeia dos morros graníticos existentes na cidade.
Seu nome deriva, provavelmente, do fato de ter sido um cemitério sagrado dos índios Guaranis. Conta-se ainda que ali existiu um quilombo de escravos.
Com 143 metros de altitude, localiza-se próximo ao rio Guaíba, na zona sul da cidade, entre os bairros Tristeza, Camaquã e Ipanema.
De seu topo descortina-se uma visão panorâmica de mais de 200 graus. É possível avistar o rio, a praia de Ipanema, o Centro de Porto Alegre e alguns outros morros.
O parque dispõe de uma sede com auditório para atividades educativas e programa de educação ambiental. Visitas orientadas podem ser agendadas por instituições de ensino e pesquisa. O telefone é: 51-3263-3769.
[editar] Fauna
Sua fauna é rica e diversificada. Entre as aves destacam-se pica-pau (Veniliornis spilogaster), anú-branco, vira-folhas, beija-flor-de-topete (Stephanoxis lalandi), pula-pula (Basileuterus culicivorus), sabiá-ferreiro (Turdus subalaris), gaviãozinho (Accipiter striatus), juruvia (Vireo olivaceus) e gavião-rabo-curto (Buteo brachyurus).
Entre os anuros, destacam-se sapo de cova (Bufo dorbignyi), perereca do banhado (Hyla pulchella), rã criola (Leptodacylus ocellatus) e rã chorona (Physalaemus gracilis).
Entre os répteis encontram-se lagartos de papo amarelo (Tupinambis merianae), lagartixa verde (Teius oculatus), serpente papa-pinto (Philodryas patagoniensis), coral verdadeira (Micrurus altirostris) e jararaca pintada (Bothrops neuwiedi).
Também ali forma identificados o bugio-ruivo (Alouatta guariba clamitans) e o ouriço-cacheiro (Sphiggurus villosus).
[editar] Flora
Aproximadamente 60% da vegetação natural do Morro do Osso é constituída por formações florestais de dois tipos: a floresta alta e a floresta baixa. O restante é constituído por comunidades herbácea-arbustivas, formadas pelos campos pedregosos e pelas capoeiras e vassourais.
Na floresta alta e úmida, com forte influência da Mata Atlântica, destacam-se a figueira-purgante (Ficus insipida), a canela-ferrugem (Nectandra oppositifolia) e a corticeira-da-serra (Erythrina falcata).
A floresta baixa ocupa geralmente os topos ou as encostas superiores do morro. É representada pela capororoca (Myrsine umbellata), pela aroeira-brava (Lithraea brasiliensis), pelo branquilho (Sebastiania commersoniana ) e pelo camboim (Myrciaria cuspidata).
Apresenta também algumas espécies arbóreas sob possível ameaça de extinção, como a canela preta (Ocotea catharinensis) e a corticeira-da-serra. Além disso, ocorrem espécies com distribuição muito restrita em Porto Alegre, como o sobraji (Colubrina glandulosa).
[editar] Ligações externas
[1] Morro do Osso