Northrop F-5E Tiger II
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Pegueno, ágil e de fácil manutenção... este é o seu segredo. | |||
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Número de aparelhos | ~3806 | ||
Empresa | Northrop | ||
País de origem | Estados Unidos | ||
Introdução | 1964 | ||
Função | Interceptador | ||
Estatus | Ativo | ||
Custo | 4,2 milhões de reais | ||
Brasil possui | 47 aparelhos funcionais. | ||
Concorrentes | MIG 21, IAI Kfir | ||
Variantes | F-20 Tigershark, T-38 Talon, X-29, IAMI Azarakhsh |
O Northrop F-5E Freedom Fighter(mais conhecido como F-5 Tiger II) é um caça tático de defesa aérea e ataque ao solo. O F-5E (versão mais potente do F-5) tornou-se um dos aviões mais operados no mundo. Testado em combate no Vietnã, o F-5E é extremamente manobrável e rápido, constituindo-se um excelente avião para combates aéreos.
Recentemente a FAB (Força Aerea Brasileira) deu início a um programa de aquisição e modernização de seus F-5E que passarão para o padrão F-5EM. A revitalização dos 47 caças, deverá custar em torno de US$ 285 milhões. O motor e célula dos aviões permanecerão os mesmos, mas a sua eletrônica(HUD, radar e painel de controle) serão extremamente modificados.
Recentemente foram comemorados os 30 anos de serviço da aeronave na Força Aérea Brasileira, sendo que um exemplar recebeu uma pintura comemorativa especial, representando um tigre.
Índice |
[editar] História
O desenvolvimento do F-5 começou em 1954, quando uma equipe da Northrop excursionou pelos menores países da OTAN e da SEATO para examinar as necessidades de defesa desses países. Dos estudos resultantes dessas visitas, a companhia identificou uma nítida necessidade de um aparelho multifuncional de baixo custo, que materializou-se como o caça leve N-156F. A USAF não se interessou inicialmente pela proposta, já que não precisava de um caça leve. No entanto, precisava sim de um novo treinador para substituir o Lockheed T-33 e, em junho de 1956, a USAF anunciou que iria adquirir a versão de treinamento T-38 Talon, que entrou em serviço em março de 1961.
[editar] Construção
A Northrop decidiu seguir com o programa do F-5 como um projeto privado, em julho de 1959, o avião realizava seu primeiro vôo. Três anos após o Departamento de Defesa escolheu o F-5 para o Military Assistance Program (MAP). Aliados dos Estados Unidos que procuravam um caça de custo módico começaram a ser atraídos pelo pequeno e ágil avião.
Em 25 de abril de 1962, o Departamento de Defesa Americano anunciou que o N-156F havia sido escolhido para o Programa de Assistência Militar (MAP). Os aliados dos americanos na OTAN e SEATO poderiam agora adquirir um avião supersônico de qualidade com preços razoáveis.
[editar] O surgimento do Tigre
Em 9 de agosto de 1962 foi dada à aeronave a designação oficial de F-5A Freedom Fighter. Otimizado para missões de ataque ao solo, o F-5A tinha apenas uma limitada capacidade ar-ar e não era equipado com um radar de controle de fogo (FCR). O F-5B era a versão biplace do modelo "A", para missões de treinamento e ataque. Apesar de todos os F-5A de produção terem sido designado para o MAP, em outubro de 1965 a USAF "pegou emprestado" 12 F-5A dos estoques do MAP e os mandou para o Vietnã com a 4503º Ala de Caças Táticos (4503º TFW) para testes operacionais. Foi dado ao programa o nome código Skoshi Tiger ("Pequeno" Tigre), e foi durante essas operações que o F-5 foi apelidado de Tiger (Tigre).
Com o início da guerra do Vietnã, as perdas do F-4 Phantom foram muito superiores ao esperado. Nisso, a USAF encomendou 200 F-5A . Embora fosse o mais leve, menos sofisticado e quase sem armamento, suas baixas eram menores que a dos outros aviões em uso ( F-4 Phantom e o F-105 Thunderchief), pois era menos atingido, pois sua manobrabilidade permitia escapar ao fogo antiaéreo.
O Tigre mostrava as suas garras para o sucesso
[editar] Upgrade
A USAF necessitava adicionar algumas capacidades ao F5-A para lhe dar mais capacidade de combate aéreo, em especial para enfrentar o MiG-21 soviético, que era enviado em grandes quantidades aos aliados de Moscou. Em Novembro de 1970, a Northrop apresentou um desenho à USAF, que permitiria realizar missões de superioridade aérea e enfrentar os MiG-21. Uma versão avançada do F-5, que seria conhecido como F-5E Tiger II. Uma encomenda de 325 aviões foi colocada, e os primeiros foram entregues, em 1972. Mas só foram aceitos em serviço em 1973, e a versão biplace, F-5F, só surgiu, em 1975.
[editar] Sucesso de vendas mundiais
Grandes encomendas para a Força Aérea do Vietnã se seguiram. A produção por outras empresas também, tais como Canadair (Canadá), CASA (Espanha), FFA (Suíça), Hanjin (Coréia do Sul) e AIDC (Taiwan).
Fácil de voar, pilotar, custo de aquisição, operação e manutenção baixas e com performance excepcional o F-5 estabeleceu um padrão de referência. Além do mais, peças de reposição acessíveis e de fácil aquisição. Quando o resto falhava, o F-5 estava disponível. Quando na Guerra Iran-Iraque (1980-1988), os F-14 iranianos, sem peças de reposição e pilotos treinados, eram usados como radares aéreos, para iluminar alvos aos F-5, únicos caças que permaneciam operacionais.
[editar] Modernização mundial
Interessante de que de todos os projetos realizados pela Northrop, o F-5 foi o avião menos badalado, e é certamente o que obteve maior êxito mundial, comparado aos fiascos posteriores. A empresa Northrop Grumman fabrica até hoje peças estruturais e componentes para o avião, facilitando a manutenção dos aviões. Vários programas de modernização dos F-5E/F têm sido desenvolvidos no mundo, como o F5 Tiger III da Força Aérea Chilena. A modernização dos painéis é fundamental nos tempos modernos. Aviões de ponta como o norte-americano F/A-18 Super Hornet e o francês Dassault Rafale possuem paineis eletrónicos de última geração, no qual o piloto pode utilizar comandos vocais para maior facilidade e maior interação.
[editar] Utilização nos Estados Unidos
A USAF opera os T-38 como treinador avançado. Mais de 68 mil pilotos da Força Aérea Americana treinaram no legendário T-38, o primeiro treinador supersônico do mundo. Pilotos da OTAN também treinam nos T-38 dos Estados Unidos. A NASA também realiza treino de seus astronautas no T-38.
[editar] O Tigre no Brasil
No Brasil, a história do F-5 iniciou na prática em março de 1975, porém, ele esteve cotado para equipar a FAB desde 1965, em sua versão F-5A/B. Em 1967 ele foi novamente cogitado, desta vez como vetor do projeto SISDACTA. A preferência era para o F-4 Phantom, mas este foi vetado pelos americanos, que em contrapartida ofereceram o F-5C (versão proposta pela Northrop com melhorias baseadas no relatório de avaliação feito no Vietnã).
O impasse norte-americano favoreceu os franceses, tendo a FAB adquirido 16 Dassault Mirage III. Numa nova disputa internacional, realizada a partir de 1971 para substituir os AT-33A, na qual participaram o Fiat G-91, MB-326K, Harrier Mk-50, Jaguar GR1 e A-4F, saiu vencedor o caça da Northrop, agora em sua versão F-5E. Começava a longa história de sucesso do Tiger II na FAB, que continua até hoje e ainda deve durar até 2018.
[editar] As compras
A FAB recebeu seis F-5B (FAB 4800 a 4805), quatro F-5F (FAB 4806 a 4809) e 58 F-5E (FAB 4820 a 4877) que foram adquiridos em dois lotes distintos, um em 1973, direto da fábrica (06 F-5B + 36 F-5E), ao valor de US$ 115 milhões e outro, em 1988, ex-USAF (04 F-5F e 22 F-5E), ao custo total de US$ 13,1 milhões. As primeiras aeronaves da "Operação Tigre", como ficou conhecido o translado do primeiro lote, foram entregues a partir de 28 de fevereiro de 1975 em Palmdale. Eram três F-5B, que chegaram ao Brasil no dia 06 de março do mesmo ano, sendo seguidos de outros três em 13 de maio. Em 12 de junho de 1975, chegavam os primeiros quatro F-5E à BAGL, dando início a uma ponte aérea que só terminaria em 12 de fevereiro do ano seguinte, totalizando 36 aeronaves.
Em 1985 depois de muito procurar, chegou-se a um acordo com o governo Reagan, que aceitou negociar quatro F-5F e 22 F-5E, que sairiam das fileiras da USAF, a um custo de US$ 13,1 milhões, uma bagatela. Foi anunciada a aquisição de 09 aeronaves F-5 Tiger II, usadas da Arábia Saudita, sendo 6 F-5E e 3 F-5F. Estas aeronaves também devem ser atualizadas para o padrão F-5M.
[editar] Esquadrões de F-5E/F
Unidades Baseadas na Base de Santa Cruz ( BASC) - RJ. Que incorpora dois Esquadrões:
- 1º/1º GAV Esquadrão Jambock
- 2º/1º GAV Esquadrão Pif-Paf
Unidade Sediada ba Base Aérea de Canoas (BACO) - RS
- 1º/14º GAV Esquadrão Pampa
[editar] F-5EM O tigre Brasileiro
A Força Aérea Brasileira definiu que era necessária a modernização de seus aviões F-5E. A Embraer, principal contratada, e a Aeroeletrônica, subsidiária da israelense Elbit, garantem o domínio brasileiro sobre as tecnologias críticas do projeto, isto permitirá a integração de novos softwares e armamentos, além de assegurar o sigilo sobre características vitais do sistema de armas. A solução foi de longe o mais moderno e adequado programa de atualização para o F-5E/F. Ela inclui a última tecnologia disponível, com a capacidade técnica de ambas empresas para desenvolver a solução certa para os cenários operacional e orçamentário da Força Aérea Brasileira. Os F-5E/F que serão atualizados irão assegurar a vida operacional do vetor por mais 15 anos.
A operação aérea Cruzex é realizada no Brasil a cada dois anos com a participação de forças aéreas sulamericanas e da França. Nos exercícios de 2002 e 2004, era nítida a distância entre a FAB e a Armée de l'Air. Na CRUZEX 2006, o avanço conseguido pelo F-5M devido as modificações eletrônicas, surpreendeu a própria FAB e todas as forças aereas convidadas. O avião agora possui seu sistema totalmente digital, e a FAB implantou mísseis BVR [1] Derby de origem israelense. Essas modificações mostraram no exercício militar a nova cara da FAB, ou seja, uma força que finalmente chegou a era digital e que introduz uma série de novos conceitos em operação, embora ainda esteja muito aquém do poderio aeronáutico apresentado por norte-americanos, russos, franceses e ingleses. A integração da aeronave Embraer EMB-145 AEW&C e o "novo" F-5 demonstrou ser letal, igualando ou vencendo o sistema equivalente da Força Aérea Francesa no exercício. O EMB-145 AEW&C possui um poderoso radar instalado, orientando os caças F-5 com seus mísseis.
Tecnologia de 4a Geração - A cabine totalmente provida de displays proporciona baixo esforço para o piloto e foi projetada para todas as condições de tempo, dia e noite, encontradas em todos os teatros de operação. A cabine oferece dispositivo de manche e manete de potência combinados (HOTAS), dois computadores de alto desempenho e um sistema integrado de navegação INS/GPS.
Três MFDs (Mostradores Multifuncionais) - em cores e leitura HUD (mostrador projetado à frente/painel de controle à frente) levam ao que melhor existe em interface homem-máquina. Todos os sistemas e iluminação do F-5BR foram projetados para missões noturnas. Um vídeo VHS-C grava todos os dados pertinentes de dados e áudio para reprodução em vôo ou no solo.
A tecnologia de 4a geração permite que o F-5BR inclua HMD (mostrador montado no capacete), link para dados, Sistema de Planejamento de Missão, AACMI (Instrumentação Autônoma para Simulação e Avaliação de Manobras de Combate) e capacidade para treinamento virtual de vôo.
Um avançado radar multi-modo - para medição de distância Ar-Ar, Ar-Terra e Ar-Mar, busca, rastreamento, rastreamento com varredura e combate aéreo será instalado no F-5BR, proporcionando condições de precisão, eficácia e auto-defesa. Permitirá rápida e efetiva operação do F-5BR.
Desempenho - O avião mantém as mesmas características operacionais comprovadas em combate dos F-5E/F que já estão em operação no Brasil, porém extremamente melhoradas e aperfeiçoadas por meio dos novos sistemas incluídos na solução Embraer-Elbit.
Sistemas de armamentos - O avião terá boa quantidade de armamentos convencionais e/ou inteligentes usados nos caças de nova geração, compatíveis com mísseis Além de Alcance Visual (BVR), bombas guiadas a laser, mísseis balísticos etc., e sensores para missões diurnas/noturnas sob qualquer tempo.
O F-5BR será compatibilizado com o armamento padrão da FAB existente no inventário, como o míssil ar-ar de pequeno alcance MAA-1, bem como bombas e pods.
Sistemas de Auto-Defesa - Contra-medidas eletrônicas (ECM) testadas em combate, mais Receptor de Aviso de Radar (RWR) estão disponíveis. Baixa Assinatura Radar e assinatura infra-vermelha reduzidas garantem baixa suscetibilidade de detecção do avião.
Logística - Os programas de manutenção baseados nas condições dos aviões são baseados em equipamentos e componentes de última geração. Um Equipamento de Função BIT permite localização de falhas e sistema de diagnóstico que leva a reparações rápidas, garantindo elevada confiabilidade de vôo.
[editar] Países que utilizam o "Tigre"
- Arábia Saudita, Áustria, Bahrein, Botswana, Brasil, Canadá, Chile, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos (Força Aérea, Marinha e o corpo de fuzileiros), Etiópia, Grécia, Países Baixos, Honduras, Indonésia, Iémen, Irã, Jordânia, Quénia, Libia, Malásia, Marrocos, México, Noruega, Paraguai, Paquistão, Filipinas (a maioria dos F-5 serão aposentados no final de 2006, exceto o F-5B), Singapura, Suíça, Tailândia, Taiwan, Tunísia, Turquia, Venezuela, Vietnã.
[editar] Especificações do F-5/E:
Northrop F-5 Tiger II
- Comprimento: (m) 14,45
- Envergadura: (m) 8,15
- Altura: (m) 4,08
- Motores/Empuxo: 2x GE J85-GE-21B (2,265 kg)
- Velocidade máxima: 2.112 km/h, Mach 1.63
- Peso max. decol (kg): 11,187
- Vel. cruzeiro: 1.044km/h
- MMO/VMO: 1.750km/h
- Alcance (km): 2.470
- Teto de Serviço: 15,590
- Tripulação: 1
- Armamento: dois canhões M39A2 de 20 mm, com 280 projéteis por arma, mais dois mísseis ar-ar AIM-9 Sidewinder nas pontas das asas e cinco pontos que podem levar até 3.170 kg de armamentos.
[editar] Notas
- ↑ Beyond Vision Range, ou seja, mísseis com alcance além do visual