Pedro I de Portugal
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
D. Pedro I, rei de Portugal,o Cruel, Cru ou Vingativo |
|
Ordem: | 8.º Rei de Portugal |
Cognome(s): | O Justiceiro |
Início do Reinado: | 8 de Maio de 1357 |
Término do Reinado: | 18 de Janeiro de 1367 |
Aclamação: | Lisboa |
Predecessor: | D. Afonso IV |
Sucessor: | D. Fernando I |
Pai: | D.Afonso IV, |
Mãe: | D.Beatriz de Castela |
Data de Nascimento: | 8 de Abril de 1320 |
Local de Nascimento: | Coimbra |
Data de Falecimento: | 18 de Janeiro de 1367 |
Local de Falecimento: | Estremoz |
Consorte(s): | D.Branca de Castela D.Constança Manuel D.Inês de Castro |
Príncipe Herdeiro: | Infante D.Fernando (filho) |
Dinastia: | Borgonha (Afonsina) |
D. Pedro I (Coimbra, 8 de Abril de 1320 - Estremoz, 18 de Janeiro de 1367) foi o oitavo Rei de Portugal. Mereceu os cognomes de O Justiceiro (também O Cruel, O Cru ou O Vingativo), pela energia posta em vingar o assassínio de Inês de Castro, ou de O-Até-ao-Fim-do-Mundo-Apaixonado, pela afeição que dedicou àquela dama galega. Era filho do rei Afonso IV e sua mulher, a princesa Beatriz de Castela. Pedro I sucedeu a seu pai em 1357.
Pedro é conhecido pela sua relação com Inês de Castro, a aia galega da sua mulher Constança, que influenciou fortemente a política interna de Portugal no reinado de Afonso IV. Inês acabou assassinada por ordens do rei em 1355, mas isso não trouxe Pedro de volta à influência paterna. Bem antes pelo contrário, entre 1355 e a sua ascensão à coroa, Pedro revoltou-se contra o pai pelo menos duas vezes e nunca lhe perdoou o assassinato de Inês. Uma vez coroado rei, em 1357, Pedro anunciou o casamento com Inês, realizado em segredo antes da sua morte, e a sua intenção de a ver lembrada como Rainha de Portugal.
Este facto baseia-se apenas na palavra do Rei, uma vez que não existem registos de tal união. Dois dos assassinos de Inês foram capturados e executados (Pêro Coelho e Álvaro Gonçalves) com uma brutalidade tal (a um foi arrancado o coração pelo peito, e a outro pelas costas), que lhe valeram os epítetos supramencionados. Conta também a tradição que Pedro teria feito desenterrar o corpo da amada, coroando-o como Rainha de Portugal, e obrigando os nobres a procederem à cerimónia do beija-mão real ao cadáver, sob pena de morte. De seguida, ordenou a execução de dois túmulos (verdadeiras obras-primas da escultura gótica em Portugal), os quais foram colocados nas naves laterais do mosteiro de Alcobaça para que, no dia do Juízo Final, os eternos amantes, então ressuscitados, de imediato se vejam...
Como rei, Pedro revelou-se um bom administrador, corajoso na defesa do país contra a influência papal (foi ele que promulgou o famoso Beneplácito Régio, que impedia a livre circulação de documentos eclesiásticos no País sem a sua autorização expressa), e justo na defesa das camadas menos favorecidas da população. Na política externa, Pedro participou ao lado de Aragão na invasão de Castela.
D. Pedro reinou durante dez anos, conseguindo ser extremamente popular, ao ponto de dizerem as gentes «que taaes dez annos nunca ouve em Purtugal como estes que reinara elRei Dom Pedro».
Jaz no Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça.
[editar] Descendência
- Primeiro casamento: Branca, princesa de Castela (repudiada)
- Segundo casamento: Constança Manuel, princesa de Castela (1320-1349)
- Terceiro casamento (?): Inês de Castro (1320 - assassinada em 1355)
- Afonso de Portugal (morto em criança)
- Beatriz, princesa de Portugal (1347-1381)
- João, príncipe de Portugal (1349-1387)
- Dinis, infante de Portugal (1354-1397)
- Teresa Lourenço
[editar] Ver também
Precedido por Afonso IV |
Rei de Portugal e do Algarve 1357 - 1367 |
Sucedido por Fernando I |