Período Yamato
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Assim como conta um livro escrito no antigo reino chinês Wei, dois chineses viajaram ao Japão no século III d.C. Eles registraram a existência de um Estado japonês unificado chamado Yamatai ou Yamato, na época governado pela rainha Himiko. No Japão antigo, foi muito comum o governo ser dirigido por mulheres.
A historiografia extremo-oriental começou a se desenvolver a partir de 1945, mas sabe-se que, na segunda metade do século IV, Yamato se desenvolveu tanto em sua política interna como em sua política externa.
Internamente, foi organizado um sistema político-administrativo no qual participavam do governo as famílias senhoriais que possuíam terras, o que era designado pelo título Uji, e que recebiam do rei um título kabane. Esse sistema ficou conhecido como Uji-kabane.
No panorama externo, uma expedição japonesa ocupou em 391 a província de Mimana, no sul da Coréia. O Japão extendeu seu domínio àquela região até o ano de 562.
A partir do século V, as famílias senhoriais com os títulos de Uji-kabane começaram a disputar influência entre si. Tais disputas se intensificaram no início do século VI, principalmente entre os clãs Mononobe e Soga. Tendo os Soga vencido, Shotuku, membro do clã e sobrinho da rainha Suiko, subiu em 593 ao poder.
Shotuku empreendeu diversas reformas políticas, não conseguindo, no entanto, dissolver o sistema Uji-kabane. Em seu governo, o rei, antes chamado de taiwo (grande rei), recebeu o título de tenno, que significa "soberano dos céus", passando a ser considerado o imperador supremo.
Também sob seu governo, o Budismo foi amplamente difundido. O Japão estreitou relações com a China e com a Coréia, o que acarretou a introdução do Confucionismo, a imigração e naturalização de trabalhadores estrangeiros e, com isso, o desenvolvimento de técnicas de metalurgia. Também foi adaptado para a escrita japonesa o kanji. O governo de Shotuku chegou ao fim em 621.
Em 645, os Soga foram destronados, e o sistema Uji-kabane foi finalmente dissolvido, entrando em atividade o novo sistema Ritsuryo. Seis meses depois de implantação, foi elaborado o Rescrito da Reforma, em que, por meio de quatro artigos, ficou estabelecido que as terras do Império seriam de propriedade do Estado.