Período Kofun
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Kofun (古墳) é o nome por que é conhecido o período da história do Japão compreendido entre 250 e 538 d.C. Kofun é também o nome que se dá aos túmulos característicos desta época.
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[editar] Túmulos Kofun
O período Kofun deve o seu nome (古墳 kofun, significa túmulo antigo) devido aos ricos rituais funerários e sepulcros característicos que tinham grandes câmaras funerárias de pedra.
No final deste período as selectas câmaras funerárias, utilizadas apenas pela elite no poder, também foram construídas para pessoas comuns.
Os Kofun tinham diversas formas, sendo as mais simples as redondas e as quadradas, sendo um estilo muito distinto o zempō kōen kofun, que era quadrado à frente e redondo atrás. Muitos kofun localizam-se em elevações naturais, que podem apenas ter sido trabalhadas para adquirirem a sua forma final.
O tamanho dos kofun varia desde alguns metros até cerca de 400 metros de comprimento, pensa-se que os maiores serão os túmulos dos imperadores, como Ojin e Nintoku. Os kofun também são classificados consoante o tipo de entrada na câmara funerária, tate-ana (se esta é vertical) ou yoko-ana (horizontal).
[editar] Sociedade Kofun
Durante o período Kofun, desenvolveu-se uma sociedade altamente aristocrática com governantes militares. A cavalaria usava armadura e transportava espadas e outras armas, à semelhante do que se passava no nordeste asiático também tinham métodos militares avançados. Estes avanços confirmam-se com a observação das figuras funerárias (haniwa, que literalmente significa anéis de barro), encontradas em milhares de kofun por tudo o Japão. Os haniwa mais importantes foram encontrados no Sul de Honshu (especialmente na região de Kinai próximo de Nara) e também no Norte de Kyushu. As ofertas fúnebres haniwa, podiam ser de várias formas, cavalos, galinhas, pássaros, peixes, casas, armas, escudos, guarda-sóis, almofadas e formas humanas, masculinas e femininas. Outra peça fúnebre, o magatama, tornou-se um dos símbolos do poder da casa imperial.
Muitos dos vestígios materiais do período Kofun mal se conseguem distinguir dos contemporâneos da península coreana, demonstrando que nesta época o Japão mantinha relações políticas e económicas próximas com a Ásia Continental, através da Coreia. De facto, encontraram-se espelhos de bronze feitos do mesmo molde de ambos os lados dos estreitos.
O período Kofun foi uma etapa crítica no rumo do Japão no sentido de o tornar um estado mais coeso e reconhecido. Esta sociedade teve o seu maior desenvolvimento na região de Kinai e na parte Este do mar interior de Seto (mar que separa Honshu, Shikoku, e Kyushu). Os governantes japoneses desta época chegaram a enviar pedidos formais à corte chinesa para que confirmassem os seus títulos reais.
A organização típica do período Yamato, que emergiu nos finais do século V, distinguia-se pela existência de grandes e poderosos clãs, cada um deles liderado por um patriarca que realizava rituais sacrados ao kami (deus) do clã, para assegurar o bem-estar do clã a longo prazo. Os membros dos clãs formavam a aristocracia, e a linha real que controlava a corte Yamato era o topo desta aristocracia. O perído Kofun é por vezes chamado período Yamato por alguns académicos ocidentais, uma vez que o domínio local existente levou à formação da dinastia imperial no fim do período Kofun. Os arqueólogos japoneses, pelo contrário, dão ênfase ao facto de na primeira metade do período outros chefes regionais, como em Kibi próximo da actual Okayama, estarem em disputa cerrada pela coroa.
[editar] Introdução do Budismo
No final do período Kofun verificaram-se mais trocas entre o Japão e a Ásia continental. O budismo foi introduzido vindo da Coreia, provavelmente por volta do ano 538, expondo o Japão a uma nova doutrina religiosa. Os Soga, uma família que frequentava a corte e que aumentou a sua importância em função da subida ao poder do imperador Kinmei, em 531, favoreceu a adopção do budismo e de modelos governamentais e culturais baseados no confucianismo chinês. Mas algumas famílias resistiram à adopção desta influência forasteira, como os Nakatomi (posteriormente conhecidos como Fujiwara), que eram os responsáveis pela execução dos rituais shinto na corte, e os Mononobe, um clã militar. Os Soga introduziram as políticas do modelo fiscal chinês, e criaram o primeiro tesouro nacional. A animosidade continuou entre os Soga e os clãs Nakatomi e Mononobe durante mais de um século, durante o qual os Soga tiveram algum ascendente.
Considera-se que o período Kofun acabou em 538, quando o uso dos elaborados kofun pelos Yamato e outras elites se perdeu, devido às novas crenças budistas, que punham maior ênfase no carácter efémero da vida humana. O uso de kofun manteve-se contudo até ao final do século VII, por pessoas comuns e elites de regiões distantes, e túmulos simples mas selectos continuaram a ser usados durante o período seguinte.
[editar] Referências
Artigo Wikipedia na língua inglesa;