Peroxissoma
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Peroxissoma é um organito ou organela esférica, envolvida por uma membrana, vesicular presente no citoplasma, sobretudo em células vegetais. São relativamente pouco conhecidos, mas sabe-se que exercem função. No metabolismo celular encontra-se o peróxido de hidrogénio (H2O2) (a água oxigenada, substância potencialmente tóxica ao organismo por ser uma fonte de radicais livres). Nela está presente uma típica enzima chamada catalase que reparte o peróxido de Hidrogénio em água, H2O e oxigênio, O2 molecular.
Este organelo tem uma grande importância visto que tem a capacidade de degradar compostos tóxicos para a célula transformando-os em compostos menos tóxicos. Os produtos que vão ser degradados são marcados pela pex5 que os leva até ao peroxissoma onde atuam sobre ele as catalases e as oxidases que são enzimas que catalisam a sua transformação em peróxido de hidrogênio.
Os peroxissoma são organelas de dupla membrana, 0,2 a 1 micrometros de diâmetro que estão presentes na maioria das células. Em mamíferos, estas organelas foram consideradas sem importância até que Goldfischer descobriu a ausência dessas organelas no fígado e no túbulo proximal renal em pacientes com síndrome de Zellweger (cérebro-hepatorenal). É uma doença congênita, descrita clinicamente pela primeira vez em 1964, que envolve o cérebro, fígado, glândula adrenal, ossos e rins. A falta dos peroxissomas causa doenças graves, assim como defeitos em suas enzimas, levam a falhas metabólicas (1).
As investigações neste campo tem sido intensas nas últimas duas décadas. Hoje, muitas enzimas são conhecidas por estarem localizadas nos peroxissomas, muitas das quais estão relacionadas ao metabolismo dos lipídeos. Em particular, Beta-oxidação de ácidos graxos de cadeia muito longa (VLCFA; isto é, ácidos graxos com 24 ou mais átomos de carbono) são metabolizadas inicialmente no interior do peroxissomas. Quando a cadeia carbónica é reduzida a um tamanho igual a 22 átomos de carbonos, a Beta-oxidação pode continuar no interior da mitocôndria(1).
Bibliografia 1. Manuela Martinez et al Am J Clin Nutr 2000;71(suppl):376-385