Prata (Minas Gerais)
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Município de Prata | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Prata é um município brasileiro localizado no estado de Minas Gerais que foi fundado pelo Major Antonio Eustaquio da Silva de Oliveira, através de uma bandeira originária da região do Desemboque (Alto Paranaiba) desbravadora das terras do Sertão da Farinha Podre, atual Triâgulo Mineiro, entre os anos de 1810 e 1812, tendo se emancipado em 15 de novembro de 1873.
Historiadores asseguram que em Prata, por volta do ano de 1857, pela primeira vez, houve um movimento pela emancipação do Triângulo Mineiro do Estado de Minas Gerais, sob o argumento de que o governo mineiro pouco fazia pelo desenvolvimento da região, pois não investia em estradas, saúde e educação, relegando a região ao esquecimento.
A cidade de Prata (maior município em extensão territorial da região) está situada às margens da BR-153 (Transbrasiliana), no centro do Triângulo Mineiro à 80 km de Uberlândia (MG), 141 km de Uberaba (MG), 182 km de Barretos (SP), 200 km de São José do Rio Preto (SP), 308 km de Goiânia, 500 km de Brasília, 532 km de São Paulo, 640 km de Belo Horizonte e 980 Km do Rio de Janeiro.
Seu clima é Tropical Semi-Úmido, com chuvas de verão e seca de inverno. Temperatura Média Anual de 24ºC, mínima de 7ºC no inverno e máxima de 40ºC no verão. Pluviosidade Média Anual de 1.500mm.
O relevo é Planalto sedimentar medianamente dissecado na maior parte, relevos residuais a oeste e planície fluvial a leste. A vegetação é o Cerrado (predominantimente) e floresta tropical no vale dos principais rios.
- Rios: Tejuco, da Prata, Verde ou Feio, Douradinho, Cocal, do Peixe.
- Atividades econômicas: Pecuária (bovina, suína), Agricultura (cana de açucar, laranja, soja e abacaxi), Indústria (laticínios, alimentícia, química, madeira para fabricação de lápis e transformação).
Neste Município foram localizados fósseis do maior dinossauro encontrado no Brasil, que viveu há mais de 80 milhões de anos na região da Serra da Boa Vista, distante cerca de 40 Km da cidade de Prata, cujo nome científico foi denominado de 'MAXAKALISAURUS TOPAI', e popularmente escolhido de DINOPRATA, após votação popular, valendo destacar que a réplica do titanossauro (montada em resina), com cerca de 13 metros de comprimento, está exposta no Museu Nacional no Rio de Janeiro, desde 28 de agosto de 2006 (veja importante e detalhado boletim oficial do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro sobre a descoberta e as pesquisas lideradas pelo Professor e Paleontólogo Alexander Kellner):[1]
"Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro descreveram e remontaram o esqueleto fossilizado encontrado no município de Prata, no Triângulo Mineiro, no Estado de Minas Gerais. Um gigante acaba de ser adicionado à lista ainda modesta mas crescente dos dinossauros brasileiros. Com 13 metros de comprimento e nove toneladas, o Maxakalisaurus topai é o maior dino descrito no país, afirmam os pesquisadores do Rio de Janeiro que apresentaram o bicho ao público ontem. Junto com a descrição da nova espécie, o paleontólogo Alexander Kellner e seus colegas inauguraram uma reconstrução completa do esqueleto do grande réptil, exposta no Museu Nacional da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Ao lado da réplica de resina o público pode ver também alguns dos fósseis reais do bicho. "Com toda certeza é o maior dinossauro com nome e sobrenome científicos no Brasil, embora existam materiais maiores que ainda não foram devidamente estudados", diz Kellner, autor da pesquisa ao lado de colaboradores do Museu Nacional e do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral). A descrição do animal está na edição deste mês da revista científica "Boletim do Museu Nacional". Quinto elemento Com estimados 80 milhões de anos de idade, o M. topai foi um comedor de plantas da mesma linhagem que gerou os maiores animais terrestres de todos os tempos. Quatro de seus "primos" do grupo dos titanossauros já tinham sido identificados no Brasil e, tal como ele, vieram do conjunto geológico conhecido como grupo Bauru, que engloba boa parte de Minas Gerais e São Paulo. Seu esqueleto maciço foi exposto pela primeira vez durante a construção de uma estrada na Serra da Boa Vista . Foi preciso trabalhar de 1998 a 2002 para extrair seis toneladas de fóssil. "Só as vértebras dorsais pesavam uma tonelada e meia", conta Kellner. Parte do material fóssil estava articulado (na posição em que se encontraria em vida), com alguns outros pedaços mais espalhados. Segundo o paleontólogo, isso sugere a presença de dois indivíduos da espécie, embora seja difícil confirmar isso. O nome da espécie foi escolhido para homenagear os índios maxacalis, de Minas, e uma divindade da etnia, chamada Topa. Ainda que incompleto, o fóssil traz bastante informação sobre a espécie: há vértebras do pescoço até o rabo, um pedaço do maxilar com dentes, ossos das patas traseiras e dianteiras e do peito. De lambuja, o grupo achou também grandes osteodermas -calombos ósseos que recobriam o couro do animal e são típicos dos titanossauros. Apesar do tamanho, o bicho mostra que a vida no Cretáceo, a última fase da Era dos Dinossauros, não era mole para herbívoros. Alguns de seus ossos fósseis têm marcas de dentadas, provavelmente deixados por carnívoros que o atacaram ou comeram sua carcaça. Pode ser que o M. topai tenha tido parentes argentinos. Traços como os osteodermas volumosos e as vértebras da cauda achatadas o aproximam do grupo dos saltassaurinos, achados na Argentina, "embora ele provavelmente fosse mais primitivo que eles", diz Kellner. O trabalho teve apoio da Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro) e do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Os pesquisadores querem lançar um concurso para "batizar" o esqueleto, que já está em exposição no Museu Nacional. (fonte jornalista Reinaldo José Lopes, Folha de S. Paulo - 29.08.2006, pág. A14)"