Punk rock brasileiro
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O punk rock brasileiro surgiu como crítica à censura e à repressão do regime militar, no final da década de 70.
[editar] História
O punk rock brasileiro nasceu como uma crítica ao regime militar brasileiro, implantado pelo golpe de 64, devido, principalmente à censura e à violenta repressão aplicadas pelo governo. Muitas canções da primeira geração do punk rock brasileiro são considerados, até atualmente, hinos de crítica ao governo. A mais conhecida, é, sem dúvida, Que País É Este, da banda brasiliense Aborto Elétrico.
O primeiro álbum de punk rock brasileiro foi o Grito Suburbano, compilação DIY com Inocentes, Olho Seco e Cólera . Em 1982 o primeiro grande evento, O Começo do Fim do Mundo, surgiu como o marco inicial do punk rock brasileiro, com 20 bandas da cidade de São Paulo e do ABC paulista. A apresentação terminou em um confronto com a polícia.
Houve também o surgimento de importantes bandas de punk rock em Brasília.
No final da década de 80 e início da década de 90, o punk rock brasileiro teve algumas baixas com bandas se separando, mudando de estilo, casas de shows sendo fechadas e estagnação criativa.
Nos anos 90 o punk rock voltou com tudo a cena no Brasil, muito graças à divulgação do estilo pela internet e pelo então interesse de algumas gravadoras e da mídia por novas bandas de rock.
Começaria então a era do hardcore melódico no Brasil, com nomes como CPM22, Dead Fish, Dance of Days e Garage Fuzz encabeçando a lista das dezenas de bandas que apareceram deste estilo que sugriram nos anos 90. Vendo a chance de voltar à ativa, muitas bandas da primeira geração do punk brasileiro voltaram com tudo à cena. Não que essas bandas tenham parado, mas estavam meio que "de férias forçadas", afundadas no ostracismo. Foram os casos de nomes importantes como Inocentes, Cólera e Garotos Podres, que a partir do final dos anos 90 retomaram de vez suas atividades e tiveram um novo recomeço.
A partir da segunda metade da década de 90, novas bandas de punk rock surgiram, resgatando o estilo original 77, com pegadas street punk e com uma cara nova para o punk brasileiro. Dentre essas bandas destacam-se nomes como Blind Pigs, Lambrusco Kids, Excluidos e Flicts, todas formadas de 1995 para frente.
A partir do ano 2000, com novas casas de shows underground abrindo em todas as cidades brasileiras e com a firmação da internet como veículo principal de divulgação das bandas, ocorreu uma verdadeira explosão na cena e os nomes de bandas se multiplicaram às centenas.
E também começa a partir de 2000 a era dos shows internacionais de bandas punks no Brasil, com destaque para o lendário selo e produtora independente Ataque Frontal, que foi a grande responsável pela inserção da cena punk brasileira no mapa do punk rock mundial, trazendo bandas consagradas para os palcos brasileiros, dentre elas: Stiff Little Fingers, UK Subs, Exploited, Lurkers, Vibrators, GBH, Toy Dolls, Dead Kennedys, Agnostic Front, 999, Rezillos, entre muitas outras.
O novo capítulo da história do punk rock no Brasil ainda está por ser escrito, mas os pilares e as bases que sustentam o movimento vivo estão mencionadas acima. Punk's not dead!!!
[editar] Livros sobre o movimento punk
- Mate-me Por Favor (Please Kill Me) (Legs McNeil e Gillian McCain)
- Lobotomy: Surviving the Ramones (Dee Dee Ramone e Legs McNeil)
- O Diário da Turma 1976/1986: A História do Rock de Brasília (Paulo Marchetti)
- O Movimento Punk na Cidade (Janice Caiafe)
- Punk - Anarquia Planetária e a Cena Brasileira (Silvio Essinger)
- A Filosofia do Punk - Mais do que Barulho (Craig O'Hara)
- O que é Punk (Antônio Bivar)