Sílvio de Abreu
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Sílvio Eduardo de Abreu (São Paulo, 20 de dezembro de 1942) é um ator e autor de telenovelas brasileiro.
Índice |
[editar] Carreira
Formado em cenografia pela Escola de Arte Dramática de São Paulo, iniciou sua carreira como um ator pouco conhecido, atuando em teatro (Tchin Tchin, juntamente com Cleyde Yáconis e Stênio Garcia), telenovela (A Muralha, Os estranhos, A Próxima Atração) e cinema (A Super Fêmea, com Vera Fischer. Foi também diretor de filmes bastante identificados com a chamada pornochanchada, gênero em voga no nosso cinema nos anos 70, como A Árvore dos Sexos (1977) e Mulher Objeto (1980), este último considerado um dos grandes clássicos do gênero, com a musa Helena Ramos. Foi também assistente de Carlos Manga no filme O Marginal.
Sua estréia como autor de novelas se deu em 1977, ao adaptar juntamente com o crítico cinematográfico Rubens Ewald Filho o clássico romance Éramos Seis, em sua terceira versão para a televisão, de autoria de Maria José Dupré, para a TV Tupi, conseguindo um bom sucesso e firmando parcerias com dois atores que seriam freqüentes em seus trabalhos posteriores: Gianfrancesco Guarnieri (falecido em 22 de julho de 2006)e Nicete Bruno. A obra chamaria a atenção da concorrente da Tupi, a Rede Globo, que o contratou no ano seguinte. Sua estréia na Vênus Platinada se deu com Pecado Rasgado. A novela não seria um sucesso, devido um pouco à inexperiência de Sílvio no meio e a divergências com o diretor da trama, Régis Cardoso. Decidiu então se afastar da TV por um tempo, até atender ao chamado urgente para dar continuidade a Plumas e Paetês (1980/81), uma novela das sete até então escrita pelo já consagrado Cassiano Gabus Mendes, que no entanto sofrera um infarto e indicara seu nome para substituí-lo. Sílvio de pronto topou e, curiosamente sem ter visto um capítulo sequer da história, conseguiu aumentar sua audiência. Sílvio de Abreu é eternamente grato a Cassiano por essa segunda chance.
[editar] Anos 80 e 90
Prosseguiu com a novela Jogo da Vida (1981), um grande sucesso, baseada no conto homônimo de Janete Clair que também escreveu o argumento. Depois vieram inúmeras outras novelas de sucesso: Guerra dos Sexos (1983), que devido ao estrondoso sucesso acabou por consagrá-lo; foi uma divertida trama, com momentos puramente anárquicoso onde a comédia e o humor pastelão predominavam, Cambalacho (1986), Sassaricando (1987).
As principais produções nos anos 90 foram Rainha da Sucata (1990) marcou a estréia do autor no horário nobre, Deus Nos Acuda (1992) ganharia reprise somente em 2004 numa versão compactada em 80 capítulos, A Próxima Vítima (1995), que abordou temas como prostituição por vocação, homossexualidade feminina, traição, entre outros onde o suspense também predominava, e em sua reprise o final foi diferente. Para exportá-la ao exterior, foi preciso criar outro desfecho a fim de que não se perdesse o mistério. Silvio eliminou algumas cenas, a fim de manter a coerência da história; sua novela subseqüente, Torre de Babel (1998) foi alvo de várias críticas negativas por vários temas fortes sendo discutidos, como a retomada do lesbianismo, uso de drogas, violência doméstica e assassinatos frios. Escreveu também a minissérie Boca do lixo (1990), que consagrou a atriz Sílvia Pfeifer, então iniciante.
[editar] Curiosidades e supervisão de texto
O autor renovou a linguagem televisiva por meio da utilização de uma linguagem mais cinematográfica, ágil e vibrante, e pela incorporação da comédia nonsense, pastelão, como um gênero do meio.
Também escreveu a novela As Filhas da Mãe (2001), um fracasso de audiência - por isso a novela saiu do ar dez semanas antes do previsto, apesar de ser aclamada pelas classes A e B a novela não atingia o público maior - as classes D e E.
Sílvio, além de ser mestre em comédias, também é mestre no killer, desde A Próxima Vítima, exibida em 1995 e como fez recentemente com Belíssima.
Outra característica importante de Sílvio é a repetição de personagens em suas novelas, como em Rainha da sucata, onde a personagem Dona Armênia, de Aracy Balabanian e seus três filhos voltaram em sua novela seguinte, e Jamanta, de Cacá Carvalho, originalmente em Torre de Babel e posteriormente em Belíssima (2005), que foi seu trabalho mais recente.
Foi supervisor de texto também de Carlos Lombardi em sua primeira novela como autor titular: Vereda tropical (1984/1985), que lançou a linha homônima de perfumes femininos e de João Emanuel Carneiro em Da cor do pecado, também sua primeira novela solo (2004), ambas com grande sucesso; exercerá novamente esta função na primeira telenovela solo de Elizabeth Jhin, Eterna Magia, prevista para substituir a atual novela das seis, O Profeta, de Duca Rachid e Thelma Guedes, em maio de 2007.
[editar] Telenovelas
- 1977 - Éramos seis - com Rubens Ewald Filho
- 1978 - Pecado rasgado
- 1980 - Plumas e paetês - parcial
- 1981 - Jogo da vida
- 1983 - Guerra dos sexos
- 1984 - Vereda tropical - supervisão de texto
- 1986 - Cambalacho
- 1988 - Sassaricando
- 1990 - Rainha da sucata
- 1990 - Boca do lixo (minissérie)
- 1992 - Deus nos acuda
- 1995 - A próxima vítima
- 1998 - Torre de babel
- 2001 - As filhas da mãe
- 2004 - Da cor do pecado - supervisão de texto
- 2006 - Belíssima
[editar] Ligações externas
Site de Silvio de Abreu com biografia, curiosidades, novelas e mais