Satíricon
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- Nota: Se procura a banda de rock, consulte Satyricon (banda).
Satiricon é uma obra de Petrônio, escrita provavelmente cerca de 60 DC, que descreve as aventuras e desventuras do narrador, Encolpius, do seu amante Ascyltus e do belíssimo jovem Giton, que se intromete entre os dois amantes provocando ciúme e discussão. Juntamente com o poeta Eumolpus embarcam em aventuras diversas acabando naufragados nas mão de Circe, uma sacerdotisa do deus Príapo.
Desta sátira notável dos tempos do imperador Nero sobrevivem apenas fragmentos, dos quais o mais significativo é o afamado Banquete de Trimalquião, onde se fazem descrições detalhadas de um jantar luxuoso, extravagante e decadente oferecido pelo que se poderia chamar um "novo-rico" romano.
[editar] Enredo
Delicioso também é o episódio, em que (provavelmente) Eumolpus, quando servia em Pérgamo, seduz um jovem rapaz prometendo-lhe diversas prendas. Quando consegue finalmente concretizar a tão desejada relação sexual, a troco da promessa de um magnífico corcel, descobre que prometeu demais e não cumpre a sua promessa. Aborrecido o jovem ameaça contar ao seu pai. No entanto não há zanga que não possa ser ultrapassada, e uma noite, com muita arte e sedução, Eumolpus lá consegue que o jovem lhe permita satisfazer uma vez mais os seus desejos. Apesar dos protestos iniciais e das ameaças de contar ao pai, o jovem indica a Eumolpus que, se quiser, pode voltar a possui-lo. Eumolpus não se faz rogado e, cansado, cai a dormir. Mas o jovem adolescente, descobertos os prazeres do sexo passivo, quer mais e Eumolpus, no meio de muito arfar e suspirar, lá consegue arrefecer pela terceira vez os ardores do moço, caindo outra vez logo de seguida em sono pesado. Passado menos de uma hora é de novo acordado: "Porque é que estamos parados?" pergunta o jovem. Agastado e estafado Eumolpus responde: "Ou dormes ou vou já contar ao teu pai."