Sereno Chaise
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Prefeito de Porto Alegre | |
Mandato: | de 1 de janeiro de 1964 a 8 de maio de 1964 |
Precedido por: | José Loureiro da Silva |
Sucedido por: | Célio Marques Fernandes |
Data de nascimento: | 31 de março de 1928 |
Local de nascimento: | Soledade, RS |
Primeira-dama: | Terezinha Chaise |
Partido político: | PTB |
Profissão: | advogado |
Sereno Chaise (Soledade, 31 de março de 1928) é um advogado e político brasileiro. Trabalhista histórico, foi prefeito de Porto Alegre cassado pelo Golpe Militar de 1964, estando atualmente filiado ao Partido dos Trabalhadores e exercendo a presidência da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE).
No fim dos anos 40, estudante em Porto Alegre, Chaise aproximou-se da Ala Moça do PTB e tornou-se amigo de Leonel Brizola, com quem dividiu um quarto de pensão. Em 1950 elegeu-se vereador da capital do Rio Grande do Sul, pelo PTB, e seria presidente da Câmara Municipal. Na eleição seguinte, em 1954, não tentou a reeleição, para cooredenar a campanha de Brizola a prefeitura. Com Brizola eleito, tornou-se secretário de Governo.
Em 1958, Chaise é o segundo deputado estadual mais votado, com 16.614 votos, na eleição em que o PTB fez 24 das 55 cadeiras do Legislativo. Seria o líder do partido durante o governo do estado de Brizola.
No dia 10 de novembro de 1963 Chaise foi eleito prefeito de Porto Alegre, com cerca de 100 mil votos, derrotando Cândido Norberto, do Movimento Trabalhista Renovador, uma dissidência do PTB, por quase 40 mil votos. O mandato, iniciado no dia 2 de janeiro do ano seguinte, foi interrompido quatro meses depois, no dia 8 de maio, no contexto do Golpe Militar de 1964. Em 2 de abril daquele ano, o PTB organizou uma grande manifestação contra o golpe no Paço Municipal de Porto Alegre, com o presença de Chaise e Brizola. A resistência que se tentou organizar, à maneira da Campanha da Legalidade de 1961, acabou não ocorrendo, devido à decisão do presidente João Goulart de se exilar no Uruguai.
Logo depois do golpe, o prefeito chegou a ser preso, mas foi liberado e continuou seu governo até o dia 7 de maio, quando foi anunciada sua cassação, por força do Ato Institucional nº 1, através do programa A Voz do Brasil, transmitido em rede nacional de rádio.
Chaise teve os direitos políticos cassados por 10 anos, mas apenas recuperou-os definitivamente na anistia, em 1979. Em 1966, entretanto, graças ao prestígio de Chaise, Terezinha Chaise, então sua mulher, foi eleita a deputada estadual mais votada do Brasil, concorrendo pelo MDB.
Após a redemocratização, participou da fundação do fundou Partido Democrático Trabalhista, depois do grupo de trabalhistas históricos liderados por Brizola perder a sigla PTB para o grupo de Ivete Vargas. Pelo PDT, foi candidato à governador do RS em 1994, como candidato oficial, uma vez que o então governador era o pedetista Alceu de Deus Collares. Entretanto, Chaise ficou apenas em quarto lugar, com 252.915 votos.
Em 1998, o PDT apoiou, no segundo turno, o PT de Olívio Dutra ao governo do Rio Grande so Sul, impedindo a reeleição de Antônio Britto. O apoio do PDT ao PT foi costurado pessoalmente por Chaise, na época presidente do partido no estado, que desejava uma coligação desde o primeiro turno. A participação do PDT no governo petista durou apenas um ano, período em que Chaise foi vice-presidente do Banrisul. Contrário à saída do PDT do governo, Chaise filiou-se ao PT juntamente com Dilma Roussef, Emília Fernandes e Milton Zuanazzi. Com esta decisão, Chaise rompeu piblicamente com Brizola. Após a morte deste, Chaise lamentou não ter se reconciliado com o amigo de longa data.
Após a eleição presidencial de Luís Inácio Lula da Silva, Sereno Chaise tornou-se diretor financeiro da Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica. Depois, em 3 de abril de 2006, assumiu a presidencia da CGTEE, em substituição a Júlio Quadros.
Precedido por José Loureiro da Silva |
Prefeito de Porto Alegre 1964 |
Sucedido por Célio Marques Fernandes |