Thomas Cochrane
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O Lorde Thomas John Cochrane, herdeiro dos Condes de Dundonald, (Annsfield, 1775 — Londres, 1860) foi um militar britânico, almirante escocês da Marinha Real britânica, destacou-se nas lutas de emancipação da América Latina em relação a Espanha e Portugal.
Ingressou na Armada britânica em 1793 com a idade de 17 anos na qualidade de guarda-marinha.
Combateu estoicamente nas Guerras contra Napoleão, tendo demonstrado tanta ousadia em suas operações navais que o próprio imperador francês o apelidou de Loup de Mer (lôbo do mar). Paralelamente à sua carreira naval foi eleito membro do Parlamento. Resultou condenado à prisão em 1814, por haver realizado supostas atividades fraudulentas, vendo-se obrigado a abandonar a carreira naval.
Em maio de 1817 foi contratado pelas forças independentistas chileno-argentinas para que comandasse a Esquadra que tinha por missão eliminar o poder realista assentado no Vice-reinado do Peru, sendo sua contribuição decisiva na guerra, colaborando com os generais Bernardo O'Higgins e José de San Martín.
Tomou parte nas lutas da independência na Bahia e do Maranhão em 1823. Feito pelo imperador D. Pedro I marquês do Maranhão.
Entre 1821 e 1825, Cochrane ajudou os independentistas brasileiros, lutando contra a frota naval lusitana. Também combateu em Pernambuco em 1824 a Confederação do Equador, no Nordeste brasileiro, ajudando a derrotá-la. Tentou inutilmente receber pagamento no Brasil pelos serviços e como não foi atendido, levou alguns navios como indenização.
Após finalizar sua participação no Brasil, dois anos mais tarde, intervém na guerra de Independência da Grécia, enfrentando, nesta oportunidade, os navios do Império Otomano (1827-1828).
Regressou ao Reino Unido em 1830. Em 1831, com a morte de seu pai, tornou-se o Décimo Conde de Dundonald. Em 1832 foi readmitido na Armada britânica, onde chegou a alcançar a patente de almirante. Morreu em Londres em 1860 aos 85 anos.