Pernambuco
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Hino | |||||
Localização | |||||
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Região | Nordeste | ||||
Capital | Recife | ||||
Estados limítrofes | Bahia, Piauí, Alagoas, Ceará e Paraíba | ||||
Mesorregiões | 5 | ||||
Microrregiões | 18 | ||||
Municípios | 185 | ||||
Características geográficas | |||||
Área | 98.311,616 km² | ||||
População | 8.413.593 hab. IBGE/2005 | ||||
Densidade | 80,65 hab./km² | ||||
Clima | tropical atlântico (no litoral) e semi-árido (no sertão) Af, Bsh | ||||
Indicadores | |||||
Analfabetismo | 21,4%% IBGE/2003 | ||||
Mortalidade infantil | 38,7‰ 2003 | ||||
Expectativa de vida | 67,1 anos 2004 | ||||
Índice Gini | 0,560 IBGE/2004 | ||||
IDH | 0,705 PNUD/2000 | ||||
PIB | R$ 47.697.442 mil IBGE/2004 2,7% do nacional |
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PIB per capita | R$ 5.730,00 IBGE/2004 | ||||
Outros | |||||
Gentílico | Pernambucano (a) | ||||
Sigla | BR-PE |
Pernambuco é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado no centro-leste da região Nordeste e tem como limites os estados da Paraíba e Ceará (NO), oceano Atlântico (L), Alagoas e Bahia (S), e Piauí (O) e ocupa uma área de 98.937,8 km² (pouco menor que a Coréia do Sul). Também faz parte do seu território o arquipélogo de Fernando de Noronha. Sua capital é a cidade de Recife (a sede administrativa é o Palácio do Campo das Princesas).
A origem do nome Pernambuco é controversa, alguns estudiosos afirmam que era a denominação nas línguas indígenas locais da época do descobrimento para o pau-brasil (Caesalpinia echinata). A mais aceita no entanto é que o nome vem do tupi Paranã-Puca, que significa "onde o mar se arrebenta", uma vez que a maior parte do litoral do estado é protegida por paredões de recifes de coral.
Os municípios mais populosos são Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Caruaru, Petrolina, Cabo de Santo Agostinho, Garanhuns e Vitória de Santo Antão.
Índice |
[editar] História
A história de Pernambuco começa com a expedição de Gaspar de Lemos, em 1501, que teria criado feitorias ao longo da costa da colônia portuguesa e muito provavelmente na Ilha de Itamaracá, local ao qual, anos depois, Cristóvão Jacques estaria incubido da sua defesa. Erguida, provavelmente, na entrada do Canal de Santa Cruz, em Itamaracá a feitoria teria por objetivo estebelecer vínculos com os nativos, obter informações acerca das possíveis riquezas do interior e vigiar o litoral de possíveis investidas de navios de outras nações. É oficializada em 1532, quando foi criada a capitania de Pernambuco (ou Nova Lusitânia), doada a Duarte Coelho Pereira, que fundou Igarassu e Olinda e iniciou a cultura da cana-de-açúcar. Em 1630, a capitania foi invadida pela Companhia das Índias Ocidentais, que, desembarcando na praia de Pau Amarelo, derrotou a frágil resistência portuguesa na passagem do Rio Doce, invadiu sem grandes contratempos Olinda e derrotou a pequena, porém aguerrida, guarnição do forte (que depois passaria a ser chamado de Brum), porta de entrada para o Recife através do istmo que ligava as duas cidades. (Mauritsstad, ou Mauricéia), até então com poucos habitantes portugueses. Maurício de Nassau ajudou a desenvolver a cidade, com diversas obras de infra-estrutura, benefícios fiscais e empréstimos. Neste período, Recife foi considerada a mais próspera e urbanizada cidade das Américas e com a maior comunidade judaica de todo o continente. Por diversos motivos, sendo um dos mais importantes a exoneração de Maurício de Nassau do governo da capitania pela WIC, o povo de Pernambuco se rebelou contra o governo, juntando-se à fraca resistência ainda existente. Com a chegada gradativa de reforços portugueses, os holandeses por fim foram expulsos em 1654, na segunda Batalha dos Guararapes. Foi nesta ocasião que se diz ter nascido o Exército brasileiro.
Após a expulsão holandesa, o estado passou a declinar junto com restante do Nordeste, devido à transferência do centro político-econômico para o Sudeste, o que resultou em conflitos como a Confederação do Equador, movimento separatista pernambucano. A qualidade do açúcar refinado holandês, agora produzido nas Antilhas, superior ao mascavo brasileiro, também ajudou a acelerar a decadência do estado, que era baseado nos latifúndios de cultivo de cana-de-açúcar. Buscando novos meios de renda, aumenta o comércio no estado gradativamente. Este efeito foi estopim de revoltas como a Guerra dos Mascates.
Atualmente há diversos Engenhos de cana-de-açúcar abertos a visita, permitindo um mergulho profundo na cultura da região através do turismo rural.
[editar] Educação
As principais instalações educacionais do estado estão concentradas na capital, que conta com a oitava melhor universidade pública do país, a UFPE.
Matrículas (Total) | Matrículas (Escolas Públicas) | Matrículas (Escolas Privadas) | Docentes (Total) | Docentes (Escolas Públicas) | Docentes (Escolas Privadas) | Escolas (Total) | Escolas Públicas | Escolas Privadas | |
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Ensino Pré-Escolar | 270.145 | 154.648 | 115.997 | 14.577 | 7.839 | 6.738 | 6.545 | 4.222 | 2.323 |
Ensino Fundamental | 1.752.632 | 1.523.737 | 228.895 | 73.635 | 58.168 | 15.467 | 10.488 | 8.511 | 1.977 |
Ensino Médio | 425.890 | 395.897 | 59.903 | 20.200 | 14.883 | 5.317 | 1.118 | 762 | 356 |
Ensino Superior | 116.561 | 31.127 | 55.434 | 6.977 | 4.180 | 2.797 | 72 | 18 | 54 |
[editar] Ensino superior
Pernambuco tem suas principais faculdades e universidades fundadas no século XIX e XX. Algumas se destacaram nacionalmente, como a centenária Faculdade de Direito do Recife, fundada a 11 de agosto de 1827, aprovada juntamente com a de São Paulo, ainda sob governo de Dom Pedro I. Nela importantes nomes da história brasileira estudaram, destacando o poeta, abolicionista e escritor baiano Castro Alves e o diplomata, escritor e politico abolicionista Joaquim Nabuco.[1] Outras se destacaram pelo pioneirismo, como a UFPE, que, completando 60 anos em 2006, é uma das mais antiga instituições federais do Brasil. [2]
[editar] Saúde
Mortalidade infantil | 41,2‰ [3] |
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Médicos | 12,6 por 10mil hab. |
Leitos hospitalares | 2,7 por 1000 hab. |
Apesar da grande carência de instalações de saúde básicas no interior do estado, a capital possui dezenas de grandes hospitais e três grandes hospitais públicos (da Restauração, Barão de Lucena e Getúlio Vargas, além do Hospital das Clínicas, da UFPE) que atendem a enfermos de toda a Região Metropolitana e também dos oriundos do interior. O pólo de hospitais particulares, equipados com máquinas de última geração, faz da capital Recife o segundo maior pólo médico e hospitalar do Brasil. [4]
[editar] Demografia
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Brancos | 37% | |
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Negros | 4% | |
Pardos | 58% |
Segundo o IBGE, o estado de Pernambuco tem aproximadamente 8.413.593 habitantes em 2005, dos quais a maioria é parda. Pernambuco tem 47% de homens, e 53% de mulheres, também segundo o IBGE.
[editar] Economia
A economia se baseia na agricultura (cana-de-açúcar, mandioca), pecuária e criações, bem como na indústria (alimentícia, química, metalúrgica, eletrônica, têxtil). O pau-brasil despertou a cobiça dos europeus talvez mesmo antes da descoberta do Brasil.
A economia de Pernambuco, após ficar estagnada durante a "década perdida" de 1985 a 1995, vem crescendo rapidamente do final do século XX para o começo do século XXI. Em 2000, o PIB per capita era de R$ 3.673,00 , totalizando um crescimento de mais de 40% nesse período, e mais de 10% ao ano.
Desde o início da dominação portuguesa, o estado foi basicamente agrícola, tendo destaque na produção nacional de cana-de-açúcar devido ao clima e ao solo tipo massapê. Nas últimas décadas, porém, essa quase dedicação exclusiva à produção de açúcar e álcool da cana-de-açúcar vêm terminando.
Vêm sendo explorados recentemente novas fontes de extrativismo, além de floricultura e o setor industrial em torno da empresa de Suape, fundada em 1979. Os principais empreendimentos são dos setores alimentício, químico, de materiais elétricos, comunicações, metalúrgica e minerais não-metálicos. Também tem grande destaque internacional a produção irrigada de frutas ao longo do rio São Francisco - quase que totalmente voltada para exportação - concentrada na cidade de Petrolina, em parte devido ao aeroporto internacional, com grande capacidade para aviões cargueiros da cidade. O município de Gravatá é o segundo maior pólo floricultor do país, atrás somente de São Paulo.
O crescimento da monocultura de cana-de-açúcar (aumento de 20% entre a safra de 1999 e a de 2000) vem diminuindo a cada ano, e eventualmente será nula, posteriormente tendendo a regredir. Perde espaço para a indústria, comércio e serviços no estado.
[editar] Indústria e tecnologia
Entre 1997 e 1999, a empresa de Suape - grande complexo industrial e portuário do litoral sul do estado - teve crescimento de 16,7%. O estado tem a segunda maior produção industrial do Nordeste, ficando atrás apenas da Bahia. No período de outubro de 2005 a outubro de 2006, o crescimento industrial do estado foi o segundo maior do Brasil - 6,3%, mais do dobro da média nacional no mesmo período (2,3%). [6]
Outro segmento que merece destaque é o de extrativismo mineral. O pólo gesseiro de Araripina é o fornecedor de 95% do gesso consumido no Brasil.
O pólo de informática do Recife - Porto Digital - apesar de criado há apenas 6 anos, está entre os cinco maiores do Brasil. Emprega cerca de três mil pessoas, e tem 3,5% de participação no PIB do estado. [7]
[editar] Indicadores
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Agropecuária | 7,7% | |
Indústria | 33,3% | |
Comércio e Serviços | 59% |
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Açúcar | 40% | |
Petroquímicos | 11% | |
Peixes e Crustáceos | 10% | |
Frutas | 9% | |
Materiais Elétricos | 9% | |
Outros | 21% |
- PIB - O Produto Interno Bruto de Pernambuco foi de R$ 42.260.926 mil em 2003 [8], correspondente a 2,7% do PIB nacional. Em 10 anos, o PIB aumentou mais de cinco vezes (1994-2004).
- Exportações - O principal produto exportado pelo estado é a cana-de-açúcar cultivada na Zona da Mata. Em 2001, as exportações totalizaram US$ 335 milhões.
[editar] Energia elétrica
Após a privatização da CELPE (vendida para a espanhola Iberdrola), o Estado passou a comprar a maioria de sua energia da Termopernambuco, termelétrica do grupo Neoenergia, que por sua vez tem a CELPE como distribuidora, passando a ter uma das tarifas de energia elétrica mais caras do país.
[editar] Geografia
Pernambuco é um dos menores estados do país. Apesar disso, possui paisagens variadas: serras, planaltos, brejos, manchas de semi-aridez no interior, e algumas das mais belas praias do Brasil na sua costa. O estado tem altitude crescente do litoral ao sertão - as planícies litorâneas ficam ao nível do mar, e os planaltos e montanhas do interior ultrapassam os 1000m de altitude.
Faz divisa com Paraíba e Ceará ao norte, Alagoas e Bahia ao sul, Piauí ao oeste e o oceano Atlântico ao leste. Tem 187 km de costa, excluindo a costa do arquipélago de Fernando de Noronha. O arquipélago é visitado por turistas do mundo todo e nativos do estado, que em geral partem do porto do Recife Antigo em cruzeiros internacionais.
[editar] Relevo
O relevo é moderado: 76% do território estão abaixo dos 600m. O litoral é uma grande planície sedimentar, quase que em sua totalidade ao nível do mar, tendo alguns pontos abaixo do nível do mar. Nessas planícies estão as principais cidades do estado, como Recife e Jaboatão dos Guararapes. A altitude aumenta conforme aumenta a distância da costa. No Agreste há picos com 1200 m de altitude, e os planaltos tem cerca de 800 m de altitude.
A Zona da Mata é marcada por formações onduladas ou melonizadas, caractísticas denomidas pelo geógrafo Aziz AbSaber como Domínio dos Mares-de-Morro.
A principal formação geológica na faixa de transição da Zona da Mata para o Agreste é conhecido popularmente como Serra das Russas, porém, trata-se da borda ocidental do Planalto da Borborema, domo que corta alguns estados do Nordeste.
O Agreste localiza-se sobre este planalto, sua altitude média é de 400m, podendo passar dos 1000m nos pontos mais elevados. A estrutura geológica predominante é a cristalina, sendo responsável, junto com o clima semi-árido, por formações abruptas (pedimentos e pediplanos).
No Sertão as cotas altimétricas decrescem em direção ao Rio São Francisco, formando, em relação ao Planalto da Borborema uma área de depressão relativa. As formações geomorfológicas predominantes são os inselbergues, serras e chapadas, estas últimas aparecendo em áreas sedimentares.
[editar] Clima
O Estado está inserido na zona intertropical, logo apresenta predominantemente temperaturas altas, todavia o quadro climático é bem diversificado devido à interferência do relevo e das massas de ar. Na Zona da Mata o clima é predominantemente pseudotropical, pois tem fortes chuvas no outono e inverno. Já na Agreste as condições climáticas são marcadas por características bem diversificadas por se tratar de uma região de uma ecótone, logo apresenta ora áreas mais úmidas e outras mais secas. No Sertão, o clima é semi-árido quente, devido à retenção das precipitações pluviais no Planalto da Borborema e correntes de ar seco provenientes do sul da África, entre outros fatores menos importantes.
No agreste e sertão aparecem áreas de exceções - principalmente cidades com microclima de altitude, com temperaturas que podem chegar a 8°C durante o inverno, como Triunfo, Garanhuns e Taquaritinga do Norte, que são considerados Brejos de Altitude. Outra excessão é a mesorregião do São Fransisco, mais úmida que circundantes por conta do Rio São Francisco e a irrigação proveniente dele.
[editar] Hidrografia
Há poucos lagos e lagoas no estado, como a Lagoa do Araçá e a Lagoa Olho D'Água, ambas na Região Metropolitana do Recife. No núcleo da cidade do Recife encontra-se dois belos cartões postais da cidade, os Açudes do Prata e de Apipucos, sendo o primeiro pertencente ao Parque Dois Irmãos. Além disso, existe um conjunto de reservatórios distribuídos por todo o estado, com destaque para o Reservatório de Jucazinho, considerado o maior de Pernambuco, localizado na região Agreste, próximo ao município de Surubim. Os manguezais são abundantes em todo o litoral, porém foram praticamente extintos na RMR devido à urbanização (com a excessão do maior mangue urbano do Brasil, cercado por bairros da zona sul da cidade). Porém, nos anos 90, houve programa de re-implantação do mangue nas margens do Rio Capibaribe, desenvolvido pela prefeitura do Recife, trazendo de volta a vegetação ao rio por toda a cidade.
[editar] Rios
São Francisco, Capibaribe, Ipojuca, Una, Pajeú e Jaboatão são os rios principais. O São Francisco é de importância vital para o interior do estado, principalmente para distribuição de umidade através de irrigação. Veja lista de rios de Pernambuco
[editar] Cidades mais populosas
As cinco cidades mais populosas do estado são: Recife (1.501.008), Jaboatão dos Guararapes (640.722), Olinda (384.510), Paulista (294.030) e Caruaru (278.655), segundo dados do IBGE de julho de 2005.
[editar] Transportes
A principal forma de transporte do estado é pelas rodovias. As mais importantes são a BR-101, que, avançando pela costa pernambucana, liga o norte ao sul do estado, passando pela RMR, e a BR-232, ligando a capital ao interior do estado, no sentido leste-oeste.
[editar] Portos e aeroportos
Pernambuco conta com o maior aeroporto do Norte-Nordeste, o Internacional dos Guararapes, também conhecido como Gilberto Freyre, com capacidade para 5 milhões de passageiros ao ano, 142 lojas e estacionamento com capacidade para 2.080 veículos. [9]
Pernambuco apresenta dois portos marítimos: o de Suape, segundo maior do Brasil, localizado no município de Ipojuca, e o do Recife, um dos mais antigos do Brasil, que muitos estudiosos afirmam ter dado início a Recife.
[editar] Rede ferroviária
O estado teve uma das primeiras ferrovias do país - a Recife-Cabo de Santo Agostinho, inaugurada a 8 de setembro de 1855, ainda no Brasil Império, construída para transporte de passageiros e carga. Logo após completada, foram iniciados os trechos Ipojuca-Olinda-Escada e em seguida Limoeiro-Ribeirão-Água Preta-Palmares. Em 1882, foi completado o trecho Palmares-Catende, seguido de Garanhuns (1887), Mimoso (1911), Arcoverde (1912) e Salgueiro.
A novidade provocou curiosidade e festividade entre os recifenses. Em sua estréia, o trem da linha Recife-Cabo, partindo do Forte das Cinco Pontas transportou mais de 400 pessoas. A locomotiva partiu às 12h e 30 minutos depois atingiu o ponto de chegada, onde uma multidão aguardava.
[editar] Transnordestina
Consiste em 867km de ferrovias interligando o centro do Nordeste com o Sudeste. Foi sugerida já no século XIX, e permaneceu como promessa até os dias de hoje. Cronologia:
- 1954: Foi autorizada durante o Encontro de Salgueiro (evento de criação da Sudene) a construção de um primeiro trecho Serra Talhada-Salgueiro, que deveria seguir até o Ceará - projeto datado do século XIX. Apesar da autorização, nada foi feito.
- 1987: Ministério dos Transportes apresenta outro projeto da Transnordestina, onde seriam construídas várias seções no interior do estado, além da recuperação de 1.635km de ferroviais. O investimento anunciado era de quase um bilhão de dólares (US$ 951,3 milhões). Nada foi feito.
- 1991: Profissionais da Rede Ferroviária Federal e do Departamento Nacional de Transportes Ferroviários vão a Petrolina, inspecionar a primeira etapa da Transnordestina, "iniciada" em 1990 (trecho Petrolina-Salgueiro). Surgem denúncias de superfaturamento nas contratações, e o governo federal imediatamente suspende a construção, sem que de fato houvesse sido construída seção alguma da ferrovia, nem a prometida recuperação dos 637km do trecho Salgueiro-Suape.
- 1998: Durante a onda das privatições do governo FHC, a Transnordestina não escapou. Passa a ser controlada até hoje pela Companhia Ferroviária do Nordeste, CFN, com promessas do governo de que ela finalmente seria construída, o que não ocorreu até hoje, completando mais de um século de espera para sua construção.
[editar] Metrô do Recife
Foi inaugurado em março de 1985, com a linha Werneck-Centro, de 6,2km de extensão. Seguiram-se construções de outras estações, e em outubro de 1986 chegou ao Terminal Integrado de Passageiros, TIP (rodoviária do Recife). Atualmente está sendo feito obras para a expansão da rede em direção ao aeroporto, apresentando projeto de integração com o mesmo.
[editar] Terminal Integrado de Passageiros
A unidade de integração metrô-ônibus foi inaugurada a outubro de 1986, sendo a segunda maior estação rodoviária do país. Ocupa 446.000 m², e possui diversas lojas em seus quatro pisos.
[editar] Litoral
O litoral do estado de Pernambuco tem cerca de 187 km de extensão, entre praias e falésias, zonas urbanas e locais praticamente intocados. Além das praias, possui o arquipélago de Fernando de Noronha, Patrimônio Natural da Humanidade, e suas 16 praias. Faz fronteira ao norte com a Paraíba e ao sul com Alagoas.
[editar] Litoral Sul
O litoral sul do estado, que têm cerca de 110km de praias, é famoso por diversas praias conhecidas nacional e internacionalmente, como Porto de Galinhas.
Turistas de todo o país se hospedam nos luxuosos hotéis e resorts do litoral. Conta também com importantes pólos industriais, principalmente petroquímicos, e o porto de Suape, de importância nacional.
Atualmente o litoral sul vive uma fase de progresso franco e rápido. Só na praia de Muro Alto, localizada no município de Ipojuca, foram investidos mais de R$ 70 mi pela iniciativa privada para a construção de resorts de nível internacional, aptos a receber hóspedes de todos os países. Através do Programa de Desenvolvimento Integrado do Turismo, no litoral sul foram investidos US$ 25 mi para obras de infra-estrutura, capacitação de mão-de-obra e preservação do patrimônio histórico. Com o Fundo de Amparo ao Trabalhador, foram capacitados cerca de 890 profissionais para a área de turismo. Pelo mesmo fundo, 2400 pessoas foram treinadas para trabalhar nas indústrias do litoral. [10]
Praia mais famosa do litoral sul, Porto de Galinhas ajuda a duplicar a população de Ipojuca todo verão. Os 60 mil habitantes do município desfrutam de 10 mil vagas de trabalho, diretas e indiretas, provenientes exclusivamente do turismo, ultrapassando a capacidade máxima de 7 mil postos oferecidos pelo secular trabalho nos latifúndios de cana-de-açúcar. Segundo a Associação da Indústria Hoteleira em Pernambuco (ABIH/PE), 90% da mão-de-obra empregada nos hotéis, restaurantes, lojas de artesanato e demais segmentos turísticos são oriundos da própria cidade de Ipojuca e arredores. [11]
As principais praias do litoral sul são as dos municípios de:
- Recife (Boa Viagem e Pina)
- Jaboatão dos Guararapes (Barra de Jangada, Candeias, Piedade)
- Cabo de Santo Agostinho (Calhetas, Enseada dos Corais, Gaibu, Itapuama, Paiva, Paraíso, Suape e Xaréu)
- Ipojuca (Camboa, Cupe, Muro Alto, Pontal de Maracaípe, Porto de Galinhas e Serrambi)
- São José da Coroa Grande (São José da Coroa Grande Barra da Cruz, Gravatá e Várzea do Una)
- Sirinhaém (Barra de Sirinhaém, Guadalupe e Gamela)
- Tamandaré (Tamandaré, Mamocambinhas e dos Carneiros)
As praias de Piedade e Candeias são densamente habitadas, cercadas por altos edifícios de luxo. A partir de Itapuama, o padrão das praias passa a ser de longas faixas de areia pouco habitadas, onde é praticado pelos nativos pesca e artesanato, e se encontram os diversos hotéis e resorts.
A economia do litoral sul não-urbano é baseado em turismo e artesanato. Em Porto de Galinhas, há diversos restaurantes, bares, lojas de artesanato e de artigos de mergulho, casas de shows, além de dezenas de hotéis e pousadas.
[editar] Litoral Norte
O Litoral Norte do Estado é mais densamente habitado do que o litoral sul, quase urbanizado por completo desde a Região Metropolitana do Recife até a fronteira da Paraíba. Tem um dos sítios históricos mais importantes da região, como a cidade de Olinda e a de Itamaracá, povoada desde 1508. Construções do brasil-colônia, como o Forte Orange, são muito visitados por turistas que passam pela região.
É característica do litoral norte suas formações geográficas mais variadas - ilhas fluviais como Itamaracá, diversos rios e suas desembocaduras, bancos de areia, entre outros. A fauna é variada, destacando-se as aves migratórias que periódicamente chegam à ilha Coroa do Avião e Fernando de Noronha. Ambas as ilhas têm estações de pesquisa ambiental.
Além das praias, também é conhecido por ter o Veneza Water Park, um dos maiores do Brasil, na praia de Maria Farinha.
As principais praias do Litoral Norte são as dos municípios de:
- Paulista (Maria Farinha, Conceição, Pau Amarelo e Janga)
- Goiana (Carne de Vaca e Ponta de Pedras)
- Itamaracá (Itamaracá e Gavoa)
- Olinda (Rio Doce e Casa Caiada)
[editar] Referências
[editar] Referências citadas
- ↑ Faculdade de Direito do Recife. Faculdade de Direito do Recife.
- ↑ Universidade Federal de Pernambuco. UFPE 60 Anos.
- ↑ IBGE. Breves notas sobre a mortalidade no Brasil no período 2000 – 2005.
- ↑ Governo do estado de Pernambuco. Pólo Médico.
- ↑ IBGE. População e Domicílios - PNAD 2004.
- ↑ Folha de Pernambuco/IBGE. Estado tem 2° melhor desempenho do ano no país.
- ↑ O Globo - RJ. Porto Digital torna Recife um pólo de informática.
- ↑ IBGE Estados@. PIB 2003.
- ↑ Fundação Joaquim Nabuco. Aeroporto Internacional dos Guararapes/Gilberto Freyre.
- ↑ Pernambuco.com. Potencial turístico desperta interesse de grandes construtoras para resorts.
- ↑ Pernambuco.com. Na alta estação a população de Ipojuca chega a duplicar com número de turistas.
[editar] Referências gerais
- Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, 1991 e 2000. Ranking do IDH-M das Unidades da Federação, versão html. Acessado em 23 de dezembro, 2006.
- Instituto Brasileiro de Geografia e Estátistica. Síntese de Indicadores Sociais 2006. Tabela 5.11 - Índice de Gini da distribuição do rendimento mensal das pessoas de 10 anos ou mais de idade, com rendimento, segundo as Grandes Regiões e Unidades da Federação - 2005.
- Instituto Brasileiro de Geografia e Estátistica. Contas Nacionais número 18 - Produto Interno Bruto dos Municípios, 2004. Tabelas de Resultados - Tabela 1 - Produto Interno Bruto per capita segundo Grandes Regiões, Unidades da Federação e Municípios - 2001-2004.
[editar] Ver também
- Aeroporto Internacional dos Guararapes
- Bandeira de Pernambuco
- Hino de Pernambuco
- Mesorregiões de Pernambuco
- Municípios de Pernambuco
- Lista de municípios do Estado de Pernambuco por população
- Lista de municípios do Estado de Pernambuco
- Lista de pernambucanos notáveis
[editar] Ligações externas
Regiões geoeconômicas | Amazônica | Centro-Sul | Nordeste |
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Regiões | Centro-Oeste | Nordeste | Norte | Sudeste | Sul |
Unidades federativas | Acre | Alagoas | Amapá | Amazonas | Bahia | Ceará | Distrito Federal | Espírito Santo | Goiás | Maranhão | Mato Grosso | Mato Grosso do Sul | Minas Gerais | Pará | Paraíba | Paraná | Pernambuco | Piauí | Rio de Janeiro | Rio Grande do Norte | Rio Grande do Sul | Rondônia | Roraima | Santa Catarina | São Paulo | Sergipe | Tocantins |