Trilobita
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![]() Estado de conservação: |
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![]() Asaphus sp. |
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Classificação científica | ||||||||
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Ordens | ||||||||
Os trilobitas são artrópodes pré-históricos característicos do Paleozóico, conhecidos apenas do registo fóssil. O grupo, classificado na classe Trilobita da sub-classe Trilobitomorpha, é exclusivo de ambientes marinhos.
Os trilobitas possuíam um exoesqueleto de natureza quitinosa, impregnado de carbonato de cálcio, que lhes permitiu deixar abundantes fósseis. Seu nome (trilobita) é devido a presença de três lobos que podem ser visualizados (na maior parte dos casos) em sua região dorsal (um central e dois laterais). Seu esqueleto era dividido em três partes:
- Céfalo, constituía a zona da cabeça, incluía os olhos e peças bucais;
- Tórax, zona intermédia e
- Pigídio, zona posterior, que inclui, em algumas espécies, espinhos e ornamentação variada.
Ao longo do crescimento, o exoesqueleto dos trilobitas, sofria várias mudas, como muitos artrópodes atuais. Desta forma, um único organismo pode ter dado origem à vários fósseis. Em média, os trilobitas atingiam entre 3 a 10 cm de comprimento, mas em alguns casos poderiam chegar a quase um metro de comprimento.
Os trilobitas eram, em sua maioria, animais marinhos bentônicos, que viviam junto do fundo em profundidades variáveis entre os 300 metros e zonas pouco profundas, perto da costa, contudo, havia também formas planctônicas. Sua alimentção poderia ser detritívora, filtradora ou carnívora (predadora ou carniceira). Seu range foi do Cambriano até o Permiano. No Cambriano ocuparam o topo da cadeia alimentar. O seu sentido da visão era extremamente apurado e foram os primeiros animais a desenvolver olhos complexos. As pistas deixadas pelo deslocamento dos trilobitas sobre o fundo mole, são conhecidas como Cruziana, Rusophycus e Diplichnites, sendo que o primeiro foi produzido quando o animal se deslocava mais lentamente, o segundo foi gerado pelo repouso temporário do animal sobre o fundo marinho e o ultimo em deslocamento mais rápido, sem se arrastar no sedimento. Quando alguns achados mostram-se juntamente com seus produtores são muito importantes para a icnologia. Os trilobitas surgiram no início do Paleozóico, no Período Cambriano, e desapareceram no fim, no Período Permiano, na extinção permo-triásica. O grupo tem importância estratigráfica como fósseis de idade no Cambriano.