Vício de linguagem
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Se tem algum conhecimento sobre este assunto, por favor verifique a consistência e o rigor deste artigo.
Vícios de linguagem são, segundo Napoleão Mendes de Almeida, palavras ou construções que deturpam, desvirtuam ou dificultam a manifestação do pensamento.
Índice |
[editar] Lista de vícios de linguagem
[editar] Ambigüidade
Ambiguidade é a possibilidade de uma mensagem admitir mais de um sentido. Ela geralmente é provocada pela má organização das palavras na frase.
Ex:
- "A mãe encontrou o filho em seu quarto." (No quarto da mãe ou do filho?)
- "Como vai a cachorra da sua mãe?" (Que cachorra? a mãe ou a cadela criada pela mãe?)
[editar] Barbarismo
Barbarismo, peregrinismo ou estrangeirismo (para os latinos qualquer estrangeiro era bárbaro) é o uso de palavra, expressão ou construção estrangeira no lugar de equivalente vernácula.
De acordo com a língua de origem, os estrangeirismos recebem diferentes nomes:
- galicismo ou francesismo, quando provenientes do francês (de Gália, antigo nome da França);
- anglicismo, quando do inglês;
- castelhanismo, quando vindos do espanhol;
- etc.
Ex:
- Mais penso, mais fico inteligente (galicismo; o mais adequado seria "quanto mais penso, (tanto) mais fico inteligente");
- Todos os dois estavam errados (galicismo; o mais adequado seria "ambos estavam errados");
- Comeu um roast-beef (anglicismo; o mais adequado seria "comeu um rosbife");
- Havia links para sua página (anglicismo; o mais adequado seria "Havia ligações (ou vínculos) para sua página".
- Vou estar disponibilizando o material (anglicismo; o mais adequado seria "Deixarei o material à disposição").
- Eu love Jesus! (anglicismo; o mais adequado seria "Eu amo Jesus").
OBS: Há quem considere barbarismo também erros de pronúncia, grafia, morfologia etc, tais como "adevogado" ou "eu fazi", pois seriam atitudes típicas de estrangeiros, por não conhecerem a língua.
[editar] Cacofonia
A cacofonia é um som desagradável ou obsceno formado pela união das sílabas de palavras contíguas. Por isso temos que cuidar quando falamos sobre algo para não estarmos ofendendo a pessoa que ouve. São exemplos desse fato:
- "A boca dela é linda!"
- "Dê-me uma mão, por favor."
- "Ela se disputa para ele."
- "Vou-me já, pois estou atrasado."
[editar] Plebeísmo
O plebeísmo normalmente utiliza palavras de baixo calão, gírias e outras deste mesmo tipo. É tido[
] pela norma culta como sendo o mais odiado e repulsivo de todos os vícios de linguagem existentes.Ex:
- "Ele era um tremendo mané!"
- "Tô ferrado!"
- "Tá ligado nas quebradas, meu chapa?"
[editar] Pleonasmo
O pleonasmo geralmente é considerado uma figura de linguagem. Existe, porém, um tipo de pleonasmo que consiste numa repetição inútil e desnecessária de termos em uma frase, e por isso considerado um vício de linguagem. A esse tipo de pleonasmo chamamos "Pleonasmo Vicioso ".
Diferentemente do pleonasmo tradicional, esse deve ser sempre evitado.
Ex:
- "Ele vai ser o protagonista principal da peça".
- "Meninos, entrem já para dentro!"
[editar] Prolixidade
Prolixidade é a comunicação com excesso de palavras, antônimo da concisão.
[editar] Solecismo
Solecismo é uma inadequação na estrutura sintáctica da frase com relação à gramática normativa do idioma. Há três tipos de solecismo:
De concordância:
- "Fazem três anos que não vou ao médico." (Faz três anos que não vou ao médico.)
- "Aluga-se salas nesse edifício." (Alugam-se salas nesse edifício.)
De regência:
- "Ontem eu assisti um filme de época." (Ontem eu assisti a um filme de época.)
- "Eu namoro com Fernanda." (Eu namoro Fernanda.)
De colocação:
- "Me parece que ela ficou contente." (Parece-me que ela ficou contente.)
- "Eu não respondi-lhe nada do que perguntou." (Eu não lhe respondi nada do que perguntou.)
N.B: as regras de colocação do português falado em Portugal diferem em alguns casos daquelas do português falado no Brasil.