Vidkun Quisling
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Vidkun Quisling (18 de Julho de 1887 - 24 de Outubro de 1945) foi um oficial da armada real norueguesa e o principal colaborador com o ocupante nazi durante a Segunda Guerra Mundial.
Adido militar em Petrogrado e em Helsínquia e casado com a russa Maria Vasilijevna. De 1921 a 1925, trabalha para causas humanitárias, ao serviço dos prisioneiros de guerra alemães e austro-húngaros na Rússia, de civis russos apanhados na guerra civil, e de populações dos Balcãs. Condecorado pela Grã-Bretanha, que lhe entrega a guarda dos seus interesses diplomáticos junto do poder soviético entre 1927 e 1929. Ministro da defesa da Noruega entre 1931 e 1933, ganha uma reputação de intransigência e de fura-greves.
Inicia a carreira política em 17 de Maio de 1933 (Dia da Constituição da Noruega) com a fundação do Nasjonal Samling (Partido da União Nacional), com Johan Bernhard Hjort. A Nasjonal Samlin é decalcada do NSDAP de Hitler mas acumula desaires eleitorais contínuos: em 1933 teve menos de 30.000 votos. Em 1937, o partido está mesmo à beira da extinção.
Em Dezembro de 1939, o major Quisling encontra-se com Hitler (que o considerada um aliado pouco valioso) e pressiona-o a ajudar a tomar o poder na Noruega, agitando o espectro de uma invasão britânica para cortar a rota do ferro da Suécia. A ameaça aliada parece formar-se em Narvik e a Alemanha invade a Noruega em 8/9 de Abril de 1940. Quisling proclama-se chefe do governo nacional numa emissão radiofónica noticiosa. A hostilidade da população norueguesa fez com que o seu governo durasse uns escassos cinco dias. A Noruega foi então governada até Fevereiro de 1942 pelo alemão Josef Terboven, com quem Quisling mantinha uma relação tensa.
Quisling reinstalou-se no poder em Fevereiro de 1942 e colabora activamente com o ocupante nazi, quer na deportação da população judia, no combate aos resistentes ao lado da Gestapo ou convidando os jovens noruegueses a integrar as Waffen SS.
Preso após a capitulação alemã (9 de Maio de 1945), Quisling foi julgado e condenado por alta traição. Foi fuzilado em 24 de Outubro de 1945 em Oslo.
A palavra "quisling" entrou na língua norueguesa e noutras línguas como sinónimo de traidor à pátria.