Voto táctico
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O Voto Táctico, Voto Estratégico, ou Voto Útil é o comportamento dos eleitores que fornecem uma informação enganadora a um sistema de votação com o objectivo de maximizar a utilidade do seu voto. Por exemplo, um eleitor que pensa que o seu candidato não tem nenhuma hipótese de ganhar, poderá votar num candidato de que não gosta com o objectivo de impedir a vitória do que que detesta. A análise do voto táctico baseia-se na teoria dos jogos
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[editar] Incentivos
Em muitos sistemas eleitorais que encorajam o voto táctico, como o sistema de voto plural, os votantes têm um incentivo para não votar em candidatos que eles acreditam que não podem ganhar, independentemente de gostarem ou não desse candidato. Se votarem em candidatos que têm hipóteses de ganhar, o voto tem mais probabilidades de afectar o resultado final. Normalmente, este fenómeno causa a concentração dos apoios em poucos candidatos, muitas vezes apenas dois.
Em outros sistemas, como a contagem de Borda, os eleitores têm um incentivo para não votar em candidatos que acreditem ser competidores do seu candidato preferido, independentemente da opinião que tenham desse candidato.
[editar] Sistema eleitoral e Informação
Em geral, quanto mais informação o eleitor tiver que fornecer ao sistema eleitoral, menores as vantagens do voto táctico. Em particular, o voto plural encoraja o voto táctico porque a informação que cada votante fornece ao sistema de votação é muito reduzida. Noutros sistemas de votação, como no Instant Runoff Voting o voto táctico é mais difícil porque os eleitores fornecem muita informação ao sistema. Mas há excepções a esta regra: a contagem de Borda regista uma grande quantidade de informação, mas encoraja à mesma o voto táctico.
[editar] Informação sobre as intenções dos outros eleitores
Todas as formas de voto táctico exigem o conhecimento da intenção dos outros eleitores. Quando o voto é secreto, a informação disponível é escassa. O controlo do fluxo de informação é por isso de vital importância.
Em eleições em que a maior parte dos eleitores se informa pela mídia de massas, os candidatos tendem a utilizar sofisticadas estratégias mediáticas com o objectivo de fazer balançar o voto táctico a seu favor. Normalmente, os candidatos tenderão a exagerar a sua popularidade para atrair o voto táctico. É mesmo possível que os candidatos encomendem sondagens que os favoreçam. Em eleições com várias rondas (turnos), os candidatos tenderão a apostar nas primeiras rondas para que o público fique com a impressão que eles são mais viáveis que candidatos que o público prefere, mas que não têm tanto apoio.
[editar] Eleições Primárias
No sistema plural e sistemas semelhantes, as eleições primárias entre os candidatos de um mesmo partido são frequentemente utilizadas para evitar alguns dos efeitos do voto táctico. Os membros de um mesmo partido realizam eleições entre os seus potenciais candidatos. Este processo é semelhante ao que acontece naturalmente numa eleição geral, mas tem a vantagem de ser mais formal e de evitar a divisão dos eleitores nas eleições gerais porque todos concordam que só o vencedor das primárias é que deve ser apoiado.
Quando um partido não tem muitas possibilidades de ganhar as eleições gerais com os votos dos membros do partido, alguns membros poderão ser tentados a votar nas primárias em candidatos com maior probabilidade de conseguir apoios fora do partido.
[editar] Exemplos
O voto táctico é muito frequente nas eleições britânicas. Em Inglaterra, há três partidos representados no parlamento: O Partido Trabalhista, o Partido Conservador e o Partido Liberal-Democrata. O Partido Trabalhista é próximo do Partido Liberal-Democrata. Muitos eleitores que preferem o Partido Liberal-Democrata votam nos candidatos do Partido trabalhista onde estes são mais fortes e vice-versa onde os candidatos do Partido Liberal-Democrata são mais fortes, com o objectivo de evitar a eleição dos candidatos conservadores.