Zé Ramalho
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Zé Ramalho, nome artístico de José Ramalho Neto, (Brejo do Cruz, 3 de outubro de 1949) é um cantor e compositor brasileiro.
O cantor, com sua voz cavernosa, tem uma maneira própria de compor e cantar, misturando ritmos e tendências diversas.
Suas influências musicais são uma mistura de elementos da cultura nordestina (cantadores e rabequeiros), da Jovem Guarda (Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Golden Boys), a sonoridade dos Beatles e a rebeldia de The Rolling Stones, Pink Floyd e Bob Dylan. Há elementos da mitologia grega e de histórias em quadrinhos em suas músicas. Esta variedade, que para muitos torna o seu trabalho atemporal, pode ser considerada uma das principais responsáveis pela conquista de diversas gerações.
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[editar] Discografia anterior à oficial
- Paêbirú (1974) disco gravado juntamente com Lula Côrtes, gravado pela Rozemblit. Um dos primeiros discos não-declarados de psicodelia brasileira (tendo, inclusive, uma canção com nome de cogumelo alucinógeno). Neste disco, compuseram faixas dedicadas aos quatro elementos da natureza (terra, ar, água e fogo). É hoje considerado uma clássico alternativo, com destaque especial para o seu uso de fuzz guitar.
[editar] Discografia
[editar] Álbuns
- Zé Ramalho (Epic/CBS - 1978)
- A Peleja do Diabo com o Dono do Céu (Epic/CBS - 1980)
- A Terceira Lâmina (Epic/CBS - 1981)
- Força Verde (Epic/CBS - 1982)
- Orquídea Negra (Epic/CBS - 1983)
- Pra Não Dizer que Não Falei de Rock ou Por Aquelas que Foram Bem Amadas (Epic/CBS - 1984)
- De Gosto, de Água e de Amigos (Epic/CBS - 1985)
- Opus Visionário (Epic/CBS - 1986)
- Décimas de um Cantador (Epic/CBS - 1987)
- Brasil Nordeste (Columbia/Sony Music - 1991)
- Frevoador (Columbia/Sony Music - 1992)
- Cidades e Lendas (BMG - 1996)
- Antologia Acústica (BMG - 1997)
- Eu Sou Todos Nós (BMG - 1998)
- Nação Nordestina (BMG - 2000)
- Zé Ramalho Canta Raul Seixas (BMG - 2001)
- O Gosto da Criação (BMG - 2002)
- Estação Brasil (BMG - 2003)
- Zé Ramalho ao Vivo (Sony/BMG - 2005)
[editar] DVD
- Zé Ramalho Canta Raul Seixas (2001)
- Zé Ramalho ao Vivo (2005)
[editar] Participações
- O Grande Encontro (1996, com Alceu Valença, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo)
- O Grande Encontro 2 (1997, com Elba Ramalho e Geraldo Azevedo)
- O Grande Encontro 3 (2000, com Elba Ramalho e Geraldo Azevedo)
- Lisbela e o Prisioneiro - a trilha sonora do filme (com Sepultura)
[editar] Caixa
- 20 Anos de Carreira (1996)
[editar] Alguns sucessos
- "Avohai"
- "Chão de Giz"
- "Admirável Gado Novo"
- "Jardim das Acácias II"
- "Frevo Mulher"
- "Nesse Brasil Caboclo de Mãe Preta e Pai João"
- "Cidadão"
- "Galope Rasante"
- "Eternas Ondas"
- "Orquídea Negra"
- "Táxi Lunar"
- O cantor fez ainda parte da Trilha Sonora de Telenovelas com várias músicas, entre elas: "Entre a Serpente e a Estrela" de Pedra Sobre Pedra (1 milhão de cópias) e "Admirável Gado Novo" em O Rei do Gado (3 milhões de cópias).
[editar] Curiosidades
- "Avohai" quer dizer "Avô e pai". O avô o acolheu quando seu pai morreu afogado num açude.
- A música "Eternas Ondas" foi originalmente composta para ser interpretada por Roberto Carlos, mas acabou sendo sucesso na voz de outro nordestino: Fagner.
- Em seu álbum Antologia Acústica, Zé Ramalho comemora seus vinte anos de carreira com uma releitura de seus maiores sucessos. Destaque para "Admirável Gado Novo", que virou um baião, com a participação de Dominguinhos. No álbum há ainda uma versão em português de "Knockin' on Heaven's Door", sua homenagem a Bob Dylan.
- Elba Ramalho (sua prima), fez sucesso com a regravação de algumas músicas de Zé Ramalho, entre elas uma versão emocionada de "Chão de Giz", e sua versão de "Avohai" na primeira edição do Rock in Rio.
- Fez parceria com a banda de Thrash Metal Sepultura, na música "A Dança das Borboletas", para a trilha sonora do filme Lisbela e o Prisioneiro.
- Garoto de aluguel, canção do disco A Peleja do Diabo com o Dono do Céu, tem tons autobiográficos, pois faz referência aos primeiros anos do compositor no Rio de Janeiro quando teve que se prostituir para sobreviver.
- Força verde foi alvo de uma acusação de plágio de uma poesia do poeta irlandês William B. Yeats.