A Biblioteca de Babel
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A Biblioteca de Babel é um conto de Jorge Luis Borges, inserido no livro Ficciones (Ficções), de 1944. Este conto, essencialmente metafísico, fala de uma realidade em que o mundo é constituido por uma biblioteca infindável, abrigando uma infinidade de livros. O narrador, um dos muitos bibliotecários, supõe que os volumes da biblioteca contêm todas as possibilidades da realidade. Alguns não fazem o menor sentido, ou o fazem numa língua há muito desconhecida. Outros são meras repetições de uma mesma palavra. Busca-se incessantemente alguém que saiba decifrar as mensagens contidas nos misteriosos volumes, que seria o correspondente a um deus.
Entre as várias interpretações possíveis do conto de Jorge Luis Borges, uma dá conta que se trata de uma grande metáfora em que mundo e literatura se confundem. Ler um texto é tentar decifrá-lo, mas se considerarmos que o próprio mundo está impregnado de linguagem, a própria realidade pode ser considerada como uma grande biblioteca cheia de textos à espera de quem os decifre.