A Mão e a Luva
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A mão e a luva é um dos romances de Machado de Assis, publicado em 1874.
A mão e a luva, Machado de Assis, 1874
Incrível a diferença no rítimo e narrativa entre este que é o segundo livro de Machado e “Memórias póstumas...”. A Mão e a Luva é perfeitamente sintonizado com o Romantismo entretanto é possível perceber entre a estrutura clássica do romance, as características que farão de Machado nosso verdadeiro bruxo do Cosme Velho! A conversa com o leitor e o sarcasmo mostram-se, ainda que timidamente, como em:
Estevão, vendo-se abandonado e rejeitado começa a se iludir pensando que tudo não passa de um teste do ser amado: “A imaginação de Estêvão desceu por este declívio de floridas conjecturas, e Luís Alves entendeu que era de bom aviso não espantar-lhe os cavalos. Ela foi, foi, foi por ali abaixo, rédea frouxa e riso nos lábios. Boa viagem!” ”A careta que fez ao sair ninguém lha pôde ver, e não se perdeu nada.” “as aparências de um sacrifício valem mais, muita vez, do que o próprio sacrifício”
A obra tem também um quê de pessimismo, ou ao menos, ums desilusão com o caráter humano. O enredo trata de uma garota determinada e segura de si, de origem humilde e simples que se vê a “fortuna” dar-lhe oportunidade de ascender socialmente e busca manter-se assim após (ou através de) o casamento. È prentendida por três: O sincero e romântico Estevão, que carrega em si todos os esteriótipos dos heróis Românticos, sendo tratado pelo narrador como apaixonado e sincero, porém patético. O previsível, vazio e medíocre Jorge, muito próximo à menina porém sem brilhantismo. E o astuto e ambicioso Luís Alves (único com nome e sobrenome!), homem sóbrio determinado, com aspirações políticas e sociais fortíssimas. Frente a isso, a união entre a menina Guiomara e Luís Alves, é tão certeira como o ajuste entre a Mão e a Luva!
Machado de Assis
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