Areia (Paraíba)
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Município de Areia | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
"Vila Real" | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Areia é um município brasileiro do estado da Paraíba, localizado na microrregião do Brejo Paraibano. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2006 sua população era estimada em 24.654 habitantes. A área territorial é de 269 km².
Com muitas riquezas naturais, situada em local elevado, Areia, no inverno, é coberta por uma leve neblina, e suas terras possuem diversas fontes e balneários aquáticos.
É também muito conhecida por suas riquezas culturais, particularmente o Museu de Pedro Américo, com inúmeras réplicas dos quadros do mais célebre cidadão areiense - entre elas a famosa obra "O Grito do Ipiranga", encomendada a ele por Dom Pedro II, e o Museu da Rapadura, localizado dentro do Campus da UFPB na cidade, onde o turista pode observar as várias etapas da fabricação dessa iguaria e dos outros derivados da cana-de-açúcar, como a cachaça, sendo a areiense muito conhecida exteriormente por seu incomparável sabor.
[editar] História
O primeiro nome de Areia foi Sertão de Bruxaxá, no final do século XVII. Esse era o nome de um povo indígena que habitava a área da Serra da Borborema. A partir dessa época, o povoado que se formou ali passou a ser um ponto estratégico para os boiadeiros e tropeiros que vinham do sertão mais adentro com destino ao litoral da então Capitania da Paraíba. Com o tempo, entretanto, devido a um riacho que possuía bancos de areia muito brancas, o povoado passou a ser chamado de Brejo d'Areia, já que o lugarejo fica na Microrregião do Brejo Paraibano, região da Paraíba não muito longe do litoral, que recebe os úmidos ventos alísios vindos do Atlântico e possui uma cobertura vegetal de floresta atlântica, hoje em dia reduzida a manchas. Por isso, também chamada de Zona da Mata.
O povoado foi elevado à categoria de vila em 30 de agosto de 1818 e, em 18 de maio de 1846, tornou-se cidade.
Com o desenvolvimento da lavoura canavieira na Região do Brejo, no século XIX, a cidade de Areia tornou-se o maior município da região, mas tal proeminência econômica começou desde o século anterior, XVIII, com a precedente lavoura do algodão. A campanha abolicionista no município teve a liderança de Manuel da Silva e Rodolfo Pires, e a cidade libertou o último escravo pouco antes da Abolição da Escravatura em todo o país, no dia 3 de maio de 1888.
Areia participou ativamente das Revoluções do século XIX, tais como a Revolução Pernambucana, em 1817, a Confederação do Equador, em 1824 e a revolta do Quebra-Quilos, em 1873.
[editar] Filhos ilustres
Os personagens históricos mais conhecidos de Areia são o pintor Pedro Américo (pintor do Segundo Império), José Américo de Almeida (ex-governador da Paraíba, escritor e importante político nacional), Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques (primeiro arcebispo da Paraíba), Abdon Felinto Milanês (político e músico erudito), além de Elpídio de Almeida (médico e ex-prefeito da cidade de Campina Grande), Álvaro Machado (fundador do Jornal A União), entre outros.