Bernal Diaz de Castilho
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Bernal Diaz de Castilho ou Bernal Díaz del Castillo nasceu em Medina del Campo (Espanha) entre 1492 e 1493. Foi às Índias em 1514, quando ainda era um jovem de mais de vinte anos de idade. Era de baixa instrução escolar e que não contava com riquezas em sua terra natal. Permanesceu dois anos na recém conquistada ilha de Cuba onde nenhuma oportunidade preencheu seus interesses.
Como a população nativa da ilha se esgotava, devido à submissão ao trabalho escravo e às epidemias trazidas pelos europeus, o então governador organizou uma pequena expedição às ilhas vizinhas do Caribe, com o objetivo de capturar novos índios, para reduzí-los à escravidão e vendê-los aos fazendeiros e colonos espanhóis de Cuba.
Bernal fez parte desta expedição de 1517 que, sob as ordens do capitão Francisco Hernandes de Córdoba, descobriu as costas do Iucatã, depois de penosas e perigosas travessias, regressando a Cuba no mesmo ano, em condições desastrosas.
No final do ano seguinte, Bernal embarcou em outra expedição, desta feita comandada por Juan de Grijalva com a finalidade de explorar as terras então descobertas e, retornando a Cuba pela segunda vez, acabou se alistando com Hernán Cortés, a quem seguiu definitivamente.
Bernal Díaz de Castillo foi testemunha e ator dos principais sucessos na queda das grandes civilizações meso-americanas, tais a dos Estados Maias e Império Asteca, escapando surpreendentemente da morte. Ele mesmo diz que :
- ... nenhum capitão nem soldado passou por esta Nova Espanha três vezes seguidas, uma atrás da outra, como eu; de maneira que sou o mais antigo descobridor e conquistador que tenha havido ou que haja na Nova Espanha....
Ao parecer de vários historiadores, Bernal é pessoa idônea e autorizada para nos reportar sobre a epopéia dos espanhóis na América no Século XVI.
Bernal freqüentemente conversava com seus companheiros de arma sobre o tema da conquista da “Nova Espanha”; esse contínuo evocar dos acontecimentos foram formando nele algumas idéias que mais tarde deram lugar a um conjunto de narrações. Recorre a suas recordações reforçado por seus companheiros e é por isto que sua obra pode ser considerada coletiva o que a isenta de elementos subjetivos.
Em sua obra História Verdadeira da Conquista da Nova Espanha nos adverte que ele não sabe latim nem foi à universidade mas isto não era impedimento porque ... escreve :
- ... mas o que hoje vi e com que estive lutando, como boa testemunha ocular e o descreverei, com a ajuda de Deus, muito sinceramente, sem torcer nem para uma parte nem outra...
Sua obra está constituída pelo que viu e nela plasma sua experiência pessoal. Durante o transcurso de suas narrações nos indica quais os sucessos que presenciou, quais a ele foram contados por seus companheiros e quais houve por bem saber por papéis escritos que acessou.